A Meta anunciou um novo gerador de vídeos em alta definição, alimentado por inteligência artificial, chamado Movie Gen. O anúncio surge alguns meses após a OpenAI revelar o Sora, seu modelo de texto para vídeo embora o acesso público ao Movie Gen ainda não esteja disponível.
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O Movie Gen utiliza entradas de texto para gerar automaticamente novos vídeos, além de editar filmagens ou imagens estáticas já existentes. O New York Times relata que o áudio adicionado aos vídeos também é gerado por IA, combinando ruídos ambientes, efeitos sonoros e música de fundo com as imagens. Os vídeos podem ser gerados em diferentes formatos.
Além de criar novos clipes, a Meta afirma que o Movie Gen pode criar vídeos personalizados a partir de imagens ou alterar elementos de um vídeo existente. Um exemplo compartilhado pela empresa mostra um retrato estático de uma mulher; o vídeo adicionado a mostra sentada em um campo de abóboras, bebendo uma bebida.
O Movie Gen também pode ser usado para editar filmagens existentes, mudando o estilo e as transições ou adicionando elementos que não existiam anteriormente. Em um exemplo compartilhado pela Meta, um vídeo relativamente inócuo de um corredor ilustrado é editado de várias maneiras pela IA: em um quadro, ele está segurando pompons; em outro, o fundo foi editado para representar um deserto; em um terceiro, o corredor está vestindo um traje de dinossauro. Mudanças podem ser feitas usando comandos de texto.
Quase dois anos após a chegada de poderosos geradores de imagem e vídeo de IA ao mainstream, as empresas de IA têm levado a tecnologia ainda mais longe: apenas nos últimos seis meses, grandes empresas de tecnologia como Google e OpenAI estão trabalhando em ferramentas semelhantes, junto com startups menores. O Sora da OpenAI, anunciado pela primeira vez em fevereiro, ainda não foi lançado publicamente; esta semana, um dos co-líderes que trabalhava no gerador de vídeo deixou a empresa para ir para o Google.
O diretor de produtos da Meta, Chris Cox, escreve no Threads que a empresa “[não está] pronta para lançar isso como um produto tão cedo”, já que ainda é caro e o tempo de geração é muito longo.
Geradores de imagem de IA levantaram preocupações sobre propriedade e casos de uso potencialmente prejudiciais, e os geradores de vídeo de IA apenas agravaram essas questões. Relatórios indicam que a startup de IA Runaway treinou seu gerador de vídeo com milhares de vídeos do YouTube coletados de forma indiscriminada, algo que o CEO do YouTube, Neal Mohan, já declarou que violaria os termos de uso da plataforma. Em uma postagem no blog, a Meta afirma que treinou o Movie Gen em “uma combinação de conjuntos de dados licenciados e disponíveis publicamente”, mas não especificou quais.
Criativos como cineastas, fotógrafos, artistas, escritores e atores também estão preocupados com como os geradores de IA afetarão suas profissões, e a IA foi uma parte central de várias greves, incluindo as históricas greves conjuntas de Hollywood promovidas pelo Screen Actors Guild – American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA) e pela Writers Guild of America (WGA) no ano passado.
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