O banco digital CondoConta, primeiro do mundo para condomínios, acaba de receber uma extensão da rodada seed realizada pela Redpoint eventures em março deste ano. Com o novo investimento, de R$6 milhões, os aportes do fundo de venture capital, que também investiu em empresas como Rappi, Creditas e Gympass, chegam a R$12,6 milhões. A nova injeção de capital acontece logo após o banco digital quintuplicar a base de condomínios clientes e ser reconhecido entre as melhores fintechs do Brasil pelo jornal britânico Daily Finance.
Segundo Rodrigo Della Rocca, CEO do CondoConta, a Redpoint eventures tem ajudado diretamente na evolução do modelo, cujo volume atual de clientes e operações de crédito eram esperados apenas para o segundo semestre de 2022.
“Temos experimentado um crescimento impressionante em novas contas digitais para condomínios e no número de administradoras parceiras, além de uma demanda crescente de grandes atores no ecossistema condominial, como fornecedores de equipamentos para condomínios e construtoras”, afirma Della Rocca.
Marcelo Cruz (COO), Atílio Borges (CFO), Rodrigo Della Rocca (CEO), Rafael Costa (CTO) e Igor Sempre Bom (CXO), da CondoConta: empresa foi fundada em 2019 para oferecer produtos financeiros para condomínios, síndicos e administradoras (CondoConta/Divulgação).
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Para Romero Rodrigues, sócio-diretor da Redpoint eventures, o modelo de negócios é bastante atrativo e inovador, com grande potencial de expansão.
“Essa simplificação que o CondoConta possibilita aos condomínios permite que os condomínios se profissionalizem e foquem seus investimentos em outras áreas. A nova rodada poderá proporcionar o crescimento e a chegada da startup a outros mercados, além da contratação de novos talentos para o time, trazendo ainda mais ganhos à empresa”, avalia.
Romero Rodrigues, sócio-diretor da Redpoint eventures.
Por não serem empresas ou pessoas físicas, os condomínios eram pouco atrativos para os bancos tradicionais, até a criação do CondoConta. Liderada por um time que possui três décadas de experiência no mercado condominial, a fintech oferece, além da conta gratuita, com transações e emissão de boletos ilimitados, produtos pensados especialmente para solucionar outras dores dos síndicos e administradoras, como a prestação de contas em tempo real, automação de boletos e balanços, crédito para financiamentos, seguros, antecipação da taxa condominial e uma loja digital de serviços, a CondoShop.
Della Rocca destaca que o CondoConta ainda tem muito espaço para crescer, uma vez que o país tem cerca de 500 mil condomínios e praticamente metade da população brasileira habitando ou trabalhando neles.
“As principais dores envolvem o caos financeiro como mola propulsora, e escolhemos começar por elas. Em seguida, temos o relacionamento entre condôminos, pets, carros e manutenção. Nosso roadmap inclui abraçar os condomínios pela gestão financeira para plugar parceiros especialistas em outras frentes”, complementa.
Um dos principais serviços oferecidos pela fintech é o adiantamento da cota condominial. A empresa deixa os condôminos parcelarem o valor da mensalidade em até 12 meses, enquanto garante o dinheiro à vista aos administradores e síndicos, conceito chamado de Buy Now Pay Later. Somente em julho, essa solução, que ajuda condomínios a manterem o fluxo de caixa em dia, teve mais de R$10 milhões em transações antecipadas.
O investimento auxiliará no crescimento da fintech, que deve anunciar novas frentes de produto ainda no segundo semestre de 2021. O objetivo é melhorar a experiência dos condôminos no pagamento da cota condominial, despesa mensal recorrente paga ao longo de toda vida, conceder ainda mais crédito para condomínios que desejam fazer reformas e trazer novos talentos ao time, que está chegando a 100 pessoas.
Atualmente, a fintech está presente em condomínios de 23 estados brasileiros e tem R$ 35 bilhões em gestão de patrimônio condominial. A expectativa é fechar o ano com mais de 100 mil cotas de condomínios geradas e R$ 150 milhões em movimentações.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.