Os presidentes de empresas brasileiras estão menos engajados na condução de estratégias para adoção da inteligência artificial generativa em seus negócios do que a média da América Latina e do mundo. A conclusão é de uma pesquisa do National Research Group feita a pedido do Google Cloud, a divisão de nuvem da gigante de tecnologia.
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No estudo, que ouviu 2,5 mil líderes empresariais globais, incluindo 152 executivos brasileiros de negócios com faturamento anual de pelo menos R$ 50 milhões, constatou-se que apenas 33% dos CEOs brasileiros lideram iniciativas de IA, comparado a 44% na América Latina e 46% no mundo.
Responsável pelo Google Cloud Brasil, Ricardo Fernandes, avalia que a maior parte das empresas do Brasil está nos estágios iniciais do desenvolvimento de uma estratégia com a IA generativa.
“O resultado não é uma surpresa, mas uma constatação. Exceto os CEOs ou membros de conselho que já tenham tido de alguma forma uma interação passada com tecnologia, há um certo desconhecimento”, disse Fernandes. Entre as empresas brasileiras que já utilizam IA, 77% focam no desenvolvimento de novos produtos, enquanto operações de vendas e marketing (63%) e comércio digital (59%) seguem como as aplicações mais comuns.
O estudo indica que 35% das empresas que estão investindo em inteligência artificial generativa ao redor do mundo esperam obter retorno sobre o investimento (ROI) somente no próximo ano. A maior parte dos líderes latino-americanos e brasileiros tem expectativa de que os ganhos venham com o desenvolvimento de novos produtos, opção citada por metade deles. No mundo, o objetivo mais apontado, por 47%, é o de ganhar com a melhoria da margem operacional, ou seja, com aumento da eficiência das empresas.
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira vem em um momento em que investidores começam a questionar o retorno dos investimentos massivos feitos em inteligência artificial. Em um relatório de junho, analistas da Barclays projetaram em US$ 60 bilhões anuais, até 2026, as despesas do setor com o desenvolvimento de IA.
“Esse tipo de investimento necessariamente é feito de forma antecipada porque é muito capital envolvido. Não é uma decisão de alocação de capital que você faz em um ou dois meses. Requer anos”, concluiu Ricardo Fernandes, enfatizando que os investimentos estão se pagando e que a expectativa é de crescimento contínuo.
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Redação tecflow
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