Entender as novas dinâmicas de consumo significa, sobretudo, estar atento às novidades do mercado. Com isso, torna-se imprescindível que se entenda o que é uma Inovação disruptiva.
É muito comum que, ao consumir determinados produtos de um segmento, algo surja e mude completamente a experiência daqueles consumidores.
No entanto, não é toda a inovação dentro dos segmentos que podem ser consideradas disruptivas.
É preciso uma abordagem profundamente revolucionária para que isso seja considerado nesse sentido.
Por exemplo, se no mercado gráfico houver uma espécie de suscetibilidade à prestação de serviços para as empresas das redondezas.
Possibilita-se, portanto, a abertura de um negócio com essa lógica. Porém, a boa prestação de serviço pode até, em certa medida, concorrer de forma mais acentuada.
No entanto, isso não significa, necessariamente, uma ruptura com o mercado já existente naquela região.
Agora, se é elaborado um serviço diferenciado que consiga simular um banner personalizado para lanchonete, munindo-se de algumas tecnologias que permita o contratante se tornar co-criador do impresso, isso pode significar um novo padrão.
Contudo, é importante detalhar um pouco mais sobre o que é e os porquês de se apostar em técnicas de inovações disruptivas em uma empresa.
Inovação disruptiva: o que é?
Diante de novos jargões que sempre vão surgindo no mercado, torna-se necessário defini-los e contextualizá-los.
Com as inovações disruptivas não pode ser diferente. Afinal de contas, a inovação já não é disruptiva em certa medida?
É certo que, no mercado, toda a inovação é importante. Muitas vezes, um produto pode ser lançado e não gerar impactos, mas, mediante algumas melhorias, pode ser transformado em um objeto de desejo.
Entretanto, apenas inovar não pode ser considerado disruptivo. Por isso, é tão importante compreender as fronteiras de cada uma dessas categorias.
A inovação disruptiva tem que possuir um caráter de ruptura e criador ao mesmo tempo, isso significa dizer que esse produto ou serviço tenha que representar um ponto de inflexão na história daquele segmento.
Tomar como exemplo o setor de telecomunicações, sobretudo no que diz respeito aos telefones celulares se faz necessário.
O que antes servia apenas para fazer ligação e, no máximo, mandar mensagem de texto, tornou-se, hoje, uma extensão da vida.
Ou seja, um aparelho que era feito apenas para comunicações pontuais, atualmente, consegue ser um computador na palma da mão.
Em outros tempos, para comprar uma cortina para cozinha sob medida era preciso ir à alguma loja de departamento.
Já, agora, é possível fazer isso diretamente do celular no conforto de casa. Esse tipo de inovação é o que podemos chamar de disruptiva.
Há aqui, portanto, um significado revolucionário que, em grande medida, colocou as pessoas em um outro mundo a partir desse consumo.
Quais são seus impactos?
Há muitas empresas que torcem o nariz para esse tipo de inovação, umas que, em grande medida, representam um risco para o mercado já estabelecido.
As locadoras foram varridas do mapa por conta dos serviços de streaming que criaram um novo mercado depois de terem demolido o antigo.
Essas tendências podem ser criadas ou adaptadas para a empresa em questão, mas é necessário estar atento aos sinais do mercado.
A criação, por exemplo, de aplicativos de carona, colocou em cheque o setor que corresponde aos dos taxistas.
Entretanto, isso pode se apresentar em dois sentidos. É possível desestabilizar um mercado antigo ou enxergar nesse novo uma possibilidade para inserção.
Por exemplo, uma empresa que aluga limousine para festas pode, muito bem, agora, criar um aplicativo para agregar todos os anunciantes e facilitar a contratação dos serviços.
Ou seja, com as inovações disruptivas é possível obter a estruturação de novas tendências mercadológicas.
Além disso, a criação de um produto disruptivo pode vir a ser o objeto de desejo de muitas pessoas e, no entanto, ter um aspecto de frustração por seu valor.
Porém, com o acirramento desse novo mercado, é possível que a criação de preços competitivos se torne uma realidade.
A importância de uma abordagem disruptiva
Aqui, portanto, urge a necessidade de se compreender a importância de uma abordagem disruptiva.
Primeiro de tudo, é importante que se liste esses pontos a fim de elucidar melhor essa questão.
Por isso, aqui vão alguns aspectos intrínsecos ao processo disruptivo que pode ser de grande valia para o mercado:
- Soluções mais acessíveis;
- Custos baixos;
- Posicionamento de marca;
- Fidelização e compra.
Apresentado os pontos supracitados, torna-se necessário pormenorizá-los um pouco mais, a fim de se obter maior clareza sobre o tema.
