Os Pixel 6 e Pixel 6 Pro do Google foram lançados oficialmente em 19 de outubro, e estão no mercado para concorrer com o iPhone e Galaxy. A transmissão ao vivo foi realizada pelo canal oficial do Google no YouTube, às 14h, com anúncio das novas versões do Google Pixel 6 para os consumidores americanos. Enquanto a versão de entrada do aparelho será lançada por US$ 599, o Pixel 6 Pro estará disponível por US$ 899.

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Há muito com o que se animar com o Pixel 6, pois parece que o Google está levando o hardware a sério pela primeira vez desde… Bem, nunca. Os telefones Pixel sempre foram veículos para mostrar o software do Google e IA em oposição aos hardwares dos concorrentes, mas o Pixel 6 parece ser um pivô.

Google desenvolveu seu próprio processador personalizado

De longe, a maior novidade sobre o Pixel 6 é a confirmação de que o Google projetou seu processador personalizado, apelidado de Google Tensor. O chip está presente tanto nos modelos regular e Pro do dispositivo.

O Google Tensor será “competitivo” em poder de processamento bruto, mas sua verdadeira força são as tarefas de IA e machine learning, que o Google afirma que melhorarão a câmera, comandos de voz, tradução, legendagem e ditado. De acordo com o Google, o salto é de 80% em desempenho computacional e de 370% em desempenho gráfico na comparação com o Google Pixel 5, do ano passado. Vale ressaltar, a empresa não poupou indiretas à Qualcomm, responsável pelos famosos chips da linha Snapdragon.

Linguagem de design muito diferente

Os telefones Pixel são essencialmente parecidos desde o Pixel 4 de 2019. Já o Pixel 6 toma uma direção completamente diferente com uma enorme ‘barra de câmera’ que indica que o telefone finalmente usará um sensor de câmera maior, bem como um esquema de cores de dois tons acima e abaixo da barra de câmera.

Os telefones Pixel atuais conseguiram se manter competitivos devido à eficácia do processamento de imagens do Google, mas a empresa não consegue manter a concorrência distante apenas com software; já era hora do Google usar o hardware da câmera para combinar com o software da linha de celulares.

Pixel 6: especificações mais competitivas

Os telefones têm um design muito peculiar para os padrões de hoje, com o módulo fotográfico construído num material preto que contrasta com os demais acabamentos. Ambos receberam certificação IP68.

Pixel 6 e Pixel 6 Pro lado a lado — Foto: Divulgação/Google.

O Pixel 6 tem tela de 6,4 polegadas com resolução Full HD (1080p) e atualização a 90 Hz. Já o produto Pro tem tela de 6,7 polegadas com resolução Quad HD (1440p) e atualização variável de até 120 Hz. Ambos contam com proteção Gorilla Glass Victus, a mais resistente da marca, e têm suporte a conteúdo em HDR.

Os dois aparelhos repetem duas câmeras: wide de 50 MP (f/1.85), com captura de 2,5x mais luz que no Pixel 5, para fotos com mais detalhes; e ultra wide de 12 MP (f/2.2), capaz de enquadrar uma porção maior do cenário. O Pixel 6 Pro ainda traz o diferencial da teleobjetiva de 48 MP, compatível com zoom ótico de 4x.

Linha Pixel 6 tem capinhas que ampliam opções de cor — Foto: Divulgação/Google.

Estão inclusos os recursos mais desejáveis entre smartphones de ponta, como suporte a internet 5G, Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.2 e recarga sem fio (além de reversa). As baterias ficam em 4.614 mAh no modelo tradicional e em 5.004 mAh no Pro.

Principais diferenciais do Google Tensor

A maioria dos telefones Android emblemáticos atuais usa três tipos principais — núcleos Cortex A55 de baixa potência, núcleos Cortex A78 de potência média e núcleo Cortex X1 de alta potência. O Google Tensor parece ser o primeiro telefone a usar núcleos X1 duplos, o que pode levar a um grande desempenho em tarefas que requerem altas velocidades de relógio.

Por outro lado, o resto dos núcleos parecem ser mais fracos do que o que você encontraria em outros flagships Android, por isso será interessante ver como o Google equilibra o desempenho e a vida útil da bateria.

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Marciel

Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.