A ascensão da inteligência artificial (IA) no ambiente corporativo apresenta oportunidades únicas, mas também levanta questões cruciais sobre o desenvolvimento de soft skills essenciais, como comunicação e empatia, entre os jovens profissionais. Para discutir como a IA pode ser uma aliada na formação de novas lideranças e como evitar a desumanização nas relações de trabalho, o tecflow conversou com Adriano Lima, executivo de recursos humanos e especialista em gestão de pessoas.
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Adriano destaca que, embora a IA seja uma ferramenta poderosa em funções operacionais, sua capacidade de impactar positivamente as questões interpessoais é limitada. Ele argumenta que a verdadeira transformação na comunicação e no engajamento deve vir da liderança dos gestores, que devem promover um ambiente de feedback e interação. Segundo ele, a tecnologia não substitui a necessidade de conversas humanas, que são fundamentais para o desenvolvimento de líderes eficazes.
Além disso, Adriano aborda a importância de as empresas investirem em educação tecnológica, garantindo que seus colaboradores utilizem a IA de forma eficaz, sem cair na armadilha da dependência excessiva de algoritmos. Ele enfatiza que, para enfrentar as barreiras na integração da educação tecnológica às práticas de liderança, é fundamental que as organizações adotem uma mentalidade de aprendizado contínuo.
Neste contexto, Adriano Lima compartilha insights valiosos sobre como as empresas podem formar líderes que utilizam a IA de maneira crítica e ética, assegurando que as relações interpessoais permaneçam no centro das interações humanas no trabalho. Confira a seguir a entrevista completa, onde ele explora essas questões em profundidade e oferece recomendações práticas para enfrentar os desafios atuais.
Adriano Lima, executivo de recursos humanos e especialista em gestão de pessoas.
tecflow: Como a IA pode ajudar jovens profissionais a desenvolverem soft skills essenciais, como comunicação e empatia, enquanto evitam a desumanização nas relações de trabalho?
Adriano Lima: A IA é muito útil em funções operacionais, mas pouco ajuda nas questões interpessoais. Comunicação e empatia ainda são grandes problemas nas empresas, e devem ser trabalhados a partir da liderança do gestor, feedback e engajamento com os colaboradores. Nesse ponto, a IA não tem grande impacto, mesmo que agilize diversos processos. É aí que você vê que a tecnologia não vai substituir cargos de liderança.
tecflow: Quais estratégias empresas podem adotar para diminuir o gap educacional em tecnologia, principalmente em cargos de gerência, e garantir que mais profissionais utilizem a IA de forma eficaz?
Adriano Lima: O principal é investir em cursos e workshops que proporcionem uma boa base aos colaboradores. Não adianta usar o chat gpt para tudo e achar que está tudo bem. Os profissionais devem usar a tecnologia de forma cirúrgica, sem exagerar, e detectar as principais
tecflow: De que maneira a falta de comunicação interpessoal entre jovens profissionais pode impactar negativamente o uso da IA no desenvolvimento de líderes?
Adriano Lima: A comunicação continua sendo o principal problema entre os colaboradores. O uso exagerado da IA, sem dúvida, pode atrapalhar o desenvolvimento de novos líderes, principalmente pela mecanização de processos que seriam melhor resolvidos com uma simples conversa. Esse tipo de contato é fundamental para o surgimento da liderança.
tecflow: Quais são as principais barreiras para integrar a educação tecnológica às práticas de liderança em startups e grandes empresas no Brasil?
Adriano Lima: Muitas vezes as empresas ou startups acreditam que o uso da IA é uma coisa simples, que não demanda estudo ou aprimoramento. Esse tipo de mentalidade é negativa, e gera equipes que não conseguem usar a ferramenta da maneira correta e acabam sendo prejudicadas.
tecflow: Como as empresas podem garantir que o rápido avanço da IA não crie uma dependência excessiva de algoritmos, mas sim incentive a reflexão crítica e a ética nos processos de tomada de decisão?
Adriano Lima: Isso parte dos líderes. A tomada de decisão humana jamais será substituída pela IA. A tecnologia não tem intuição e empatia, e os gestores devem frisar isso aos colaboradores. Os novos líderes, apesar de aplicarem a IA no dia a dia, devem sempre ter isso em mente, e nunca se apoiar na tecnologia para decidir questões importantes.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.