

Na era digital, as redes sociais têm se tornado um campo fértil para a manipulação da opinião pública, e uma das armas mais eficazes nesse cenário são as fazendas de bots. Essas centrais, compostas por milhares de dispositivos, estão sendo usadas para criar uma falsa impressão de popularidade e viralidade, enganando tanto usuários quanto algoritmos das plataformas.
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O que são as fazendas de Bots?
As fazendas de bots funcionam como verdadeiros “data centers” portáteis, com centenas ou até milhares de celulares conectados a um único sistema. Esses dispositivos operam perfis falsos que curtem, comentam e compartilham conteúdos de maneira coordenada, criando uma ilusão de que certos tópicos estão em alta ou que determinadas ideias são amplamente apoiadas. De acordo com Ran Farhi, CEO da Xpoz, uma plataforma de detecção de ameaças, “países como China, Irã, Rússia, Turquia e Coreia do Norte usam redes de bots para impulsionar narrativas em todo o mundo”.

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O principal objetivo das fazendas de bots é enganar os algoritmos das redes sociais, fazendo com que conteúdos manipulados sejam impulsionados como se estivessem viralizando. A Meta, por exemplo, classifica esse comportamento como “comportamento inautêntico coordenado”. Porém, o que torna isso ainda mais complexo é o uso de celulares reais e tecnologias de mascaramento de localização, que dificultam a identificação dessas redes de bots.
O impacto das fazendas de Bots na opinião pública
Essas operações não se limitam apenas a distorcer a percepção sobre produtos ou celebridades, mas também têm um impacto profundo em questões políticas e sociais. Elas podem influenciar desde decisões de compra até a escolha de candidatos nas eleições, manipulando as emoções e os julgamentos de quem consome essas informações.

Jacki Alexander, CEO da HonestReporting, comenta que, especialmente entre os mais jovens, a busca por informações mudou. “Eles não buscam mais no Google; vão direto ao TikTok ou Instagram, que parecem mais autênticos, mas na realidade são alimentados por propaganda manipulada.” Esse fenômeno é conhecido como heating, no qual certos vídeos ganham visibilidade artificialmente, independentemente de seu conteúdo verdadeiro ou relevante.
A evolução das técnicas de manipulação digital
O avanço da inteligência artificial (IA) tornou as fazendas de bots ainda mais sofisticadas. Antes, os bots se limitavam a publicar spam, mas hoje, com o uso de ferramentas como ChatGPT, Gemini e Claude, esses bots são capazes de criar posts e interações completamente personalizados e convincentes. Agora, é possível programar bots para simular o comportamento de indivíduos reais com interesses específicos, como política ou tecnologia, e se infiltrar em comunidades online para reforçar determinadas ideologias.
“Hoje, os algoritmos das redes sociais não evoluem rápido o suficiente para superar os bots e a IA”, afirma Pratik Ratadiya, pesquisador de ciência da computação. As fazendas de bots conseguem engajar usuários com uma precisão impressionante, manipulando a percepção pública de maneira quase invisível.

A corrida contra o tempo
Com o aumento das práticas de manipulação digital, as plataformas de redes sociais enfrentam um dilema. Enquanto algumas tomam medidas para combater a desinformação, como a Meta, que encerrou parcerias com verificadores independentes, ou o Twitter, que reduziu os esforços contra a desinformação após a compra de Elon Musk, a verdade é que o ritmo acelerado da criação de IA coloca os algoritmos das redes sociais em desvantagem. No fim, estamos vivendo em uma era onde as emoções, mais do que os fatos, estão determinando as narrativas predominantes nas redes sociais.
O fenômeno das fazendas de bots está mudando não apenas a maneira como consumimos conteúdo, mas também como as verdades são construídas e disseminadas. Com a proliferação de bots e o engajamento manipulado, fica cada vez mais difícil discernir o que é real e o que é fabricado nas redes sociais.
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Redação tecflow
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