O mercado de PCs segue com ligeira alta no Brasil. Nos três primeiros meses de 2022, foram vendidos cerca de 1,98 milhão de computadores, crescimento de 6% em relação ao mesmo período de 2021.
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Desse total, 450 mil foram desktops, alta de 15%, e aproximadamente 1,5 milhão foram notebooks, 3% a mais do que no 1º tri do ano passado. Os dados são do IDC Brazil PCs Tracker 1Q2022, estudo da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.
Segundo o estudo, a alta foi puxada pelo mercado corporativo, que atingiu seu maior nível de participação nos últimos anos, representando quase 49% das vendas totais de computadores e crescendo 36% a mais do que em janeiro, fevereiro e março de 2021.
Para Daniel Voltarelli, analista de mercado de TIC da IDC Brasil, “a alta se deve à constante demanda de computadores para fins educacionais, à necessidade das empresas de atualizarem seus ativos de TI e de adequarem suas forças de trabalho às condições híbridas, que ganham cada vez mais espaço nas organizações”.
Já o varejo, que alcançou o volume próximo de 1 milhão de unidades, caiu 12%, ano contra ano. Em relação ao desaquecimento das vendas no varejo, o analista da IDC Brasil enxerga os impactos do momento econômico do país, com alta da inflação e da taxa de juros, e a consequente diminuição do poder de compra dos consumidores.
“Há também uma redução natural da demanda no varejo, após um 2021 registrando avanços tão significativos no segmento”, diz.
Quanto aos preços, no primeiro trimestre de 2022, o custo médio de um desktop girou em torno de R$ 3,5 mil e de um notebook em R$ 4,7 mil, respectivamente 8% e 23% a mais do que no primeiro trimestre de 2021.
A receita total do mercado de computadores no primeiro trimestre de 2022 cresceu 27% e foi de R$ 8,9 bilhões.
Projeções
Para o restante do ano, a IDC projeta uma leve retração no mercado de PCs, mas essa perspectiva não é homogênea para todos os segmentos. No varejo, a expectativa é de encolhimento, seguindo o que já foi observado no primeiro trimestre deste ano. Porém, para o corporativo (B2B), as projeções atuais são de uma expansão significativa ao longo do ano.
“Certamente o país tem desafios na economia e política que se estenderão para os próximos trimestres, mas estamos também em um momento de entendimento das novas condições de trabalho híbrido e transformação digital num contexto pós-pandemia, o que pode beneficiar o segmento de PCs”, reforça Voltarelli.
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Redação tecflow
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