Em um movimento que destaca a crescente tendência entre as gigantes de tecnologia, o Google anunciou a aquisição da tecnologia desenvolvida pela startup brasileira Character.AI por US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 16,5 bilhões). A negociação, revelada por Erin Griffith e Cade Metz no The New York Times, não incluiu a compra da empresa em si, mas apenas a licença para usar o software de inteligência artificial criado por Noam Shazeer e o brasileiro Daniel de Freitas. A Character.AI, que recebeu quase US$ 200 milhões em investimentos, continua operando independentemente, com seus fundadores e alguns funcionários retornando ao Google.
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A decisão do Google em não adquirir a Character.AI como um todo reflete uma nova estratégia que tem se tornado comum no Vale do Silício. Em vez de comprar startups inteiras, as grandes techs estão optando por licenciar tecnologias específicas e contratar funcionários-chave. Essa abordagem permite que as big techs absorvam inovações valiosas sem se tornarem proprietárias completas das empresas, o que pode ajudar a evitar o escrutínio regulatório e as complexidades de uma aquisição tradicional.
A transação também é um indicativo do crescente interesse e investimento em inteligência artificial. Desde o auge do interesse por IA no final de 2022, muitas startups têm atraído grandes investimentos e concordado com condições que envolvem o uso de recursos das empresas investidoras. A decisão do Google de pagar tanto pela tecnologia quanto pelas ações dos acionistas da Character.AI demonstra a importância estratégica que o software de IA tem para o futuro da empresa.
O acordo também reflete a preocupação com a regulamentação antitruste, com grandes empresas de tecnologia buscando maneiras de expandir suas capacidades enquanto evitam a atenção das autoridades regulatórias. A Comissão Federal de Comércio dos EUA tem supervisionado atentamente as práticas das grandes techs, e a recente decisão judicial contra o Google por práticas monopolistas ressalta a necessidade de um equilíbrio entre inovação e concorrência justa.
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Redação tecflow
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