82% dos brasileiros usam biometria e expõem dados sensíveis à fraude

Golpes utilizando biometria facial são o novo alvo de criminosos no Brasil

Embora a biometria seja uma maneira útil de economizar tempo, essas informações extremamente confidenciais sobre a identidade de uma pessoa apresentam riscos maiores de serem acessadas por golpistas.

Um novo levantamento da NordVPN destaca que 82% dos brasileiros utilizam algum tipo de tecnologia biométrica, sendo que homens, pessoas de alta renda e profissionais em posições gerenciais são mais propensos ao uso de reconhecimento facial, ficando mais expostos ao risco de fraudes financeiras sofisticadas.

Já em relação à faixa etária, o estudo mostra que os jovens da Geração Z (18-27 anos) e Millennials (28-43 anos) são os principais usuários dessas tecnologias. O levantamento aponta que 86% dos Millennials utilizam biometria pelo menos uma vez por mês.

Marijus Briedis, Diretor de Tecnologia da NordVPN, comenta: “As ferramentas biométricas são a nova chave para desbloquear nosso mundo digital, com milhões de pessoas preferindo-as às senhas e PINs tradicionais”.

Essa ferramenta intuitiva e que economiza tempo é uma espécie de faca de dois gumes. Ao mesmo tempo em que reforça a segurança, também aumenta as chances de golpistas, transformando rostos e impressões digitais em alvos valiosos.

“Dados biométricos, como impressões digitais, escaneamentos de íris e padrões de reconhecimento facial, são um reflexo digital de nossa identidade única e são usados para desbloquear tudo, desde nossos serviços bancários móveis até o Apple Pay e o Google Pay”, comenta.

“Escaneamentos de íris e impressões digitais eliminam a necessidade de senhas, permitindo acesso a redes sociais e aplicativos bancários com um simples toque ou olhar.”

Mas esses dados também carregam riscos sérios. Diferente de uma senha, se sua biometria for comprometida, não há como redefini-la. Pense nos seus dados biométricos — sua impressão digital, rosto ou íris — como uma chave digital permanente. Se forem roubados, o dano é irreversível.

Dados da mesma pesquisa reforçam a urgência do tema. Cerca de 84% dos brasileiros utilizam leitores de impressão digital, enquanto 42% fazem uso de escaneamento ocular. Além disso, 50% acreditam que a biometria contribui para a segurança dos dados, e 33% preferem usar digitais em vez de senhas nos aplicativos. Por outro lado, 31% demonstram preocupação com a possibilidade de criminosos acessarem essas informações, embora apenas 13% declarem não confiar nas empresas responsáveis por armazenar seus dados biométricos.

E o risco é concreto. De acordo com o CTIR Gov, o Brasil registrou mais de 4.000 vazamentos de dados em 2024, um salto expressivo em relação aos 906 casos de 2023Muitos desses vazamentos incluem dados biométricos, como impressões digitais e padrões faciais, que acabam vendidos no mercado clandestino.

Como proteger seus dados biométricos

Briedis fornece as seguintes dicas para ajudar os usuários a se sentirem mais seguros:

  • Tenha cuidado ao compartilhar dados biométricos nas redes sociais: Tenha cuidado ao publicar vídeos ou imagens que possam revelar suas características biométricas distintas, como impressões digitais, características faciais ou padrões de íris;
  • Modifique a qualidade da mídia e cubra áreas sensíveis: Reduza a resolução de qualquer imagem ou vídeo que mostre você e considere editar ou desfocar quaisquer detalhes biométricos sensíveis antes de compartilhá-los;
  • Use fatores biométricos menos expostos: Métodos de autenticação menos comumente acessíveis ao público, como escaneamentos de íris ou retina, reduzirão o risco de comprometimento;
  • Realize buscas regulares na mídia: Pesquise periodicamente sua própria imagem online e avalie o contexto em que suas imagens aparecem, tomando as medidas necessárias para remover qualquer exposição indesejada ou potencialmente prejudicial;
  • Priorize a autenticação multifator (MFA): Use dados biométricos menos expostos para autenticação de fator único ou, preferencialmente, incorpore a biometria a um sistema de autenticação multifator em vez de depender apenas de um fator biométrico;
  • Use um dispositivo de autenticação de hardware adicional: Reforce a segurança usando um dispositivo de hardware habilitado para FIDO, que fornece uma camada extra de defesa contra acesso não autorizado por meio de protocolos padronizados;
  • Em vez de biometria, use senhas complexas e exclusivas: Para contas menos críticas, use senhas fortes, garantindo que sejam atualizadas regularmente e armazenadas com segurança em um gerenciador de senhas confiável;
  • Desconfie de novos serviços e tecnologias: Seja vigilante ao fornecer dados biométricos para serviços ou tecnologias emergentes, verificando se eles possuem medidas de segurança robustas para proteger suas informações confidenciais.

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Marciel

Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.

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