Para os aficionados por filmes de ficção científica, sabemos que a melhor maneira de lidar com um asteroide ou um cometa ameaçador seria simplesmente explodi-lo em pedaços. Mas um novo estudo que analisa pedaços reais de corpos celestes por uma missão espacial japonesa descobriu que a tarefa pode não ser tão fácil assim.
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Imagine que você recebe uma grande esponja e alguém pede para explodi-la em vários pedaços usando um taco de beisebol. O trabalho não é tão fácil porque a esponja geralmente é porosa e absorve impactos. Acontece que muitos asteroides em nosso sistema solar são semelhantes a essa esponja, pois são compostos de uma amálgama solta de rochas e pedregulhos.
Esse foi o caso do asteroide Itokawa, descoberto em 1988 pelo projeto de mapeamento espacial LINEAR. Já a sonda Hayabusa 1 da Agência Espacial Japonesa, visitou a rocha em 2005, trazendo fragmentos do asteroide à Terra apenas em 2010.”Ao contrário dos asteroides monolíticos, o Itokawa não é formado por um único pedaço de rocha, o que significa que é inteiramente feito de pedras soltas”, explicou o professor Fred Jourdan, da Universidade Curtin, em um comunicado à imprensa.
Proteção Planetária
O professor e sua equipe analisaram pequenos pedaços e poeira trazidos de Itokawa. Eles ficaram surpresos com os resultados que mostram como a rocha espacial é antiga e resiliente, datando de bilhões de anos, em vez das várias centenas de milhares de anos esperados para asteroides semelhantes.
“Devido a sobrevivência surpreendentemente para um asteroide do tamanho de Itokawa é atribuído à natureza absorvente de impactos”, diz Jourdan. “Descobrimos que Itokawa é uma grande almofada espacial muito difícil de destruir.”
A descoberta traz implicações sobre como podemos um dia proteger a Terra de um impacto em potencial por um grande asteroide. Por um lado, a longa vida destes asteroides significa que eles provavelmente são mais comuns do que se pensava anteriormente. Isso significa que simplesmente explodir um asteroide que se aproxima de nós seria uma metáfora de um enorme taco de beisebol provavelmente não é a melhor abordagem.
“A boa notícia é que também podemos usar essas informações a nosso favor”, explica o coautor e professor associado da Curtin, Nick Timms. “Se um asteroide for detectado tarde demais para um empurrão cinético, podemos potencialmente usar uma abordagem mais agressiva, como usar a onda de choque de uma explosão nuclear próxima para empurrar um asteroide para fora do curso da terra sem destruí-lo.”
A NASA recentemente tentou a abordagem de empurrão cinético com sua missão DART, e as explosões nucleares têm sido muitas vezes tramas de ficção científica envolvendo corpos celestes que trazem a destruição iminente. É que, normalmente, os heróis de Hollywood estão usando uma bomba nuclear para obliterar o próprio objeto.
Esta nova pesquisa sugere que esmagar rochas espaciais em pedacinhos cada vez menores pode não ser o meio mais eficaz ou eficiente de defesa planetária, Se não pudermos destruir um asteroide que se aproxima, talvez possamos mandá-lo para fora do nosso caminho.
Fonte: CNET
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Leandro Lima
Graduado em tecnologia e design gráfico, sou apaixonado pela fotografia e inovações tecnológicas. Atualmente escrevo para o Tecflow.