Um levantamento recente, produzido pela plataforma de inteligência de negócios BNamericas, mostrou que Prestadoras de Telecomunicações de Pequeno Porte (PPPs) e Provedores de Serviços de Internet (ISPs) com market share inferior a 1% lideraram o mercado de banda larga no Brasil no primeiro semestre de 2022, com uma participação combinada de 38,1% no setor de serviços de banda larga fixa e de 44,8% na modalidade Fiber to the Home (FTTH), ou fibra óptica. Os números comprovam um fenômeno que já vem sendo observado há algum tempo e que deve se estender pelos próximos anos: a consolidação do mercado de provedores de internet no país.
- Siga o tecflow no Google News!
- Participe do nosso grupo no Telegram ou Whatsapp!
- Confira nossos stories no Instagram e veja notícias como essa!
- Siga o tecflow no Google Podcast e Spotify Podcast para ouvir nosso conteúdo!
- Anuncie conosco aqui.
A expansão do segmento foi impulsionada, em grande medida, pela recente pandemia de Covid-19, durante a qual se assistiu a um abrupto aumento da demanda por serviços de banda larga e conectividade para o mercado doméstico. E, posteriormente, também para o mercado empresarial, por conta da retomada das atividades presenciais.
De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a quantidade de acessos de banda larga fixa no Brasil cresceu 241% (de 16,6 milhões para 39,9 milhões) desde março de 2020, quando a OMS declarou oficialmente a pandemia do coronavírus. Além disso, um estudo da consultoria KPMG revelou que, entre os anos de 2020 e 2021, houve crescimento de 14% no número de assinantes de banda larga fixa no Brasil, superando o já significativo aumento de 10% registrado no país entre 2019 e 2020. Outro destaque apontado pelo levantamento foi o número de acessos realizados com tecnologia de fibra óptica, que somavam 26 milhões no final de 2021.
Todos esses números comprovam o protagonismo dos provedores no processo de aceleração digital do país, haja vista que são eles os principais responsáveis pela inclusão de zonas rurais, comunidades e municípios afastados dos grandes centros urbanos na rede de banda larga fixa. Conforme pontua Alexandre Nogueira, Gerente de Vendas da Mercusys, uma das principais fabricantes mundiais de dispositivos de rede:
“Os provedores regionais de internet, em sua maioria empresas de pequeno e médio porte, têm um papel imprescindível no processo de inclusão digital do país, uma vez que se fazem presentes nos chamados ‘abismos de conectividade’. Ou seja, nas regiões mais afastadas, onde as grandes operadoras têm pouco ou nenhum interesse comercial. Além disso, o recente contexto pandêmico não só deixou clara a necessidade de uma conexão mais rápida e segura, especialmente dentro de casa, como também evidenciou o quão promissor é esse mercado, que ainda apresenta muitas possibilidades de expansão no Brasil”.
Estimativas da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) mostram ainda que, sem as Prestadoras de Telecomunicações de Pequeno Porte (PPPs), mais de 10 milhões de residências poderiam ter ficado sem internet durante a pandemia — o que adicionaria mais de 30 milhões de usuários às demais redes móveis, sobrecarregando-as, sob o risco de gerar um verdadeiro colapso.
Ainda segundo dados da Abrint, a demanda pelos serviços de conexão à internet de alta velocidade (acima de 34 Mbps) oferecidos pelas PPPs aumentou 47% durante o primeiro ano de pandemia: 29 pontos percentuais acima do crescimento observado entre as grandes operadoras (18%). Com isso em mente, não há como negar o quão promissor o mercado de provedores tem se mostrado desde então:
Faça como os mais de 4.000 leitores do tecflow, clique no sino azul e tenha nossas notícias em primeira mão!
Leandro Lima
Graduado em tecnologia e design gráfico, sou apaixonado pela fotografia e inovações tecnológicas. Atualmente escrevo para o Tecflow.