*Por Arthur Guitarrari
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que vinha sendo discutida desde 2018, entrou efetivamente em vigor em 18 setembro de 2021. Desde então, as empresas têm corrido contra o tempo para cumprir as exigências. A adequação à LGPD exige acompanhamento jurídico, que é fundamental, porém, existe outra demanda técnica que pode ser difícil de solucionar.
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Percebendo a necessidade de consultoria especializada no assunto, as empresas do segmento varejista estão contratando os serviços de companhias especializadas em proteção e privacidade de dados. Assim, o projeto de adequação é desenvolvido pensando na privacidade em todos os níveis e buscando torná-las um exemplo de compliance.
Em um primeiro momento, nesses casos, é preciso identificar os gaps e analisar os riscos. A primeira “fotografia” da situação de dados pessoais da empresa geralmente é reveladora: quando se mapeiam e concatenam 100% das inadequações, encontram-se os setores com maior volume de dados como: marketing, atendimento ao cliente, loja e cartões. A partir da identificação, num segundo momento, trabalha-se para estabilizar e mitigar os problemas.
Sem dúvida, a coleta de dados pessoais é algo fundamental e necessário para o varejo. Atualmente, o setor passa por uma transformação digital, que requer entender o cliente da melhor forma possível, nos mínimos detalhes. Por isso, são tratados dados pessoais em diferentes processos. Contudo, esse volume de informações exige, além de capacidade de processamento, muita responsabilidade. É preciso garantir a proteção e a privacidade de dados de clientes, colaboradores, ex-colaboradores, fornecedores e parceiros, usando as informações de acordo com a finalidade para a qual foram coletadas
Portanto, a adequação à LGPD traz resultados que vão além do cumprimento de uma obrigação legal para as varejistas. Há mudança de cultura dentro dessas empresas. Nesse caminho, é possível aprender o quê, por que e como fazer para estar adequado à lei. Isso é muito importante para os empreendimentos do setor reverem todos os processos, tomando conhecimento de tudo o que coletam, refletindo se precisam realmente de todos os dados e passar a captar somente os essenciais.
*Arthur Guitarrari, CEO da Everon.
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