

Mesmo com o avanço da tecnologia e a crescente valorização de perfis estratégicos, a remuneração fixa média de diretores de tecnologia (CTOs) no Brasil permaneceu estável pelo segundo ano consecutivo. O dado faz parte da Pesquisa de Remuneração 2025 da Page Executive, unidade especializada no recrutamento de executivos da alta liderança do PageGroup, que ouviu dois mil líderes da América Latina entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025.
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O levantamento revela que a estabilidade salarial não está necessariamente atrelada à estagnação, mas sim a uma postura cautelosa das empresas diante de um cenário político e econômico incerto. Ao mesmo tempo, traz sinais importantes sobre onde estão sendo feitos investimentos estratégicos em cargos-chave e como as companhias estão buscando reter talentos com mais do que apenas salário fixo.
Em entrevista exclusiva ao tecflow, Humberto Wahrhaftig, diretor-executivo da Page Executive, comenta os principais achados do estudo e analisa como as empresas estão lidando com o desafio de equilibrar performance, retenção e sustentabilidade em um ambiente corporativo cada vez mais complexo.

tecflow: Quais fatores explicam a estabilidade na remuneração dos CTOs pelo segundo ano consecutivo, mesmo diante da valorização crescente da tecnologia nas empresas?
Humberto Wahrhaftig: A estabilidade salarial dos CTOs, mesmo com o avanço da pauta tecnológica nas organizações, reflete a postura financeiramente cautelosa adotada por muitas empresas. Em um cenário macroeconômico ainda desafiador, a prioridade tem sido garantir estruturas sustentáveis e promover reconhecimento por meio de remuneração variável atrelada ao desempenho coletivo. Segundo a Pesquisa de Remuneração 2025, a faixa salarial permanece ampla, o que indica que podem ter ocorrido ajustes internos sem que os limites mínimos e máximos fossem alterados. Isso indica um movimento de eficiência e reequilíbrio, e não necessariamente de retração.
tecflow: Como as empresas estão equilibrando a necessidade de reter líderes estratégicos com a cautela nas revisões salariais em um cenário econômico incerto?
Humberto Wahrhaftig: A retenção de talentos estratégicos tem ido além da remuneração fixa. O estudo aponta um fortalecimento da remuneração variável e de outros elementos intangíveis altamente valorizados pelo C-Level, como propósito, flexibilidade e bem-estar. A falta de personalização nos pacotes de benefícios, presente em 68% dos casos, ainda é um desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade concreta de diferenciação no mercado. Modelos que oferecem maior autonomia, reconhecimento e equilíbrio pessoal têm se mostrado mais eficazes para engajar e manter talentos estratégicos.
tecflow: A pesquisa aponta estabilidade geral, mas há exceções — com o aumento no piso salarial de CFOs em empresas que faturam de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão. O que esse movimento sinaliza sobre o papel desses executivos na atual conjuntura?
Humberto Wahrhaftig: Esse movimento reforça a centralidade do CFO em momentos de transformação e necessidade de controle financeiro mais apurado. O escopo do CFO tem se expandido, integrando gestão de riscos, inovação e adaptação a novos modelos de negócio. Em estruturas salariais majoritariamente estáveis, esses ajustes pontuais destacam onde há maior pressão por performance e onde o impacto da liderança é diretamente proporcional à sua valorização. Também sugere uma tentativa de garantir retenção justamente em posições que lideram a sustentabilidade econômica do negócio.
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tecflow: De que forma a estabilidade salarial dos CEOs está relacionada à pressão por resultados, transformação digital e sucessão?
Humberto Wahrhaftig: A manutenção dos salários pelo segundo ano consecutivo reflete uma abordagem cautelosa, mesmo diante de demandas crescentes por resultados e transformação. Em empresas familiares, que têm forte presença na região, o CEO precisa equilibrar performance com governança e sucessão. Por isso, as organizações têm priorizado variáveis e benefícios não financeiros em vez de reajustes na base salarial. Os pacotes passam a refletir impacto organizacional, e não apenas progressão linear, em um movimento mais alinhado ao desempenho de longo prazo.
tecflow: Apesar da estabilidade, os dados salariais revelam alguma movimentação estratégica das empresas quanto à valorização de determinados cargos ou áreas?
Humberto Wahrhaftig: Sim, para além do aumento no piso de CFOs, o estudo aponta um movimento mais direcionado e setorial. Setores como energia, serviços financeiros e saúde estão com alto índice de adesão a modelos de remuneração variável (bônus), alinhando-a a metas de longo prazo e a critérios como ESG e inovação. Além disso, competências comportamentais como pensamento estratégico e inteligência emocional ganham destaque na avaliação dos executivos mais valorizados. Ainda que o cenário geral seja de estabilidade, as empresas mais estratégicas estão usando a remuneração como ferramenta competitiva para valorizar posições críticas para o futuro da liderança.
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Redação tecflow
Tecflow é um website focado em notícias sobre tecnologia com resenhas, artigos, tutoriais, podcasts, vídeos sobre tech, eletrônicos de consumo e mercado B2B.