Na recente 244ª Reunião da Sociedade Astronômica Americana (AAS), uma pesquisa inovadora utilizando dados do supertelescópio espacial James Webb revelou detalhes impressionantes sobre uma colisão colossal de asteroides no sistema estelar Beta Pictoris. Este sistema, situado a apenas 63 anos-luz da Terra, é conhecido por sua juventude e intensa atividade, tornando-se um laboratório natural para a formação planetária. A colisão, inicialmente suspeitada há mais de duas décadas, foi confirmada como resultado da interação de gigantescos corpos celestes rochosos.
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Observações anteriores feitas pelo Telescópio Espacial Spitzer entre 2004 e 2005 já indicavam a presença de uma grande quantidade de poeira ao redor de Beta Pictoris. No entanto, foi somente com as imagens de alta resolução do James Webb, capturadas em 2023, que os astrônomos puderam confirmar a ocorrência desta colisão massiva. Segundo a astrônoma Christine Chen, da Universidade Johns Hopkins, Beta Pictoris está em uma fase crucial onde planetas rochosos e outros corpos celestes estão se formando em tempo real, através de frequentes colisões de asteroides gigantes.
A confirmação deste evento foi possível devido à análise detalhada dos dados que mostraram uma diminuição significativa na quantidade de poeira espacial ao redor da estrela. Esta redução indicou que a colisão dos asteroides, ocorrida há cerca de 20 anos, resultou na pulverização de grandes corpos celestes em partículas de poeira fina. Este tipo de evento é raro e oferece uma oportunidade valiosa para os cientistas entenderem melhor a evolução dos sistemas planetários.
Beta Pictoris é um ótimo lugar para estudar a formação de planetas como a Terra provocada por colisões com asteroides. Crédito: Goddard Space Flight Center da NASA/F. Reddy
Kadin Worthen, coautora do estudo e estudante de doutorado em astrofísica na Johns Hopkins, destacou a importância desta descoberta para responder questões fundamentais sobre a formação de planetas terrestres e gigantes. Além de investigar se processos semelhantes são comuns em outros sistemas estelares, a pesquisa também busca entender a raridade de sistemas planetários como o nosso próprio sistema solar.
A observação direta de uma colisão tão significativa em Beta Pictoris fornece uma visão sem precedentes dos processos primordiais que moldam sistemas estelares jovens. Este estudo não apenas ilumina a formação e evolução de planetas rochosos, mas também contribui para o conhecimento sobre como sistemas planetários se desenvolvem ao longo do tempo cósmico, proporcionando um paralelo essencial para a compreensão da origem e evolução do nosso sistema solar.
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Redação tecflow
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