Optat Consulting perde contrato de R$ 1 milhão por racismo

racismo

A Oracle, uma das maiores empresas de tecnologia do país, virou alvo de uma ação judicial após um contrato de implementação de seu software no valor de R$ 1 milhão ter sido encerrado devido a uma denúncia de racismo. O caso envolveu uma fornecedora homologada de seus serviços e um dos clientes da prestadora. A informação é do UOL.

Numa videoconferência realizada para discutir a revisão do contrato, o diretor-técnico da Proz Educação, Juliano Pereira dos Santos, foi chamado de ‘negão’ por Matheus Mason Adorno, representante da Optat Consulting.

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Santos não engoliu a declaração racista e entrou com dois processos na Justiça por danos morais, no valor de R$ 50 mil cada um.

Revoltoso

Juliano Pereira dos Santos relatou ao UOL, que após seis meses de trabalho, o projeto da Proz com a Oplat não andava e tinha erros básicos de implementação que seriam de responsabilidade da Oplat, porém, reconhecendo a parcela de responsabilidade da Proz, Santos disse que a empresa estava disposta a arcar com parte do prejuízo para “recomeçar do zero”.

Durante a videoconferência, em outubro de 2021, a Optat propôs cobrar R$ 230 mil para refazer o trabalho, que levaria 1800 horas para ser concluído.

O executivo da Proz esperava que a Optat se comprometesse a arcar com metade do prejuízo de refazer o trabalho.

Juliano Pereira dos Santos, diretor-técnico da Proz EducaçãoImagem: Divulgação.

“Como eles disseram que não iam ajudar, eu falei: ‘Pô, eu expus meu nome endossando o trabalho de vocês. Será que agora não seria o caso de alertar essas empresas sobre o que ta acontecendo conosco?”.

Foi então que a resposta de Adoro para Santos foi

“Ai não, negão, Aí você quer me f*der”.

Os dois executivos só haviam conversado uma vez. Santos aponta que o tratamento obtido por uma pessoa que mal conhecia e durante uma reunião de trabalho, com tanto dinheiro envolvido, só tem uma explicação: racismo. Ele disse ter reagido imediatamente:

“‘Negão, o cara***’. não tem desculpa, não negocio com racista. Aquilo era crime e não ia ficar assim. Se viesse de um amigo, negro, e se a gente estivesse conversando num ambiente familiar, não teria problema. Mas num contexto de uma pessoa branca que eu não conheço, com quem não tenho intimidade, discutindo comigo uma soma de dinheiro considerável, é claramente agir de forma a me desmoralizar, e isso é inaceitável. É muito simples separar uma coisa da outra”.

Contatado pela reportagem do UOL, o executivo Thiago Mason Adorno não quis se manifestar. Ele apenas disse: “Não tenho nada a comentar sobre o assunto”.

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Redação tecflow

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