O que são e como funcionam as cidades inteligentes?

Tecnológicas, sustentáveis e estonteantes, cidades inteligentes usam sistemas integrados para ajudar a gerenciar municípios em prol de bem-estar maior da população

Crédito: iStock

As cidades inteligentes, apesar de serem um conceito futurista e que muitas pessoas acham que vai demorar alguns anos para acontecer, estão mais próximas do que você possa imaginar. Graças à tecnologia 5G e uma gestão mais inteligente dos centros urbanos, este conceito está tomando forma aqui mesmo em nosso país.

Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 55% da população mundial atualmente vive em áreas urbanas. A expectativa do órgão é que chegue a 70%.

Um estudo elaborado pelo IESE (Instituto de Estudos Superiores da Empresa), que analisa o desempenho de 174 cidades de 80 países, definiu um ranking de 165 principais smart cities do mudo. Alguns parâmetros foram definidos por eles como métricas para verificar se a cidade está, ou não, visando melhorar a vida dos cidadãos.

1.    Alcance internacional

2.    Tecnologia

3.    Capital humano

4.    Coesão Social

5.    Economia

6.    Meio ambiente

7.    Governo

8.    Planejamento urbano

9.    Mobilidade e transporte

Apesar de não estarem em posições de destaque, algumas cidades no Brasil conseguem atender parcialmente alguns destes parâmetros. São Paulo é a cidade mais bem colocada de todas, ocupando a 123ª colocação, seguida pelo Rio de Janeiro, em 132ª, Brasília, em 135ª, Curitiba, em 138ª, Belo Horizonte, em 156ª, e Salvador, em 157ª.

O que define uma cidade inteligente?

Os primeiros estudos relacionados a cidades inteligentes tiveram início nos anos 1990. Conforme o tempo foi passando, o conceito de cidades inteligentes foi ganhando cada vez mais força, até que hoje, se tornou uma realidade alcançável em muitos lugares ao redor do mundo.

Uma cidade inteligente é definida pela forma como são utilizadas as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), de forma que melhorem a eficiência político-econômica, aumentando o desenvolvimento humano e social, buscando continuamente uma qualidade de vida melhor para seus cidadãos.

Isso se deve graças a sensores, dispositivos e sistemas responsáveis pela inteligência das cidades e gerir elas de uma maneira onde o cidadão seja o principal beneficiado, independentemente da área de gestão.

Essa gestão diferenciada pode resultar em impactos positivos em diversas áreas da vida dos cidadãos, aumentando não somente a sua expectativa de vida, como o seu desejo de permanecer morando e contribuindo para aquela região.

Uma cidade inteligente é marcada por alguns pontos, como os mostrados a seguir.

·         Sociedade

Onde se garante acesso à cultura e educação de qualidade, gerenciando de forma satisfatória universidades, museus e demais locais que contribuem para o aumento deste índice.

·         Economia

Com uma tecnologia mais presente, o desenvolvimento econômico tende a ser maior, principalmente na chegada de novos negócios e geração de empregos para toda a população, sem contar o desenvolvimento acelerado de indústrias.

·         Infraestrutura

Uma estrutura automatizada, com tecnologias inovadoras, permite um monitoramento mais eficiente em segurança, transporte, abastecimento de água e energia e outros serviços.

·         Transparência

Com um acesso maior da população às informações, permitem uma facilidade maior para acompanhar a verificação de gastos públicos, além de desburocratizar a comunicação entre governo e cidadãos.

·         Integração

Graças a uma tecnologia integrada, é possível que órgãos como bombeiros ou polícia acessem informações relacionadas a ocorrências de forma mais assertiva e rápida.

·         Recursos

Com um uso mais consciente de seus recursos, não somente como água e energia, mas como a capacitação de profissionais, possibilita o aumento de resultados imediatos e a diminuição de recursos físicos.

·         Meio ambiente

Um impacto reduzido no meio ambiente é uma das principais marcas de uma smart city. Isso se deve principalmente à distribuição e ao consumo consciente de seus recursos, fora o plantio de árvores, marca registrada deste tipo de cidade.

O que o Brasil faz para evoluir?

Existe um projeto de lei, o PL 976/21, que estabelece um estímulo para o desenvolvimento das cidades inteligentes, criando a Política Nacional de Cidades Inteligentes (PNCI), que define as regras e os objetivos que serão seguidos por cada município em território nacional.

Porém este projeto ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados, e as informações acima podem ser consultadas diretamente no site do órgão. Mas isto não quer dizer que as cidades não estão agindo por conta própria para buscarem melhorias.

O Rio de Janeiro tem contado com sensores e câmeras para monitorar o trânsito e a segurança de seus cidadãos. Ainda conta com equipamentos ligados a centrais meteorológicas, que fornecem informações antecipadas de tempestades ou outras situações que podem trazer risco para seus moradores.

Em junho, São Paulo lançou o programa Cidades Inteligentes, cuja iniciativa busca priorizar o trabalho em conjunto entre estados e prefeituras, desburocratizando questões administrativas e estimulando soluções de planejamento urbano sustentável, segundo o site oficial.

Muitas outras cidades também estão começando a se valer de tecnologia para melhorar a vida de seus cidadãos e, com isso, elevar o padrão atual da vida do brasileiro.

Integração de tecnologia com o cotidiano

Com estas novas tecnologias sendo exploradas para facilitar a vida das pessoas, é natural termos algumas mudanças de paradigmas estabelecidos na sociedade, como é o exemplo de um uso mais intensivo de aplicativos.

Um exemplo é a capital da Rússia, Moscou, conhecida por sofrer congestionamentos quilométricos, justamente pela densidade populacional, tornando impossível encontrar uma vaga de estacionamento vazia.

Graças a um aplicativo, criado por uma empresa de tecnologia inglesa, é possível conseguir locais para estacionar, mesmo antes de sair de casa, diminuindo as voltas nos quarteirões para achar uma simples vaga.

Neste ponto, as inovações podem chegar até mesmo no bolso dos usuários. Com a chegada dos aluguéis de carros, ao invés de as pessoas desembolsarem quase o dobro do valor do automóvel em um financiamento, podem adquirir um carro facilmente através de um aplicativo.

Colocando na ponta do lápis, um carro por assinatura vale a pena, justamente pelo custo a menos com seguro, manutenção, IPVA e assim por diante, que você não precisa arcar.

Mas essa tecnologia se estende para outros setores também: o de transporte com a Uber, o de delivery com o iFood, o de exercícios com a Smart Fit, o de locomoção com o Waze e o de saúde com o Dr. Consulta.

E são todas atreladas diretamente às cidades que possuem uma boa infraestrutura, o que possibilita que estes aplicativos rodem em sua capacidade máxima, não somente aumentando a satisfação de moradores, como também a de visitantes.

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Marciel

Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.

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