
Os ataques de ransomware continuam a representar uma grave ameaça à segurança digital global. Em 2024, foram identificadas 11.796 vítimas diretas desse tipo de cibercrime em todo o planeta — uma média de 1,3 vítimas por hora — segundo informações do BTTng, plataforma de inteligência em ameaças da Apura Cyber Intelligence. Os impactos vão muito além dos dados: empresas paralisadas, serviços essenciais comprometidos e milhões de pessoas expostas a riscos críticos.
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Nenhum setor está imune. De companhias privadas a instituições públicas, passando por hospitais e redes de abastecimento, todos podem ser alvos. Um exemplo emblemático foi o ciberataque sofrido pela Ascension Healthcare, uma das principais redes hospitalares dos Estados Unidos, em maio deste ano. A ofensiva afetou sistemas essenciais, como prontuários eletrônicos e ferramentas de comunicação interna. Durante semanas, os profissionais de saúde precisaram recorrer a métodos manuais. “Isso gerou riscos reais, com erros relatados no Kansas e em Detroit, que poderiam ter resultado em graves consequências médicas”, explica Anchises Moraes, Especialista de Threat Intel da Apura.
Embora a Ascension não tenha confirmado oficialmente a autoria do ataque, indícios apontam para a atuação do grupo Black Basta. Das 25 mil máquinas da rede, sete foram comprometidas, e 5,6 milhões de pessoas foram notificadas sobre possíveis vazamentos de dados.
No Brasil, empresas também vêm sendo alvo. A TOTVS, gigante do setor de tecnologia, foi atacada pelo grupo BlackByte. A empresa confirmou o incidente aos seus acionistas e garantiu a manutenção dos serviços, mas o episódio deixou incertezas no ar. Já a Sabesp foi atacada pelo grupo RansomHouse, que não apenas invadiu os sistemas como também divulgou as informações obtidas.

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Ransomware mira agora negócios menores – mas com alto impacto
Se antes os cibercriminosos concentravam suas investidas em grandes corporações, atualmente o foco está se voltando para pequenas e médias empresas, mais vulneráveis por contarem com menos recursos para defesa. Essa mudança de estratégia amplia o número de vítimas e dificulta a resposta a esses crimes. “Elas têm mais dificuldade em recuperar dados roubados ou encriptados, tornando-se presas ideais para esses criminosos”, alerta Anchises Moraes.
Outro fator de preocupação é a crescente conectividade trazida pela Internet das Coisas (IoT). A proliferação de dispositivos conectados, seja em casas ou fábricas, aumenta a exposição a ataques. Equipamentos mal configurados podem ser usados em ataques DDoS ou servir como ponto de entrada para invasores explorarem falhas em sistemas industriais críticos.
“Quanto mais automatizado, maior a vulnerabilidade. Empresas que adotam tecnologia intensiva, como na Indústria 4.0, precisam investir tanto em proteção cibernética quanto na capacitação de seus colaboradores”, reforça o especialista da Apura.
Endurecimento regulatório e repressão ao pagamento de resgates

Diante do aumento dos ataques, governos e entidades reguladoras ao redor do mundo estão adotando uma postura mais rigorosa. Propostas de leis mais exigentes para setores estratégicos — como saúde, financeiro e infraestrutura — ganham força, com punições mais duras para quem falhar em proteger seus sistemas.
“Infelizmente, muitas empresas só reagem quando o prejuízo financeiro se torna inegável. Com regulamentação mais dura e multas elevadas, elas serão forçadas a reforçar suas defesas”, afirma Anchises.
Além disso, medidas legais estão sendo desenhadas para desestimular o pagamento de resgates, o que enfraquece o principal modelo de receita dos criminosos. A repressão também se intensifica no âmbito internacional, com colaboração entre autoridades para investigar e desmantelar grupos de ransomware.
Um exemplo marcante foi a Operação Cronos, realizada em fevereiro de 2024, que reuniu o FBI, a Agência Nacional do Crime do Reino Unido (NCA) e a Europol. A operação teve como alvo o LockBit, um dos grupos mais ativos de ransomware da atualidade. Estima-se que o líder do grupo tenha lucrado sozinho cerca de US$ 100 milhões.
“A guerra contra os cibercriminosos está longe de acabar. Mas empresas, governos e indivíduos precisam agir agora para que a próxima grande vítima não seja apenas mais uma estatística”, conclui Anchises.
Para saber mais sobre a Apura Cyber Intelligence, acesse.
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Redação tecflow
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