Robótica busca maior privacidade de dados como proteção ao cibercrime

ROBÓTICA

Para Renan de Queiroz Maffei, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), pesquisas de robótica cresceram muito com o aumento das parcerias com a indústria. 

O sistema operacional de robôs (ROS) ­que revolucionou a robótica nas últimas décadas ao facilitar o desenvolvimento de novas aplicações, de forma similar ao que ocorreu com computadores pessoais e smartphones vem buscando, em suas novas versões, uma maior capacidade para soluções relativas à cibersegurança.

Até pouco tempo, essa não era uma preocupação central dos sistemas. “Não focávamos muito nessa questão. Um fator que alavancou a popularização do ROS foi sua simplificação na comunicação entre componentes robóticos, o que favoreceu à pesquisa acadêmica pela possibilidade de troca de informações e conexões de diferentes técnicas”, afirma Renan de Queiroz Maffei, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, e professor da área de Robótica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

No entanto, segundo o especialista, essa simplificação abriu espaços para falhas de segurança, que podem ser fatores de menor relevância no desenvolvimento de protótipos, mas que são muito importantes no desenvolvimento do produto final. Devido principalmente às aplicações na indústria, as soluções robóticas tiveram de rever essas questões e ampliar medidas viáveis para proteção de dados e o bom funcionamento dos robôs.

“Esses esforços centralizados são recentes. As maiores preocupações são com o armazenamento e privacidade de dados e, principalmente, com os sistemas que funcionam em tempo real”, adverte. De acordo com o especialista do IEEE, as principais soluções ainda estão em processo de evolução. “A tendência é de um grande crescimento nessa área para os próximos anos.”

Na aplicação de robôs móveis, que transportam coisas, Maffei não vê muitos problemas com os dados armazenados. Mas para aqueles que são controlados remotamente, utilizando-se serviços de internet, a questão da privacidade dos dados torna-se ainda mais urgente.

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“Se houvesse uma invasão aos dados captados por robôs móveispoderia trazer problemas sérios e até mesmo financeiros para uma empresa”, avalia. Segundo ele, o importante é que os dados só estejam disponíveis para pessoas autorizadas.

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Leandro Lima

Graduado em tecnologia e design gráfico, sou apaixonado pela fotografia e inovações tecnológicas. Atualmente escrevo para o Tecflow.

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