
A Fluke Corporation é uma empresa global com sede nos Estados Unidos e mais de 75 anos de atuação no desenvolvimento de ferramentas de teste, medição e diagnóstico. Presente em mais de 100 países, a companhia é referência em soluções voltadas para manutenção elétrica, qualidade de energia, automação industrial e instrumentação de precisão, atendendo setores estratégicos como energia, telecomunicações, indústria pesada, construção civil e saúde.
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No Brasil, a Fluke tem investido de forma consistente em inovação tecnológica e na formação de profissionais qualificados, alinhando sua atuação aos desafios da transformação energética e digital que marcam o momento atual do setor elétrico nacional.
A atuação da empresa no país vem se fortalecendo especialmente no contexto de modernização das distribuidoras, expansão das fontes renováveis e crescente digitalização das redes elétricas. Para isso, a Fluke oferece equipamentos como analisadores de qualidade de energia, imageadores acústicos, câmeras termográficas e ferramentas para sistemas fotovoltaicos, contribuindo diretamente para a operação mais eficiente, segura e sustentável da infraestrutura energética brasileira.
A vertical de energia, inclusive, é uma das três maiores frentes de negócios da Fluke no mundo, o que reforça o papel estratégico do Brasil e da América Latina para os planos globais da companhia.

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Nesta entrevista ao tecflow, Rodrigo Pereira, Diretor Comercial de Contas Estratégicas da Fluke para a América Latina, detalha a visão da empresa sobre os rumos do setor elétrico no Brasil, os investimentos em digitalização e combate a perdas, e a importância da inovação tecnológica para garantir a confiabilidade da matriz energética nacional. Ele também comenta como a Fluke tem adaptado suas soluções às novas demandas da transição energética e à crescente presença de fontes limpas, como a solar e a eólica, além de destacar os desafios para a formação de mão de obra qualificada frente à complexidade dos sistemas atuais.

tecflow: O Brasil tem atraído investimentos bilionários em nuvem e inteligência artificial de empresas como Amazon e Microsoft, que dependem de uma infraestrutura energética robusta. Na sua visão, o setor elétrico brasileiro está preparado para suportar esse crescimento acelerado?
Rodrigo Pereira: Sim, o Brasil consegue suportar essa demanda. Primeiro porque a matriz elétrica do país é limpa, sendo 83% de toda a energia brasileira oriunda de fontes renováveis, segundo dados do Ministério de Minas e Energia. Embora a maior parte venha de hidrelétricas, a geração solar e a eólica são representativas. Comparado a outros países que não possuem uma matéria limpa de energia, o Brasil sai na frente, pois isso tem atraído mais investimentos. Por isso, grandes empresas como Microsoft, Google e Amazon olham para cá de forma especial na hora de investir em cloud, IA e data centers de grande porte.
No entanto, temos desafios, como o marco regulatório da energia, que ainda está em processo de definição, além das questões tarifárias, ambientais e impostos. Quando se fala de hidrelétrica, e até mesmo de energia eólica e solar, ainda têm um impacto ambiental de pequeno, médio ou grande porte, dependendo do tamanho da obra, o que também se torna um desafio na expansão da geração de energia limpa e com o menor impacto ambiental.
Em resumo, como o Brasil é um país muito grande, o crescimento da infraestrutura energética perpassa questões tributárias, políticas e até físicas. Por isso é preciso tomar decisões estratégicas, desde a instalação desses pontos, para que se tenha êxito no processo.
tecflow: A Fluke atua diretamente com soluções para eficiência energética e redução de perdas não técnicas. Quais são hoje os maiores desafios que as distribuidoras de energia enfrentam para garantir estabilidade e qualidade diante dessa crescente demanda?
Rodrigo Pereira: Quando abordamos questões de perdas não técnicas, é algo que acontece e faz com que esse custo, muitas vezes, seja distribuído para os usuários que contribuem de forma honesta. Para mitigar esse cenário, as concessionárias buscam correções para minimizar essas perdas e a Fluke as apoia justamente com equipamentos que oferecem esse suporte em campo.