Soluções mais acessíveis
É fato que toda a inovação tecnológica, ao entrar no mercado, acaba por ser oferecida por preços mais altos.
Isso se dá, sobretudo, pelo custo do desenvolvimento que aquilo gerou. Entretanto, é possível que haja uma estratégia de agregação de valor ao produto.
Afinal de contas, se aquele produto gerar desejo, é bem possível que aquela marca se instaure como referência naquele segmento.
Suponha-se que um sistema de segurança digitalizado foi desenvolvido para casas de alto padrão.
Até aí, nada de novo no mercado. Mas, utilizando as últimas inovações tecnológicas, é possível integrar o sistema de cerca elétrica residencial, por exemplo, a um mecanismo de sensores que, ao passar algo por perto dela, faz o celular vibrar.
Logicamente, isso pode ser destinado apenas ao consumo de luxo, mas, na medida em que outras empresas forem entrando nesse mercado, é possível que o preço abaixe e que outras casas pela cidade comecem a contratar esse tipo de cerca.
Custos Baixos
Essa queda de preços também se dá através de diversos fatores, como, por exemplo, pela baixa do custo de produção.
Ou seja, o que antes era munido de uma tecnologia inovadora e difícil de acessar, agora, depois do mercado ter se adaptado à ela, é possível encontrar formas de produzi-lo com um custo mais baixo.
Além disso, há a concorrência que acaba por regular os preços praticados dentro dos setores, barateando, assim, certos custos para o consumidor final.
O que antes, por exemplo, podia precisar de um grande aporte de capital para anunciar o serviço de despachante de cnh, agora, pode ser possibilitado pelas tecnologias disruptivas das ferramentas digitais.
Nesse sentido, há, também, uma grande facilidade de aprimoramento dessas ferramentas, a fim de precisar ainda mais os resultados, poupando os investimentos.
Posicionamento da marca
Em toda a inovação proposta dentro de um mercado, há a capacidade de entrelaçar uma marca com aquela novidade.
No entanto, se houver a capacidade dessa aplicação ter um caráter disruptivo, é importante que isso seja feito.
Uma vez reconhecida como a fundadora de um novo modelo de negócios, uma empresa jamais será esquecida.
Se a busca for por inovações em soluções domésticas, a criação de produtos que resolvam de uma vez por todas as demandas de limpeza de tacos de madeira pode funcionar.
Existem muitos exemplos como esse no mercado. Uma empresa que criou ou reinou em um segmento ficar tão famosa e nomear o produto mesmo que de outra marca.
Quanto mais disruptivo for a proposta, maior a chance de se consagrar na cabeça do cliente como uma marca top of mind.
Fidelização e compra
Aqui, portanto, tendo em mente toda a constituição de uma estratégia de inovação disruptiva, é possível atrair cada vez mais consumidores para uma marca.
Isso se dá, sobretudo, pela avidez de qualidade por parte do público. Se isso for reconhecido em alguma empresa, é bem possível que ela seja escolhida por um bom tempo.
Uma empresa, por exemplo, que é líder no setor de envelopamento automotivo não está com esse destaque por acaso.
Muitas vezes, alguns diferenciais podem sobressair dentro do mercado e destacar a marca. Um bom acabamento pode até ser um diferencial, mas é necessário sempre buscar mais, sempre ter o caráter disruptivo como norte.
Suponha-se que essa empresa consiga criar uma plataforma que o usuário possa criar os seus adesivos e enviar, isso pode criar novos hábitos de consumo e impor para o mercado um novo padrão.
No entanto, a gráfica que pensou nisso primeiro acaba tendo mais vantagens aos olhos dos clientes, uma vez que ela se tornou sinônimo daquele serviço.
Considerações finais
Com base em tudo que foi dito, é possível entender a grande responsabilidade que é apostar em estratégias de inovações disruptivas.
O seu caráter revolucionário pode acabar norteando mercados e criando novos hábitos de consumo.
A tecnologia digital, por exemplo, trouxe os smartphones para a vida cotidiana. Isso representou mudanças significativas no comportamento dos usuários.
Além disso, outros mercados acabaram sendo impactados por essa nova ferramenta de acesso à informação.
O que antes precisaria de um telefonema, hoje é possível fazer com o simples desbloqueio de celular.
Um rastreador para carros, por exemplo, podia ser acessado apenas mediante a computadores presentes nas seguradoras.
No entanto, hoje em dia, já é possível fazer a sua verificação via aplicativo. Isso facilita a vida do cliente e credibiliza ainda mais a empresa.
Por isso, é fundamental entender o quão necessário é para o mercado que atitudes disruptivas sejam tomadas para que, assim, novos horizontes sejam desvendados.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Matheus
Matheus Carvalho faz parte da equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.