Após a pandemia de Covid-19, as aplicações móveis (ou aplicativos) tiveram um crescimento exponencial e conseguiram posicionar-se como uma das ferramentas mais eficazes que as empresas ou marcas têm atualmente para se conectar com os seus consumidores, independentemente do setor a que pertençam. Isso porque os apps são capazes de promover a interconectividade, facilitar tarefas e melhorar a experiência do usuário com um produto ou serviço.
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De acordo com um estudo da GSMA, “A Economia Móvel na América Latina 2022”, em 2021, as tecnologias e serviços móveis geraram 7,4% do PIB da América Latina, uma contribuição que totalizou mais de US$ 345 bilhões de valor econômico agregado e, adicionalmente, gerou mais de 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos. As estimativas são de que, até 2025, a contribuição econômica do ecossistema móvel crescerá cerca de US$ 20 bilhões.
Segurança se sobrepõe às funcionalidades
Ao examinar as opiniões dos cidadãos sobre questões relacionadas à segurança e funcionalidade de aplicativos móveis, a Appdome (plataforma de automação de defesa cibernética para aplicativos), através de seu relatório “Expectativas do consumidor brasileiro sobre segurança de aplicativos móveis”, mostrou que os brasileiros atribuíram uma classificação mais elevada à segurança das aplicações móveis, ao ponto que 85,9% disseram que é tão ou mais importante se proteger contra ameaças de segurança, fraude e malware “do que obter novas funcionalidades”.
Esse resultado supera ligeiramente a média global de 86,3%. Por outro lado, apenas 14,2% dos consumidores brasileiros priorizam funcionalidades em detrimento da segurança. Os números permitem afirmar que uma maioria significativa dos consumidores brasileiros prioriza a questão de sua segurança antes de obter novas funcionalidades em aplicativos móveis.
Alan Bavosa, Vice-presidente de Produtos de Segurança da Appdome, diz: “A voz do consumidor brasileiro é clara. Eles se preocupam profundamente com a proteção de aplicativos móveis, têm um alto nível de sofisticação do cenário de ameaças móveis e exigem os níveis mais avançados de proteção contra ameaças de segurança cibernética, fraude móvel e malware móvel. E eles procuram desenvolvedores de aplicativos móveis e marcas que oferecem essa proteção”.
Entretanto, quando se trata de responsabilizar as marcas pela segurança dos apps, mais de 77,1% dos usuários de Android e 78,7% dos usuários de iOS disseram que “provavelmente” ou “muito provavelmente” abandonariam uma marca se sofressem uma violação. Por outro lado, os brasileiros estão mais dispostos a promover e defender marcas que protegem seus dados e uso dos seus aplicativos. Quando se trata de promover marcas, os brasileiros são fiéis e se tornam fortes advogados da marca nas mídias sociais (45,6% dos usuários de Android e 53,3% dos usuários de iOS).
Expectativas de mulheres vs homens
No Brasil, usuários do sexo feminino e masculino têm opiniões semelhantes sobre as consequências e benefícios de proteger o uso de aplicativos móveis. Tanto homens quanto mulheres acreditam que todos os aplicativos devem ter a maior segurança possível, esperando que essas ferramentas tenham proteção avançada para os usuários que as utilizam permanentemente.
Em termos de números, 55% das mulheres e 47,7% dos homens afirmaram que “muito provavelmente” abandonariam um aplicativo se fossem invadidos ou hackeados. Além disso, mulheres (51,3%) e homens (45,5%) defendem fortemente as marcas que protegem os seus dados nos apps que usam.
“Os dados dão um panorama muito claro de que os consumidores brasileiros valorizam muito a proteção de aplicativos móveis e percebem que alguns dos apps que eles usam não atendem às suas expectativas de segurança e proteção contra ameaças avançadas, especialmente no que diz respeito a proteção de dados pessoais. As marcas que abraçam essa ‘nova realidade’, onde desenvolvem novas formas de oferecer segurança como parte da experiência, podem obter uma vantagem competitiva e transformar a demanda mobile”, conclui o vice-presidente.
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