* Por Adriano da Silva Santos
Assim como a tecnologia e a mídia, o setor imobiliário também está passando por mudanças na força de trabalho. A Wells Fargo demitiu “centenas” de funcionários da divisão de hipotecas em dezembro de 2022. No mês anterior, especialistas trabalhistas e profissionais do setor imobiliário haviam discutido a falta de hipotecas e empréstimos em andamento graças ao aumento das taxas de juros e ao desfecho do ” boom imobiliário alimentado pela pandemia “.
- Siga o tecflow no Google News!
- Participe do nosso grupo no Telegram ou Whatsapp!
- Confira nossos stories no Instagram e veja notícias como essa!
- Siga o tecflow no Google Podcast e Spotify Podcast para ouvir nosso conteúdo!
- Anuncie conosco aqui.
O JP Morgan Chase reduziu sua equipe de empréstimos imobiliários às centenas em junho. Após uma rodada de demissões em abril, a Redfin demitiu 13% de sua força de trabalho em novembro e fechou seu serviço de mudança de casa Redfin Now. Mais amplamente, a liderança do Goldman Sachs está de olho em demissões e o Morgan Stanley, uma empresa que lida com gerenciamento de patrimônio e gerenciamento de ativos, também reduziu o número de funcionários em 2% este mês.
O setor imobiliário experimenta grandes quantidades de crescimento da força de trabalho nos últimos anos, no entanto, um declínio agora parece natural. Esse movimento é ainda mais intensificado com surgindo inúmeras proptechs que estão se destacando e preenchendo um espaço que até então, era pouco viável. Uma dessas empresas é a aMora, startup que realiza o sonho da casa própria por meio da flexibilidade do aluguel para seus clientes, traz a possibilidade de investir no imóvel enquanto se mora nele, por meio de uma entrada de 5%.
Através de um modelo disruptivo que bate de frente com os serviços mais tradicionais, aMORA conseguiu crescer muito e com apenas um ano de fundação, foi destaque recentemente o prêmio GRI Awards que nomeia as melhores iniciativas do setor. O método conhecido como rent-to-own é oferecido através de um depósito inicial em dinheiro, que pode inclusive ser feito quando se tem FGTS acumulado, no qual ocorre um cálculo e a meta ao final do programa é acumulada em parcelas de entrada que são reduzidas em até 15% do valor total do imóvel.
Outros aspectos se tratam dos contratos oferecidos que geralmente são de 3 anos, e não é preciso esperar até o final deste tempo para realizar a compra. Tanto a mensalidade quanto o preço de exercício de compra do imóvel são reajustados anualmente pelo IPCA do período. Fora isso, a empresa te oferece, em qualquer momento, a possibilidade de desistir da compra – diferentemente do contrato tradicional que imputa uma multa aos desistentes. Nesse caso, apenas é compartilhado proporcionalmente o risco do valor de mercado do imóvel que foi negociado.
Porém, nem tudo se resume aos serviços apresentados, um dos demais aspectos envolve a mão de obra. Por um lado, há uma escassez de mão de obra qualificada na indústria e uma demanda cada vez mais exigente por inovações e, por outro, temos pequenas empresas em expansão com pessoal reduzido, mas que diferentemente vem com uma alta em relação a contratações de novos colaboradores. Esse cenário fornece um dilema bastante interessante.
Tendo em vista esse panorama, somente podemos concluir que existem dois cenários possíveis, as startups de imóveis devem ser um espelho para que as grandes corporações se modernizem e parem de perder espaços e profissionais. Do outro lado, caso não o façam estarão se encaminhando para caminhos que levam aos mesmos erros do passado e do presente.
Faça como os mais de 10.000 leitores do tecflow, clique no sino azul e tenha nossas notícias em primeira mão! Confira as melhores ofertas de celulares na loja parceira do tecflow.
