Nesta segunda-feira, 6 de maio, no Yom HaShoah, ou Dia da Lembrança do Holocausto, a comunidade global recorda os seis milhões de judeus brutalmente assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Neste contexto de memória e justiça histórica, pesquisadores de Israel estão empregando inteligência artificial (IA) para identificar centenas de milhares de vítimas do genocídio, cujos nomes não foram registrados nos arquivos oficiais.
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O Centro Mundial de Memória do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, está liderando esta iniciativa pioneira. Com o auxílio de um software alimentado por IA, a equipe está vasculhando uma vasta quantidade de documentos em busca de detalhes que possam ajudar a localizar tanto as vítimas conhecidas quanto as desconhecidas.
Antes da implementação deste programa, voluntários dedicavam-se a rastrear informações sobre 4,9 milhões de pessoas, baseando-se em depoimentos, documentos históricos, filmagens, registros de cemitérios, entre outros. No entanto, conforme ressaltado pela CNN Brasil, há grandes lacunas nos registros documentados devido à brutalidade dos nazistas, que frequentemente eliminavam suas vítimas sem deixar vestígios.
Esther Fuxbrumer, chefe de desenvolvimento de software do centro, destacou a complexidade desse processo humano de busca e catalogação. “É muito difícil para um ser humano fazer isso, revisar tudo e não perder nenhum detalhe”, afirmou à Reuters.
O novo sistema de IA, desenvolvido nos últimos dois anos e atualmente em fase de testes, é capaz de analisar documentos em diversos idiomas, incluindo inglês, hebraico, russo e alemão. Com uma velocidade impressionante, a tecnologia examina centenas de depoimentos em questão de horas, proporcionando resultados precisos.
“Acreditamos que dessa forma conseguiremos trazer muitas histórias sobre muitas vítimas que foram mortas, crianças pequenas que ninguém mais conhecia, para nos contar a história do que aconteceu com elas”, enfatizou Fuxbrumer.
Essa iniciativa representa não apenas um avanço na pesquisa histórica, mas também uma forma de honrar a memória das vítimas do Holocausto, resgatando suas histórias e preservando seu legado para as futuras gerações.
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