

A conectividade é o alicerce da transformação digital e uma condição indispensável para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico de qualquer país. No Brasil, embora o acesso à Internet tenha crescido de forma significativa na última década, ainda há um longo caminho a percorrer quando se trata de garantir uma conexão estável, rápida e universal. Em um cenário onde mais da metade da população convive com limitações de acesso — segundo dados do Cetic.Br —, a expansão da fibra óptica desponta como solução estratégica para reverter esse quadro e promover inclusão digital em escala nacional.
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Muito além de uma tendência tecnológica, a fibra óptica é uma infraestrutura crítica para viabilizar aplicações de alto desempenho em setores como educação, saúde, agronegócio, logística e cidades inteligentes. No entanto, apesar de seu potencial transformador, a implementação dessa tecnologia enfrenta desafios consideráveis, especialmente em regiões rurais, periféricas e urbanas de difícil acesso. Obstáculos como o alto custo da infraestrutura, a burocracia na obtenção de licenças e a ausência de políticas públicas estruturadas limitam o alcance dos pequenos e médios provedores regionais — os ISPs — que, por sua capilaridade e capacidade de inovação, poderiam ser protagonistas nesse avanço.

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Para entender melhor as barreiras, oportunidades e perspectivas que envolvem a expansão da fibra óptica no Brasil, o tecflow entrevistou Carlos Bastos, diretor comercial da Agora Distribuidora, empresa que atua diretamente no suporte e fornecimento de soluções para provedores de Internet em todo o país. Na conversa, Bastos analisa o papel do setor público na criação de um ambiente mais favorável para os ISPs, comenta o impacto das parcerias estratégicas com setores-chave da economia e defende a importância de os provedores assumirem um papel ativo na promoção da inclusão digital.

tecflow: Quais são os principais obstáculos que os ISPs enfrentam hoje para expandir a cobertura de fibra óptica em áreas menos atendidas, como regiões rurais e periferias urbanas?
Carlos Bastos: Os principais obstáculos que os ISPs enfrentam para expandir a cobertura de fibra óptica em regiões rurais e periferias urbanas incluem o alto custo de infraestrutura, que se torna pouco viável em áreas de baixa densidade populacional. Soma-se a isso a burocracia para obtenção de licenças, riscos de vandalismo e furto de cabos, ticket médio mais baixo com maior inadimplência, além de desafios técnicos como falta de backhaul de qualidade e acessos físicos precários. A ausência de políticas públicas estruturadas e incentivos governamentais também limita o avanço nessas áreas, exigindo dos provedores soluções criativas e parcerias estratégicas para viabilizar a expansão.
tecflow: Como o setor público pode atuar de forma mais eficaz para apoiar a expansão da fibra óptica no Brasil? Há políticas ou incentivos que o(a) senhor(a) considera prioritários?
Carlos Bastos: O setor público pode atuar de forma mais eficaz na expansão da fibra óptica no Brasil por meio de políticas públicas que reduzam barreiras burocráticas, incentivem parcerias público-privadas e ampliem os investimentos em infraestrutura de telecomunicações. É prioritário criar programas de compartilhamento de infraestrutura (como postes e dutos), facilitar o licenciamento de obras em áreas urbanas e rurais, além de oferecer incentivos fiscais e linhas de crédito específicas para pequenos e médios provedores. Outro ponto importante é investir em backhaul de alta capacidade nas regiões menos atendidas, criando uma base viável para os ISPs levarem a última milha. A criação de um marco regulatório mais ágil e uniforme entre municípios também é essencial para acelerar a expansão da conectividade no país.

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tecflow: Em sua visão, que tipo de parcerias estratégicas podem impulsionar os ISPs a crescerem em mercados ainda pouco explorados, como o agronegócio, saúde e educação?
Carlos Bastos: Parcerias estratégicas com fabricantes de equipamentos, distribuidoras, empresas de software e entidades do setor público podem ser decisivas para impulsionar o crescimento dos ISPs em mercados pouco explorados como agronegócio, saúde e educação. No agronegócio, por exemplo, alianças com empresas de automação rural e conectividade via IoT permitem aos ISPs oferecer soluções completas para fazendas conectadas. Já na saúde e na educação, integrar serviços de conectividade com plataformas de ensino inteligente e segurança eletrônica pode gerar alto valor percebido. Além disso, colaborações com prefeituras e secretarias estaduais para inclusão digital e projetos de cidades inteligentes também ampliam a presença dos ISPs nessas áreas, fortalecendo seu papel como agentes de transformação social e digital.
tecflow: Diante da concorrência com grandes operadoras e outras tecnologias, como rádio e satélite, o que torna a fibra óptica uma opção competitiva e sustentável para o futuro da conectividade no Brasil?
Carlos Bastos: A fibra óptica se destaca como uma opção competitiva e sustentável diante da concorrência com grandes operadoras e tecnologias como rádio e satélite por oferecer alta capacidade de transmissão, estabilidade, baixa latência e maior vida útil da infraestrutura. Diferente do rádio, que sofre interferências e tem alcance limitado, e do satélite, que possui latência elevada e custos mais altos, a fibra garante uma experiência superior para aplicações cada vez mais exigentes, como streaming em alta resolução, ensino remoto, telemedicina e Internet das Coisas (IoT). Além disso, trata-se de uma tecnologia escalável, que pode acompanhar o crescimento da demanda por banda larga sem necessidade de substituição completa da rede, o que a torna uma solução com alto ROI no longo prazo.
tecflow: A capacitação digital da população ainda é um entrave importante. Como os ISPs podem contribuir não apenas com infraestrutura, mas também com inclusão digital nas comunidades atendidas?
Carlos Bastos: Os ISPs podem desempenhar um papel fundamental na inclusão digital ao irem além da oferta de infraestrutura, promovendo ações educativas e sociais nas comunidades atendidas. Isso pode incluir a realização de oficinas de alfabetização digital, parcerias com escolas para capacitação de alunos e professores, criação de espaços com acesso gratuito à internet em áreas carentes, além da disponibilização de conteúdos educativos em suas plataformas ou redes locais. Ao colaborar com ONGs, centros comunitários e programas públicos de inclusão, os ISPs não apenas fortalecem seu vínculo com a comunidade, mas também ampliam a base de usuários conscientes e preparados para aproveitar ao máximo os benefícios da conectividade, gerando impacto social e fortalecendo sua marca localmente.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.