Atualmente, existem mais de 7.000 sistemas autônomos no Brasil, sendo que apenas 33 participam do MANRS. A ideia é ampliar o número de empresas envolvidas para que, juntas, possam trabalhar na redução de ataques à Internet. “Grande parte dos ataques é proveniente da utilização de spoofing (falsificação) em cima do protocolo UDP, uma vez que é possível, dessa forma, esconder a verdadeira origem e direcionar os ataques aos alvos que o agressor escolheu”, explica Rogério Mariano, diretor de Edge Strategy da Azion.
Ao ingressar ao MANRS, as empresas se comprometem com a segurança de roteamento definida por um conjunto de seis ações, das quais cinco são obrigatórias: impedir a propagação de informações incorretas; impedir o tráfego de endereços IP de origem ilegítima; facilitar a comunicação e a coordenação operacional global; facilitar a validação de informações de roteamento em escala global; incentivar a adoção ao MANRS e fornecer ferramentas de monitoramento para parceiros de peering (opcional). Existe, portanto, um compromisso com a sustentabilidade e com a resiliência do ecossistema da Internet.
A iniciativa adiciona programas para provedores de serviços de Internet (ISPs), ou operadoras, e pontos de troca de tráfego (IXPs), locais neutros concebidos para melhorar a interconexão da Internet. “Ao participar do MANRS, as empresas não só ficam responsáveis por fornecer segurança, mas também propagar as boas práticas do Content Delivery Network (CDN)”, afirma Mariano.
O roteamento de segurança é imprescindível para o futuro. Todos os anos, interrupções ou incidentes de roteamento, como sequestro de dados, vazamento de informações, falsificações e ataques DoS em alta escala – tentativas de fazer com que aconteça um sobrecarga no servidor ou computador para que os recursos do sistema fiquem indisponíveis para seus usuários – levam à perda de receita e danos à reputação de muitas companhias.
O MANRS surgiu para abordar essas ameaças por meio de ações técnicas e colaborativas. “A segurança da Internet como um todo depende da segurança de roteamento. É preciso que as lideranças mudem o mindset e invistam na adoção de filtros para evitar a propagação incorreta de informações. A Azion está fortemente comprometida com a segurança de roteamento da Internet”, alerta o diretor de de Edge Strategy da Azion.
De acordo com Andrei Robachevsky, gerente sênior dos programas de tecnologia da Internet Society, que apoia o MANRS, o projeto CDN abre um novo e empolgante capítulo no desenvolvimento das normas de segurança de roteamento. “Serão implementados controles mais rigorosos, o que ampliará a conscientização e o incentivo à adoção das normas previamente definidas. Colaboração e responsabilidade compartilhada são fundamentais para o sucesso do MANRS”, finaliza.