Em um mundo cada vez mais virtual, quase tudo o que envolve o nosso cotidiano está diretamente ligado à internet. E com a economia não é diferente, já que para efetuar uma compra, um pagamento ou até mesmo uma negociação nos dias de hoje, é necessário ter somente um celular na mão.
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Os pagamentos eletrônicos instantâneos, conhecidos como Pix, tornam-se a cada dia mais rotineiros, facilitando a vida do cidadão brasileiro de várias formas, e consequentemente diminuindo filas e custos. Devido a essa mudança nas formas de pagamentos, o Banco Central está criando uma moeda digital brasileira.
Segundo o órgão normativo, o objetivo é desenhar uma extensão digital do Real que seja parte do cotidiano das pessoas. Conhecida ao redor do mundo como Central Bank Digital Currency CBDC – nada mais é do que uma moeda digital brasileira. Ela funcionará como o seu dinheiro físico, porém, no ambiente virtual. Com uma moeda digital é possível realizar diversas atividades, como pagamento de compras, transferências, estipular o valor de algo, guardar para o futuro, entre outras finalidades.
A ideia é que ela facilite as transações financeiras sem que o dinheiro físico esteja envolvido. Na prática, estará disponível para quem faz uso de contas bancárias, contas de pagamentos, cartões, Pix, transferências ou dinheiro vivo. Ou seja, servirá para substituir o que está na sua carteira.
De acordo com o relatório The Global Payments Report, em 2020, somente 35% das compras foram feitas em cédulas. Logo, não faz sentido que o Banco Central continue emitindo dinheiro vivo. O intuito do Real digital é incluir ainda mais consumidores na nova modalidade do mercado financeiro, dentro da economia digital, além de baratear os custos bancários.
Não é uma criptomoeda
No entanto, para entender melhor, primeiro é necessário compreender que o Real Digital não se trata de uma criptomoeda. A moeda digital brasileira terá a mesma cotação frente a outras moedas. Além disso, é assegurado que o usuário tenha segurança jurídica, cibernética e de privacidade ao operar com o novo recurso. Portanto, se implementado, o Real digital seria uma moeda totalmente centralizada, emitida e regulada pelo Banco Central, da mesma maneira que acontece com o dinheiro físico.
Para utilizar o Real Digital, emitido pelo Banco Central, será necessário ter uma carteira digital e, diferente do que acontece com o dinheiro físico, as demais instituições não poderão emprestar estes recursos a terceiros.
Entretanto, o Real Digital poderá ser usado nas mesmas atividades que o real físico, como por exemplo, pagar uma conta no supermercado. E esse é outro ponto que diferencia a modalidade da criptomoeda, pois essa atividade ainda não é permitida com a mesma.
Fábio Araújo, coordenador do Real Digital do Banco Central.
Segundo o coordenador do Real Digital do Banco Central, Fábio Araújo, a implementação da rede 5G ajudará bastante esse tipo de tecnologia. Na visão dele, ao aumentar a agilidade e diminuir os custos, abrem-se portas para novos negócios, e podemos ter como exemplo o Pix.
Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores, que começou dia 1º de abril e terminou dia 5 de julho.
Quando e como o Real Digital será implementado?
Ainda de acordo com Fábio Araújo, o lançamento do Real Digital deve acontecer em 2024, e será feito em fases. Isso significa que a moeda será restrita a apenas uma parcela da população e aos poucos será liberada a todos. Além disso, no início, terá suas funcionalidades reduzidas.
Aos poucos, é esperado que ela se popularize – assim como o Pix, que chegou no Brasil em 2019 e já bateu recordes entre os meios de pagamento.
Para utilizá-la, todas as pessoas interessadas vão precisar ter uma carteira virtual através de um Banco ou Instituição de pagamento.
Quais as expectativas sobre a nova moeda?
Segundo Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, é esperado que ninguém perca dinheiro, mas “que os bancos sejam uma fatia de um bolo que será muito maior.”
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
“A ideia é não somente ser um meio de pagamento instantâneo, mas também criar uma espécie de carteiras inteligentes que contenham o dinheiro para efetuar pagamentos programados, por exemplo, que funciona para pagamentos recorrentes, como um pedágio ou assinatura de serviços”, disse.
Real Digital e IoT
Com o Real Digital, vai ser possível colocar a Internet das Coisas (IoT) em prática. Você já ouviu falar neste termo? Basicamnete, é a integração de objetos cotidianos com a internet – isso torna possível reunir informações, analisá-las e, a partir disso, criar ações oriundas do processamento de dados.
Como exemplo, uma geladeira inteligente poderá identificar a falta de alimentos e programar uma compra no supermercado sozinha através da moeda digital. Tudo isso sem a necessidade de passar em um caixa.
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Redação tecflow
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