Uma nova pesquisa científica revelou que as populares lâmpadas utilizadas para secar esmaltes semipermanentes emitem radiação ultravioleta capaz de provocar alterações químicas em moléculas essenciais da pele. Entre os compostos afetados está a enzima tirosinase, responsável pela produção de melanina, o pigmento natural que protege o corpo contra os efeitos nocivos do sol.
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Os testes foram realizados por pesquisadores do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), na Argentina, e publicados na revista Chemical Research in Toxicology. O estudo mostrou que até mesmo os modelos mais modernos de secadoras de esmalte — que utilizam luz LED UVA, considerada menos nociva que a radiação UVA tradicional — são capazes de induzir mudanças nas estruturas moleculares da pele após poucos minutos de exposição.
Durante a análise, os cientistas simularam ciclos típicos de manicure, com exposição de quatro minutos às lâmpadas. Os resultados indicaram que todos os compostos testados apresentaram modificações químicas significativas. Essas alterações podem comprometer suas funções biológicas, levando a processos como fototoxicidade, morte celular e aumento do risco de câncer de pele.
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Lâmpadas de secadoras de esmalte alteram moléculas da pele e
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O impacto mais alarmante está na inativação da tirosinase. Ao perder sua função, o corpo deixa de produzir melanina de forma adequada, o que compromete a proteção natural contra a radiação solar. A intensidade dos efeitos observados foi comparada à exposição direta ao sol em um dia claro de primavera ao meio-dia.
Apesar do uso crescente desses dispositivos em salões e em casa, os fabricantes não costumam alertar sobre os potenciais riscos. A pesquisa ressalta a ausência de regulamentações que obriguem a inclusão de informações sobre os efeitos colaterais do uso frequente das lâmpadas, que são facilmente encontradas no mercado a preços acessíveis.
Diante dos dados, os pesquisadores sugerem que medidas simples, como o uso de protetor solar ou luvas de proteção, possam reduzir os danos. Informar o consumidor sobre os riscos reais associados ao uso dessas lâmpadas é considerado um passo essencial para garantir a segurança no uso da manicure semipermanente.
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