O lançamento do iPhone 16 pela Apple (AAPL) no início de setembro não gerou o otimismo esperado entre investidores, levando o BTG Pactual a adotar uma postura mais cautelosa em relação às ações da empresa. De acordo com Marcel Zambello, analista do banco, o novo modelo, já disponível em quase 60 países, não apresentou as melhorias esperadas em inteligência artificial (IA), especialmente no que diz respeito ao software Apple Intelligence.
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Esse atraso na implementação de IA no dispositivo elevou o nível de incerteza quanto à tese de investimento da Apple. Atualmente, a empresa está sendo negociada a um múltiplo elevado de 31 vezes o Preço/Lucro projetado para 2025, mas com uma expectativa de crescimento de lucro líquido de apenas 4% entre 2022 e 2025, o que traz riscos de surpresas negativas.
A expectativa do mercado era que o novo iPhone, vendido a partir de US$ 799, proporcionasse um crescimento de 8% na receita da Apple durante o importante período de vendas de fim de ano. Além do iPhone 16, a Apple lançou novos AirPods e relógios atualizados, com preços de US$ 129 e US$ 179, respectivamente. Embora as mudanças nesses produtos não sejam significativas, Zambello acredita que eles podem atrair novos consumidores.
Contudo, sem inovações expressivas na linha de smartphones, a reação do mercado foi mais contida do que o esperado, impactando as expectativas para as ações da Apple no curto prazo.
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