O Open Banking é o novo sistema financeiro que promete dar mais autonomia para o usuário e mais oferta de produtos e serviços. Hoje, vamos conhecer as funcionalidades do modelo e como os seus dados bancários podem mudar a sua vida financeira.
Não há como falar o que é Open Banking sem lembrar do consentimento de compartilhamento de dados, que é uma das bases legais da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em que o cliente fica com a liberdade de permitir o compartilhamento através da autorização ou o cancelamento do serviço quando quiser.
De acordo com Paulo Perrotti, CEO da LGPD Solutions, a questão da transparência dos dados devem ser seguidas pelas instituições financeiras para garantir a segurança das informações do usuário.
Paulo Perrotti, CEO daLGPD Solutions.
“Temos que lembrar que o compartilhamento dos dados tem que estar previsto em uma política de privacidade. Ou seja, deve haver transparência nos dados tratados e coletados pelas instituições financeiras. De acordo com a LGPD, a responsabilidade dos dados é do banco”, lembra Paulo.
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Para Daniel Arraes, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Fico para a América Latina, o Open Banking não existiria sem os dados e reforça a importância do tratamento dessas informações concedidas pelos usuários para as instituições financeiras.
Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Fico para a América Latina.
“Tem que existir a confiança do consumidor e o primeiro ponto da confiança é: os dados só podem ser compartilhados com o consentimento do clientes”, reforça Daniel.
Para Carolina Rezemini, Diretora Regional de Vendas para América Latina da Cedrolab, o brasileiro tem uma preocupação com a proteção de dados e as instituições devem ter uma atenção para demonstrar aos usuários como os dados serão cuidados.
Carolina Rezemini, Diretora Regional de Vendas para América Latina da Cedrolab.
“Aqui no Brasil as pessoas têm naturalmente um receio por conta de fraudes. Esse tipo de preocupação pode levar a uma não expansão tão rápida do Open. Banking. É importante que as instituições demonstrem aos clientes os processos de sigilo e proteção de dados”, afirma Carolina.
Os grandes bancos atuantes no Brasil terão participação compulsória, desde que o cliente autorize o compartilhamento dos dados. já as demais instituições, como empresas de pagamento e fintechs, terão participação voluntária e deverão também compartilhar os dados de seus clientes para os seus concorrentes.
Paulo Perrotti comenta que o usuário pode revogar o consentimento dos dados, mas há ressalvas em relação ao serviço para com o consumidor.
“O titular do dado pode revogar o consentimento, ele pode prestar uma edição das informações. Mas devemos entender que a revogação pode impactar o serviço. A revogação pode ser aplicada, mas o cliente deve ficar atento para que a revogação não torne o serviço indisponivel”, ressalta Paulo.
O que é o Open Banking?
Em tradução literal, Open Banking significa banco aberto ou sistema financeiro aberto, isso quer dizer que o cliente terá maior controle de seus dados e poderá levá-los ou compartilhá-los com a instituição financeira que oferecer melhores opções e pacotes de serviços ou produtos.
Todas as instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central terão uma espécie de camada de tecnologia padronizada, facilitando e simplificando a comunicação entre as diferentes instituições.
Segundo Daniel Arrais, Diretor da Fico, as empresas terão o perfil adequado ao consumidor com acesso às informações e condições para conhecer melhor o usuário.
“ As instituições financeiras terão a oportunidade de conhecer melhor o cliente e ofertar produtos com condições melhores. Ou seja, ele terá ofertas de todo o mercado financeiro”, lembra Daniel.
De acordo com Carolina Rezemini, Diretora da Credolab, o Open Banking é interessante para quem já está incluído no setor financeiro.
“ O Open Banking permite que as pessoas incluídas no mercado bancário tenham mais domínio sobre as informações dos seus dados e decidam com quem eles querem compartilhar essas informações. A ideia é ter seu histórico positivo com um banco compartilhado com mais instituições financeiras, como uma fintceh”, lembra Carolina.
O princípio básico do open banking
O princípio básico do open banking é que os dados do consumidor são de sua propriedade e não do banco em que ele tem uma conta. Isso facilitaria e muito nossa vida enquanto cliente.
A grande vantagem do open banking está justamente aí: como o cliente será o detentor de suas informações e decidirá com quais instituições quer compartilhá-las, será mais fácil e simples saber qual delas oferecem o melhor serviço ou produto que procura. isso vale não só para empréstimos, mas para diversas funções que bancos, fintechs e outras instituições de pagamento podem oferecer.
Como falamos, com o open banking você terá o controle das suas informações bancárias e poderá decidir quando e com qual instituição quer compartilhá-las. o cliente não ficará preso a um único banco, quase como se pudesse montar “seu próprio banco”.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.