A popularização da inteligência artificial (IA), de fato, trouxe muitos benefícios, mas também chega com novos tipos de ameaças que, há alguns anos atrás, muitos achariam impossível, como vídeos que falsificam a imagem e a voz de qualquer pessoa, seja ela comum ou até mesmo um grande nome conhecido. Uma recente pesquisa revelada pelo O Globo mostra que sete em cada 10 pessoas podem ser enganadas por golpes feitos com IA no Facebook e Instagram. Este dado alarmante levanta a questão: estamos preparados para lidar com as implicações éticas e de segurança desta tecnologia?
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A facilidade com que golpistas usam a tecnologia para criar materiais falsos, imitando perfeitamente as pessoas, é preocupante. O especialista em tecnologia e CEO da Portão 3, Fernando Nery, acredita que isso não só compromete a privacidade, mas também coloca em risco a segurança financeira e emocional das vítimas. “As redes sociais, ao priorizarem o engajamento e a expansão, precisam assumir a responsabilidade de proteger seus usuários contra tais fraudes. A transparência e a implementação de medidas de segurança robustas devem ser imperativos,” explica.
É necessário que a sociedade tenha um senso crítico mais aguçado e adote práticas de verificação antes de confiar em informações e solicitações recebidas online. A educação digital deve acontecer desde cedo, ensinando as novas gerações a identificar todos os sinais de fraude e a utilizar ferramentas de verificação de autenticidade. Tal conhecimento ajuda a reduzir a vulnerabilidade dos internautas diante dessas tecnologias avançadas.
“A inovação tecnológica é inevitável e pode ser uma força positiva se gerida com responsabilidade. No entanto, a crescente sofisticação dos golpes digitais nos obriga a repensar a forma como interagimos com o ambiente online. Somente através da colaboração e da conscientização poderemos mitigar os riscos e usufruir dos benefícios que a IA tem a oferecer, sem comprometer a segurança e a confiança do público”, diz Nery.
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