Mesmo com reaberturas graduais ocorrendo em todo o país, tudo indica que as vendas presenciais devem seguir tímidas, com as entregas a domicílio sendo bastante requisitadas. Para cumprir com a demanda de forma ainda mais tecnológica e segura, sem o contato entre entregador e cliente, as empresas DHL Supply Chain, Unike Technologies e MyView desenvolveram um sistema de delivery feito por robôs que será testado em breve em três condomínios na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
O projeto baseado em inteligência artificial consiste no uso de veículos terrestres autônomos, que serão equipados também com reconhecimento facial para que a entrega seja precisa. Os robôs vão atuar apenas dentro de condomínios, nos quais mapearão as casas e entregarão os produtos, previamente deixados dentro do veículo por um entregador humano ainda na portaria.
Os desenvolvedores afirmam que esta é mais uma tentativa funcional e segura de manter o menor contato possível: “Embarcar uma tecnologia de identificação touchless (sem toque, em português) nesse projeto trará, além do benefício da segurança, fundamental em entregas específicas como de medicamentos, uma melhor experiência para o receptor, que não precisará se preocupar com senhas, autenticações, etc.”, disse André Barretto, CEO da Unike Technologies.
O projeto conta com as especializações das três empresas: DHL Supply Chain, líder mundial em armazenagem e distribuição, Unike Technologies, especializada em software e conexão de resultados, e MyView, de automação de drones.
Outras iniciativas parecidas
Apesar de atuais e de grande serventia em meio à pandemia da Covid-19, projetos de entrega autônoma não surgiram com o vírus. Já em 2018 a startup estadunidense Starship Technologies desenvolveu um robô para transporte de alimentos e compras de supermercado que foi testado na cidade britânica de Milton Keynes.
Atualmente, em quarentena, os pequenos veículos trabalham mais do que nunca na cidade de 270 mil habitantes. A demanda aumentou tanto que algumas pessoas precisaram de dias para conseguir agendar uma entrega, de acordo com a empresa.
No Brasil, no começo do ano, o iFood testou em um shopping não divulgado de São Paulo seu sistema de delivery automatizado. O carro autônomo da marca se chama ADA, uma homenagem à Ada Lovelace, escritora e matemática que revelou o primeiro algoritmo efetivamente lido por uma máquina, em 1843.
No caso do iFood, a intenção era transportar os pedidos da praça de alimentação até os entregadores, que os levariam ao usuário final de forma ágil e automatizada. Agora, com a necessidade de isolamento, tecnologias como essa tendem a ser cada vez mais exploradas.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.