tecflow: Ocorre que as distribuidoras têm uma equipe cada vez mais reduzida para cobrir um espaço territorial muito grande. Por isso, os equipamentos ajudam essas equipes a identificar e fazer a correção de maneira rápida, segura e precisa no dia a dia.
Quando o assunto é qualidade de energia, oferecemos equipamentos que apoiam o trabalho de geração e transmissão, capazes de garantir que as empresas consigam realizar a medição de energia e atuar em possíveis correções antes da falha chegar ao usuário final. Assim, conseguimos ajudar previamente, nos níveis de geração, transmissão e distribuição, de forma que o usuário nem perceba possíveis oscilações ou perdas na qualidade dessa energia.
Nosso trabalho junto às distribuidoras é muito próximo para que possam driblar seus desafios de falhas antecipadamente, garantindo uma ação prévia e não apenas corretiva.
tecflow: Como as ferramentas e tecnologias da Fluke, como os novos imageadores acústicos e câmeras termográficas, contribuem na prática para a modernização e eficiência das redes elétricas no Brasil?
Rodrigo Pereira: Nossas câmeras acústicas e as câmeras termográficas conseguem auxiliar significativamente as equipes de manutenção, principalmente das empresas de distribuição de energia, a mitigar possíveis falhas, permitindo uma atuação programada e preventiva na linha de distribuição, nos dispositivos, na linha de transmissão, na subestação e nos postes.
Essa é a grande vantagem: programar uma parada ou uma manutenção e fazer isso de forma preventiva e não corretiva – quando já aconteceu a falha, desligamento ou até mesmo um acidente. Toda a linha de equipamentos da Fluke tem evoluído dia a dia para atender a essa demanda. Atualmente, contamos com equipamentos novos e atualizados, capazes de oferecer agilidade e precisão dos times e trazer a informação de uma forma muito antecipada à possíveis falhas.
Além disso, eles conseguem lidar com grandes volumes de dados, oferecer flexibilidade para linhas de produção dinâmicas, garantir rastreabilidade e confiabilidade, além de serem cada vez mais orientados por software, ou seja, mais inteligentes, conectados e integradas aos sistemas do cliente.
tecflow: O Brasil possui uma matriz energética majoritariamente limpa. De que forma esse diferencial tem impulsionado investimentos e como a Fluke enxerga o papel do país na transição energética global?
Rodrigo Pereira: Realmente, o Brasil se destaca globalmente por sua matriz energética limpa e a Fluke vem olhando muito para esse cenário. Recentemente, lançamos e desenvolvemos equipamentos específicos para esses mercados, voltados à energia fotovoltaica e de qualidade da energia nos parques solares. Nosso intuito é contribuir tanto com as equipes de desenvolvimento, quanto com as de manutenção, que atuam trabalham com painéis solares e veículos elétricos.
Entendemos que o campo das energias renováveis e dos veículos elétricos são uma realidade e o futuro da sociedade. Por isso, como marca líder no segmento de teste e medição, temos buscado estar na vanguarda da oferta de ferramentas e instrumentos cada vez melhores e específicos para esses mercados.

tecflow: Sustentabilidade e inovação são pilares da atuação da Fluke. Quais tendências ou tecnologias emergentes o senhor destacaria como essenciais para garantir um futuro energético mais eficiente e sustentável no Brasil e na América Latina?
Rodrigo Pereira: O pilar de sustentabilidade é muito forte na Fluke e não é de hoje. A pauta de eficiência energética e qualidade de energia sempre foram uma prioridade global da companhia, que tem empregado esforços para atender às demandas do mercado. Prova disso foram os recentes lançamentos voltados especialmente para o trabalho com energia solar e eletrificação, por exemplo, sem contar os novos que estão por vir.
Nosso trabalho é desenvolver ferramentas para ajudar os profissionais a trazer qualidade na manutenção e na instalação desses sistemas com segurança, rapidez e precisão, mercado esse em que somos pioneiros em algumas tecnologias a nível Brasil e América Latina.
Inclusive, tenho acompanhado de perto os avanços do uso do hidrogênio verde no Brasil e no Chile no que tange à sustentabilidade. Vejo também um crescimento muito grande na área solar, com sistemas gerando muito mais energia com uma necessidade menor de capacidade instalada. Com os custos reduzindo e a eficiência aumentando, isso tem ajudado e muito a nossa região, principalmente o Brasil e o Chile, mas já é perceptível investimentos para obter uma matriz energética mais limpa em países como Colômbia e México também.
Em relação aos veículos elétricos, países da América Latina ainda estão começando seus investimentos, enquanto países asiáticos, europeus e o mercado norte-americano já estão mais à frente em seus investimentos, alavancado por questões de custo, desafios logísticos, impostos e questões políticas. No entanto, vejo o Brasil e alguns países da América do Sul como promissores neste mercado nos próximos anos, considerando os investimentos e até mesmo a chegada de carros chineses à região, com custos muito competitivos. Isso deve alavancar a necessidade de manutenção e infraestrutura para suportar esses carros, ampliando as possibilidades de mercado.
Tudo isso está muito conectado à pauta da sustentabilidade. A descarbonização, o uso de energias renováveis para alimentar data centers e carros elétricos, por exemplo, certamente aceleram o Brasil e os países sul-americanos a crescer globalmente e garantir investimentos de fora para a nossa região.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.