*Por Jun Ueda
Todos sabem que devem fazer a sua parte para proteger o ambiente, reduzir as emissões de carbono e minimizar o aquecimento global. Mas o principal desafio para a maioria das pessoas no ambiente de trabalho é saber o que fazer e como começar. Ouvimos muito sobre as metas de emissões de carbono na conferência COP26 do ano passado em Glasgow (Escócia) e o assunto voltará às manchetes na COP27, em Sharm El Sheikh, Egito, em novembro deste ano.
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Os programas nacionais de redução de CO2 tendem a estar no centro das atenções nesses grandes eventos globais, e as metas de zero líquido já estão em vigor em mais de 70 países. Estes incluem os maiores poluidores – China, Estados Unidos e União Europeia, cobrindo cerca de 76% das emissões globais. Grandes empresas também estão envolvidas. Na COP26, mais de 450 dos maiores bancos e fundos de pensão do mundo – em 45 países – e com ativos no valor de US$ 130 trilhões – se comprometeram com um objetivo fundamental de limitar as emissões de gases de efeito estufa.
Mas esses compromissos de alto nível só serão realizados se as pessoas aderirem e mudarem a forma como fazem as coisas em suas vidas diárias no trabalho. É por isso que precisamos intensificar os esforços para permitir que todos nos concentremos em proporcionar um futuro mais amigo do ambiente. As empresas devem unir forças para promover uma série de ações para ajudar a impulsionar a compreensão dos fundamentos do ‘E’ no que ficou conhecido como ESG (ambiente, social e governança).
A pesquisa encomendada pela Fujitsu e realizada pela Forrester Consulting em fevereiro de 2022 revela que a prioridade da sustentabilidade aumentou acentuadamente nos últimos dois anos. De acordo com o estudo, a sustentabilidade agora é uma prioridade maior para 60% das organizações pesquisadas em comparação com dois anos atrás. Além disso, 41% dos entrevistados consideram a sustentabilidade como uma de suas três principais prioridades de gestão e 54% dos tomadores de decisão entrevistados estão olhando para a crescente conscientização sobre sustentabilidade entre as gerações mais jovens.
Precisamos construir novas possibilidades conectando pessoas, tecnologia e ideias, criando um mundo mais sustentável. Focar em soluções norteadas ao estabelecimento de metas estendidas para ESG em projetos de grande escala, mas também a indústria de TI pode e deve fazer uma diferença real no combate proativo ao aquecimento global. Aliás, empresas de todos os portes devem implementar ferramentas que ajudam a determinar metas e acompanhar o progresso no alcance das metas ESG. Podemos começar pelo simples como, por exemplo, a redução de viagens corporativas e o consumo de energia.
Mas nem sempre é assim. E, mesmo para entregar uma mudança efetiva, ainda dependerá da adesão de todos. A imposição de metas de cima para baixo sempre encontrará resistência. Como qualquer pessoa responsável por um programa de mudança lhe dirá, a comunicação da mudança geralmente determina se ela é bem-sucedida ou não.
As evoluções partirão de uma conscientização mais ampla dos setores sobre tópicos ESG e impulsionados pela preocupação dos líderes com tecnologias não ecológicas – além do interesse dos investidores em empreendimentos ‘verdes’. É preciso colocar a sustentabilidade no centro dos negócios.
*CEO da Fujitsu do Brasil.
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Redação tecflow
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