A privacidade de dados é uma das grandes questões atuais na mesa dos executivos de marketing e dos CEOs das grandes empresas, especialmente após a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. No entanto, o cenário atual ainda é baseado em milhões de dados pessoais circulando sem controle e obtidos de maneira não consensual pela internet.
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Uma das maiores referências internacionais em soluções de privacidade e uso de dados pelas marcas, e presente no Brasil desde o ano passado após a aquisição da ROIx, a Global Data Bank (GDB) realizou um levantamento em 2.877 sites e atestou que cerca de 90% de todos os dados pessoais que trafegam na internet foram obtidos sem o consentimento do consumidor em compartilhar essas informações – e consequentemente, criam um cenário contrário às legislações vigentes e ao uso ético de informações sensíveis dos usuários.
“Precisamos encarar essa verdade inconveniente. Muitas das marcas que coletam e utilizam dados para publicidade estão violando as leis de privacidade do consumidor — e muitas vezes sem sequer saber disso. Boa parte desse problema podemos atribuir ao mercado de Data Providers onde, por anos, vendeu-se dados comportamentais de usuários, em formato de audiência, que jamais imaginaram que estavam sendo “negociados”, e nunca deram permissão para isso. Precisamos migrar urgentemente para um mundo em que os dados pessoais sejam protegidos, e reconhecer o problema é o primeiro passo para isso”, afirma John deTar, CEO da GDB.
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Além das questões de privacidade, há um impacto negativo nos investimentos dos anunciantes, que desperdiçam dinheiro com anúncios que não são efetivos. Muitos clientes ainda se apoiam no uso de dados de terceiros, via utilização de cookies, para comprar mídia digital. Com o fim dos cookies, abre-se uma enorme oportunidade de veicular mídia digital usando tecnologias inovadoras que respeitam a privacidade do usuário, além de trazer transparência ao processo.
“Não se trata de uma missão fácil, ainda mais para quem não estava acostumado ao mundo digital como propulsor de vendas e parte central de seus modelos de negócios”, acrescenta o executivo.
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Nesse contexto, acredita deTar, a tecnologia aparece como a grande aliada das empresas para resolver essa questão, pois ela permite que a ativação de dados na mídia digital ocorra de maneira mais adequada, de modo a fomentar o uso ético de dados na indústria da publicidade — e visando também atingir as metas de negócios das marcas.
“As campanhas com uso de tecnologia em privacidade de dados podem ajudar anunciantes, agências e publishers da mídia com um cenário totalmente diferente do atual. Ter 90% dos dados circulando pela Internet sem nenhum controle e fora de qualquer compliance é um dos grandes problemas da indústria da publicidade, mas podemos e precisamos rumar para um cenário de campanhas de publicidade digital que são, ao mesmo tempo, efetivas, eficientes e respeitam a privacidade dos usuários.”, avalia.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.