*Artigo redigido por Carlos Boechat
Como empreendedor e executivo que sou, gosto de me manter antenado sobre o que acontece de mais relevante em termos de tendências e novidades.
Essa é uma boa época para falarmos disso: com o final do ano chegando, os olhos dos empreendedores e executivos se voltam para o futuro e para as possibilidades que ele traz.
- Siga o tecflow no Google News!
- Participe do nosso grupo no Telegram ou Whatsapp2!
- Confira nossos stories no Instagram e veja notícias como essa!
- Siga o tecflow no Google Podcast e Spotify Podcast para ouvir nosso conteúdo!
- Anuncie conosco aqui.
É justamente sobre isso que vamos falar hoje. Separei 10 tendências da transformação digital para a indústria que você deve acompanhar – e adotar no seu negócio – o quanto antes.
IA
A inteligência artificial sem dúvida é uma das tecnologias mais fascinantes da atualidade. Quando a máquina ganha a capacidade de pensar e resolver problemas, passa a ajudar o homem nas mais diversas situações.
Por meio da IA, análises preditivas são mais ágeis. A máquina também produz mais, por mais tempo, e de forma padronizada – ou seja, com menos erros e desperdícios.
Machine Learning
Andando junto da IA está o machine learning (aprendizado de máquina), campo da ciência da computação que desenvolve máquinas capazes de aprenderem e se aprimorarem de maneira autônoma.
A indústria pode tirar grande proveito destas tecnologias: a produção passa a ser otimizada quando a própria máquina é capaz de identificar problemas e resolvê-los. O computador pode detectar mudanças de padrões sutis, que o olho humano não veria.
5G
O 5G está na boca do povo, e não é por acaso: a quinta geração da internet móvel desembarca oficialmente no Brasil a partir de 2022 e promete deixar nossas redes móveis muito mais rápidas.
A empolgação é mais do que justificada: dados do IDC Prediction Brazil 2021 apontam que o 5G proporcionará a geração de US$ 2,7 bilhões de novos negócios nas áreas de tecnologias emergentes.
A maior velocidade e a baixa latência das redes 5G tornarão o uso de ferramentas digitais, a manutenção remota e o cloud computing muito mais eficazes. A automação industrial e IoT chegarão mais longe, e as equipes de campo poderão trabalhar com mais autonomia.
Cloud Computing
Falei em cloud computing ali em cima, e é claro que esta é outra tendência que já faz parte da vida da gente e deve continuar crescendo.
O formato SaaS (software as a service, ou software como serviço) foi abraçado pela sociedade. Seja para curtir séries e músicas por streaming, ou para processar grandes quantidades de dados, a nuvem consegue deixar tudo mais prático.
A possibilidade de oferecer produtos e serviços online, sem se preocupar com instalação, servidores, manutenção e estrutura é algo que liberta a indústria das amarras do mundo físico. Não por acaso, o setor é recomendação unânime por especialistas de TI, segundo dados do IDC Brasil.
Internet das Coisas (IoT)
A Internet das Coisas (IoT) é outra tendência que já se faz presente no nosso cotidiano, tem grande aplicabilidade na indústria (e em diversas áreas) e vem nos deixando cada vez mais conectados.
Quando máquinas, wearables, smartphones e sistemas trocam informações online, acompanhar a produção – mesmo remotamente – fica muito mais fácil.
Big Data
A análise de dados é mais uma tendência que não é necessariamente nova, mas tem se mostrado cada vez mais presente nas grandes empresas do Brasil e do mundo.
O empresário brasileiro vem, aos poucos, descobrindo o valor dos dados na hora de tomar decisões estratégicas. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), o Brasil já é o país mais maduro em aplicações de Big Data e Analytics na América Latina.
Mercado Latino-Americano de TI – Fonte da Imagem: ABE SOFTWARE.
Tome nota: quanto mais o empresário confiar na Big Data, mais assertivos podem ser seus negócios.
Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV)
Parece coisa de cinema, mas é realidade: a tecnologia já nos permite projetar estruturas virtuais sobre ambientes reais (RA), o que possibilita a simulação de tarefas complexas, identificar erros em processos ou mesmo planejar a melhor forma de distribuir equipamentos em um galpão.
A realidade virtual, faz o oposto: leva o ser humano para um ambiente virtual 3D por meio de visores e equipamentos específicos. O recurso é ótimo para a indústria oferecer treinamentos mais imersivos para seus colaboradores, apresentar novos processos e analisar em detalhes novos produtos antes da fabricação dos protótipos.
Quanto mais tênue fica a linha entre o mundo real e o virtual, mais possibilidades se abrem para o uso da AR – Fonte da Imagem: Verzani.
Se você quiser assistir minha live completa sobre reinvenção digital da indústria, compartilho o acesso neste link.
Digital Twins
Este é mais um conceito que parece coisa de ficção científica, mas já se faz presente no mundo real: segundo o Gartner, um digital twin “é uma representação digital de uma entidade ou sistema do mundo real”, reconstruída digitalmente nos mínimos detalhes.
O “gêmeo digital” tem diversas aplicações na indústria 4.0: ele pode, por exemplo, substituir protótipos físicos, permitindo que engenheiros, projetistas e desenvolvedores realizem testes em diferentes cenários para identificar e resolver problemas antes do produto ser de fato produzido.
Digital twins não replicam apenas produtos e objetos, podendo ser aplicados a organizações inteiras e sistemas complexos. Analisar a cópia digital nos ajuda a entender e melhorar a versão real de uma infinidade de itens e sistemas.
Cibersegurança
Reparou como quase tudo o que listei até agora é tecnológico, online? Justamente por isso, a cibersegurança é outra tendência que desponta cheia de expectativas.
Quanto maiores e mais complexas as negociações online, maior deve ser a segurança por trás delas, para garantir que tudo transcorra bem.
Um estudo da Frost & Sullivan aponta que já há uma defasagem de profissionais especializados em cibersegurança – problema que tende a piorar com o tempo, mas que também abre muitas oportunidades promissoras para quem se capacita.
ESG
A sigla vem de environmental, social and corporate governance (governança ambiental, social e corporativa), e trata de um conjunto de políticas e boas práticas que as empresas devem colocar em prática para o bem dos negócios, da sociedade e do planeta.
O Gartner aponta que, para 85% dos investidores, os dados de boa governança já são tão importantes quanto os dados financeiros de uma empresa. O gráfico abaixo demonstra o que pesa na decisão de investimento – o ESG tende a reduzir os riscos do investimento.
Fonte da Imagem: Gartner
Dentro desta sigla cabem diversas questões relevantes sobre igualdade, sustentabilidade, gestão de resíduos, controle de poluição, direitos humanos, e muito mais.
Independente da tecnologia, algo de suma importância é preciso ser destacado aqui:
- Qual o valor realmente percebido pelo seu cliente?
- Será que ele está disposto a entrar nessa jornada com você?
- O que é preço e o que é valor de fato ao seu público-alvo?
Para reflexão sobre o tema, deixo aqui essa dica de leitura:
Geração de Valor do Flávio Augusto Fonte da Imagem: Acervo Carlos Boechat.
*Carlos Boechat é Diretor Associado de Industry X na Accenture, especialista em transformação digital e indústria 4.0, palestrante, mentor, consultor e escritor para revistas.
Faça como os mais de 4.000 leitores do tecflow, clique no sino azul e tenha nossas notícias em primeira mão!
Redação tecflow
Tecflow é um website focado em notícias sobre tecnologia com resenhas, artigos, tutoriais, podcasts, vídeos sobre tech, eletrônicos de consumo e mercado B2B.