Afinal, por que construir cidades inteligentes?

As redes 5G serão a base para a conectividade entre as aplicações, um elo fundamental para cidades inteligentes

*Luiz Vargas e Luigi Aulicino

Imagine uma ambulância no atendimento a uma emergência, tendo que se deslocar no trânsito da cidade de São Paulo no horário de pico. Agora imagine uma cidade inteligente, com a localização dos veículos conectada a um sistema de gestão inteligente de tráfego, que sabendo da localização precisa da ambulância, seu destino, as rotas possíveis que levam até o destino, poderia analisar em segundos o melhor trajeto e alterar o tempo das sinalizações semafóricas, para aliviar o trânsito e permitir que a ambulância chegue mais rápido ao seu destino.

As redes 5G serão a base para a conectividade entre as aplicações e, portanto, um elo fundamental para máquinas automatizadas, carros autônomos, cidades inteligentes e muitas outras coisas – em outras palavras – um mundo conectado. A nova tecnologia é a próxima geração de rede móvel. Sua baixa latência (tempo que um sinal leva para ser enviado de um computador para outro) e maior velocidade de conexão proporcionarão cobertura mais eficiente, possibilidade de maior volume de transferência de dados e maior número de conexões simultâneas. Desta forma, o 5G apresenta às empresas uma oportunidade de oferta de serviços inovadores e, consequentemente irá gerar novas oportunidades de receita e experiências totalmente novas. Além disso, irá acelerar a transformação digital, com a disseminação da Internet das Coisas (IoT), em um ecossistema transformador que combina Big Data e Cloud, realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR), máquinas autônomas e inteligentes, computação distribuída e inteligência artificial para derivar insights de dados que são gerados por bilhões de dispositivos conectados. 

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Neste contexto faz sentido considerarmos que a informação geográfica é essencial para o desenvolvimento de redes 5G. A análise geográfica é essencial para o planejamento da infraestrutura de antenas 5G, por exemplo, as frequências mais altas do 5G – que são necessárias para transportar grandes quantidades de dados – têm alcance muito curto e mais sensível a barreiras físicas, que exigirá uma rede de telecomunicações mais densa – torres posicionadas de forma mais seletiva e estratégica. O sinal do 5G é tão sensível que pode ser bloqueado por um prédio ou mesmo por uma árvore. Portanto, a análise espacial avançada de ferramentas como as da Esri são fundamentais aqui.

Além disso, informações precisas sobre a localização ajudam governos a projetarem melhores cidades, concentrar os serviços públicos e se envolver com os cidadãos. E, à medida que as cidades ficam mais inteligentes, muitos desses dados de localização precisam ser tratados em tempo real. 

A chegada da tecnologia transformará ainda mais a economia e a sociedade brasileira e abrirá um sem-fim de oportunidades para a inovação, a inclusão social e a geração de novos negócios. O 5G revolucionará o mundo em que vivemos, onde humanos e máquinas terão um nível de interação nunca visto antes. Porém, se alguém afirmar hoje que sabe como será esse mundo daqui a 5 ou 10 anos, a única certeza que tenho é que essa pessoa está mentindo… Porque nós não sabemos, nós temos ideias, mas não sabemos o que vai acontecer.

Cada geração, desde a 1G até a 4G, habilitou novas tecnologias, e por mais que tenhamos diversos use cases, o 5G proporcionará utilizações que ainda não conhecemos!

Para citar algumas ideias:

  • Utilities: Aplicações de Smart Grid, iluminação inteligente no outdoor e indoor, Robôs com vídeo streaming em tempo real para inspeção, diagnóstico, reparação e operações – especialmente para locais de difícil acesso ou de risco.
  • Saúde: Tele emergência de serviços médicos e no longo prazo robôs cirúrgicos 
  • Educação: AR/VR em aulas práticas e treinamentos, Interação entre estudantes e máquina, Desenvolvimento do EAD
  • Manufatura: máquinas conectadas, Otimização e monitoramento de processos produtivos, Operação remota/centralizada
  • Governo: Cidade inteligentes, Gestão inteligente do tráfego, Transporte público autônomo, Segurança e vigilância por sensores com vídeo HD e autocomunicações.
  • Agronegócio: Conectividade e gerenciamento de máquinas e ferramentas, Operação remota/centralizada, Treinamento
  • Transporte: veículos autônomos

O Brasil ainda está distante de alguns países desenvolvidos no que diz respeito à adoção de soluções de Internet das Coisas (IoT), mas o ecossistema está se desenvolvendo rapidamente em áreas como agricultura, smart cities, utilities, transporte etc.

Luiz Vargas é gerente de Marketing, Produtos & Verticais e Luigi Aulicino é especialista em GIS e em Telecom, ambos na Imagem Geosistemas.

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Redação tecflow

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