O Mega Drive, também conhecido como Genesis em alguns países, é um console de videogame lançado pela Sega em 1988 no Japão e em 1989 na América do Norte. Ele foi um dos consoles mais populares da década de 1990 e competiu com sucesso com o Super Nintendo Entertainment System (SNES) da Nintendo.
- Siga o tecflow no Google News!
- Participe do nosso grupo no Telegram ou Whatsapp!
- Confira nossos stories no Instagram e veja notícias como essa!
- Siga o tecflow no Google Podcast e Spotify Podcast para ouvir nosso conteúdo!
- Anuncie conosco aqui.
O Mega Drive apresentava um processador de 16 bits e gráficos avançado para a época, o que o tornava um console poderoso em comparação com seus concorrentes. A Sega também lançou muitos jogos exclusivos para o Mega Drive, incluindo Sonic the Hedgehog, que se tornou um dos mascotes mais conhecidos do mundo dos videogames.
O Tecflow reuniu alguns segredos do Mega Drive e informações pouco conhecidas do clássico videogame.
1. Fracassou no Japão, mas fez muito sucesso no Brasil
Os resultados do Mega Drive não foram muito bons no Japão, mesmo com a Sega sendo do país e o console ter sido lançado na sequência de produtos e games bem sucedidos da companhia. Por lá, a plataforma assumiria um distante terceiro lugar, atrás do rival Super Nintendo (ou Super Famicon, em japonês) e mesmo da versão nipônica do TurboGrafx-16.
Já no Brasil o Mega Drive seria um enorme sucesso. A razão para isso está basicamente na presença nacional do produto, fabricado e distribuído por uma parceria entre a brasileira TecToy e a Sega. A união garantia presença no mercado, suporte técnico, chegada de jogos e divulgação, além de preços mais competitivos do que o dos importados que, mais caros, não tinham todo esse apoio.
O grande sucesso dos produtos da Sega por aqui criou um campo de batalha alternativo na “guerra de consoles”. Além do Brasil, o Mega Drive foi relativamente bem-sucedido nos Estados Unidos, onde uma forte presença da Sega e uma comunicação mais adulta tornariam o Genesis, como é conhecido por lá, um adversário forte da Nintendo.
2. Foi “hackeado” pela EA
Quando o Mega Drive chegou aos Estados Unidos, a EA era uma pequena desenvolvedora de games que, desencantada com o custo de licenciamento de jogos para o novo console, encontrou uma saída de moralidade duvidosa para o problema. A companhia obteve um kit de desenvolvimento para a plataforma da Sega e, aplicando engenharia reversa, descobriu como criar jogos para o Mega Drive que contornassem o sistema de homologação da Sega.
A EA, então, entrou em contato com a Sega e informou aos japoneses que, caso eles não reduzissem os custos de licenciamento da EA para a plataforma, a Electronic Arts começaria a licenciar sozinha jogos para o Mega Drive, o que basicamente instituiria um mercado pirata de games para o console. Contra a parede, a Sega concordou em reduzir os valores, medida que acabaria positiva para ambas: jogos da EA estão entre os maiores sucessos do Mega Drive, especialmente considerando títulos esportivos.
3. Tinha diversos modelos diferentes
Curiosamente, há uma grande variedade de modelos do Mega Drive, alguns nem sequer fabricados pela Sega. Muitos tinham propostas no mínimo inusitadas, como o TeraDrive, uma mistura do console original com um PC e que foi exclusiva do mercado japonês. A ideia de unir o console a um PC tradicional também foi encarada por outras companhias, o que resultou nos modelos MSX e no Armstrad Mega PC.
Talvez nenhuma versão do Mega Drive seja tão curiosa como o Aiwa CSD-GM1: o console vinha embarcado num sistema de som portátil, que tinha inclusive a capacidade de tocar CDs e reproduzir cassetes. Além dessas ideias, o Mega Drive apareceu em fusões do Sega 32X e em forma portátil: o Sega Nomad.
4. Era possível jogar online (nos anos 90 e no Brasil!)
A Sega criou um acessório para o console que permitia estabelecer uma conexão dial-up com a Internet para acessar um total de 25 jogos distribuídos de forma online. A rede, conhecida como Sega Meganet, ficou disponível apenas no Japão e no Brasil, algo que só reforça o quanto o mercado nacional era importante para a empresa na época.
Os 25 jogos podiam ser acessados via conexão, baixados e alguns até permitiam gameplay online com outros jogadores. Limitações tecnológicas e de difusão do acesso à Internet acabaram diminuindo a expansão do serviço que acabou sendo descontinuado antes mesmo de estrear nos Estados Unidos.
5. Usava processadores do Apple Macintosh e do Game Boy
O Mega Drive foi construído em torno do Motorola 68000, um processador que aparecia em uma série de computadores e plataformas de games dos anos 1980 e início da década seguinte. Esse processador é um elo comum que aproxima dispositivos bem diferentes, como o Apple Macintosh, o Atari ST e o Commodore Amiga.
Além do processador da Motorola, o Mega Drive continha uma unidade dedicada a áudio. O chip, chamado de Zilog Z80, também aparecia no Game Boy da Nintendo, console portátil em que fazia o papel de processador central.
6. Funcionava com sensor de movimentos, o Sega Activator
É comum pensar no Nintendo Wii como o precursor dos controles por movimentos quando, na verdade, a Sega já tinha experimentado algo do tipo nos anos 1990 com o Mega Drive. Batizado de Sega Activator, o acessório consistia em um octógono montado no chão com sensores de calor que detectam movimentos e os traduziam em controles direcionais em games.
O Activator permitia controlar movimentos em qualquer game da plataforma. A ideia é criativa, mas tinha suas limitações e passava longe da precisão que os dispositivos de movimento atuais oferecem, com uma mistura de acelerômetros, giroscópios e câmeras.
7. Ganhou uma mini versão retrô em 2019
Mega Drive Mini chegou em 2019 com 40 jogos clássicos — Foto: Divulgação/Sega
Seguindo a febre retrô de relançamentos de consoles históricos, a Sega decidiu produzir o Mega Drive Mini: lançado em 2019, o novo console vem com 40 jogos originais da plataforma com grandes sucessos como Sonic, Ecco The Dolphin, Street Figther, Space Harrier 2 e Castlevania Bloodlines.
Compacto e com o design inspirado no original, o Mini é modernizado com interface HDMI para televisores e monitores atuais, além de portas USB e controle no formato original, mas com seis botões. Quem preferir algo mais tradicional, encontra o Mega Drive em formato original, fabricando pela TecToy, com entrada de cartucho e 22 games na memória por R$ 399 na Amazon.
Com informações de Uproxx, GameRant, AtlasObscura e The Gamer
Faça como os mais de 10.000 leitores do tecflow, clique no sino azul e tenha nossas notícias em primeira mão! Confira as melhores ofertas de celulares na loja parceira do tecflow.
Redação tecflow
Tecflow é um website focado em notícias sobre tecnologia com resenhas, artigos, tutoriais, podcasts, vídeos sobre tech, eletrônicos de consumo e mercado B2B.