Marcelo Nagy (46 anos) se interessou pela área de cibersegurança com o propósito de proteger sistemas de ameaças cibernéticas. No início da carreira, trabalhando como desenvolvedor de software em uma instituição financeira, percebeu que a preocupação com a segurança sempre ficava em segundo plano. “Era importante entregar softwares funcionais, sem bugs (erro ou falha que ocorre no sistema) e no menor tempo possível. A segurança se resumia a um controle de logins e segmentação por perfis de acesso”, explica.
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No início de 2010, Nagy sentiu a necessidade de saber mais sobre a área de cibersegurança. “Procurei por cursos de pós-graduação, especialização em prevenção de crimes e fraudes digitais, tendências em red team e blue team (equipes defensivas ou ofensivas no ramo de cibersegurança), além de certificações no mercado de Ethical Hacking”, ressalta.
Atualmente, Marcelo é diretor de uma empresa especializada em gestão de tecnologia, segurança da informação e investigação cibernética, em São Paulo (SP). “É uma rotina desafiadora, tenho cuidado em checar se ambientes estão atualizados (up-to-date) e se boas práticas de segurança estão sendo aplicadas”. Ele trabalha em torno de 12 horas por dia para garantir que os ambientes estão operacionais e que os processos de segurança da informação estão sendo bem executados.
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Para atuar nessa profissão, é fundamental conhecer como pensa e age um cibercriminoso, ser discreto ao lidar com informações sensíveis, trabalhar em equipe e resolver problemas sob pressão.
“O profissional de Cyber Security consegue identificar vulnerabilidades no sistema, conhece técnicas de ataques e sabe implantar estratégias de defesa para proteger as empresas contra tentativas de ataque de cibercriminosos e roubo de informações sigilosas”, afirma Cláudio Dodt, sócio-gerente e líder de prática na área de cibersegurança da Daryus Consultoria.
As empresas que manipulam informações e estão preocupadas com a exposição de dados na internet geralmente contratam o especialista de cibersegurança. O último (ISC)² Cybersecurity Workforce Study, realizado em 2021, mostra que existe um déficit de 2,7 milhões de profissionais de Cyber Security em todo o mundo, desses, 441 mil são no Brasil.
Os salários na área de segurança podem variar de acordo com experiência, habilidades, especializações e certificações para o mesmo cargo. De acordo com dados da empresa de recrutamento Robert Half, analistas com menos experiência podem começar ganhando cerca de R$5 mil e os salários para analistas com mais bagagem podem chegar até R$16 mil. Os salários de um pentester podem chegar até R$17 mil, enquanto para cargos de coordenação, os salários podem superar até a casa do R$20 mil. Para se destacar no mercado de trabalho é necessário ter tempo e investir em educação para se manter sempre atualizado.
Como o profissional precisa ter um desenvolvimento contínuo, a formação acadêmica é essencial para atuação em Cyber Security. “Por meio da especialização, o profissional aprende as ferramentas necessárias para proteger as organizações, que estão com suas estruturas cada vez mais tecnológicas. Algumas oferecem uma abordagem prática, que possibilita ao aluno desenvolver os conhecimentos teóricos das aulas”, explica Nadia Guimarães, diretora acadêmica do Instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista (IDESP), pioneiro na área de cibersegurança no Brasil.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.