A Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2021, realizada pelo IBGE, revelou que o Brasil conta com um total de 1,5 milhão de empresas ativas, registrando um crescimento notável de 7,9% em comparação com 2019 e um aumento de 9,2% em relação a 2020. Essas empresas empregavam um recorde histórico de 13,4 milhões de pessoas e pagaram um total de R$ 432,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O setor de serviços também registrou uma receita operacional líquida de R$ 2,2 trilhões e um valor adicionado de R$ 1,2 trilhão. A PAS abrange sete segmentos e 34 atividades em nível nacional, além de 13 atividades em nível regional.
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O salário médio mensal teve uma leve redução, passando de 2,3 salários mínimos em 2012 para 2,2 salários mínimos em 2021. Os serviços de informação e comunicação lideram em remuneração, com uma média de 4,5 salários mínimos, seguidos por outras atividades de serviços, impulsionadas pelos serviços auxiliares financeiros, com uma média de 3,6 salários mínimos. O terceiro maior salário médio é registrado no setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, com 2,6 salários mínimos. Todos esses valores estão acima da média geral de 2,2 salários mínimos.
Synthia Santana, Gerente de Análise Estrutural do IBGE, destaca que o desempenho do setor de serviços reflete a recuperação dos principais indicadores macroeconômicos do Brasil em 2021. O Produto Interno Bruto cresceu 5,0%, com um aumento notável de 3,7% no consumo das famílias, revertendo a queda de 4,6% registrada em 2020.
Ela ressalta que o setor de serviços está fortemente ligado ao consumo das famílias e é dependente da atividade econômica aquecida. Em 2021, o setor de serviços cresceu 5,2%, após uma queda de 3,7% em 2020. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo segmento de transportes, armazenagem e correio, que cresceu 12,9%. A taxa de desemprego, de acordo com a PNAD Contínua, atingiu 11,1%, níveis semelhantes aos de 2019, indicando que a economia já havia se recuperado dos impactos da pandemia em 2021.
Os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio representam a maior fatia da receita operacional líquida, com 29,3% de participação, seguidos pelos serviços profissionais, administrativos e complementares, com 27,5%, e pelos serviços de informação e comunicação, com 21,0%. Juntos, esses três segmentos respondem por mais de 75,0% da receita operacional líquida. Os demais segmentos incluem serviços prestados principalmente às famílias (9,9%), outras atividades de serviços (8,6%), atividades imobiliárias (2,3%) e serviços de manutenção e reparação (1,4%).
Houve uma redução na participação do segmento de serviços de informação e comunicação ao longo dos anos. Em 2007, esse segmento liderava com 31,2% de participação, mas em 2021 caiu para a terceira posição, com 21,0%, sendo superado pelo segmento de transportes, armazenagem e correio em 2010.
Entre as 34 atividades analisadas, as que se destacaram foram transportes rodoviários de cargas, representando 12,9% da receita operacional líquida, com um ganho de 2,8 pontos percentuais em relação a 2012; serviços técnico-profissionais, com 12,1% (+1,3 ponto percentual); tecnologia da informação, com 9,8% (+3,2 pontos percentuais); telecomunicações, com 8,2% (-6,1 pontos percentuais); e armazenamento e atividades auxiliares aos transportes, com 7,0% (+1,0 ponto percentual).
Synthia Santana observa que, das cinco principais atividades, apenas telecomunicações perdeu participação ao longo de uma década. Essa perda se deve principalmente à queda na atividade de telecomunicações, enquanto a tecnologia da informação tem apresentado um crescimento constante, consolidando-se como a atividade que mais ganhou participação, enquanto a que mais perdeu foi telecomunicações.
Em 2021, o setor de serviços empregava 13,4 milhões de pessoas. Entre 2019 e 2021, houve um aumento de 4,5% no número de vagas, com um acréscimo de 574,3 mil ocupações. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento de 572,4 mil (10,8%) nas áreas de serviços profissionais, administrativos e complementares e de 142,7 mil (13,4%) nos serviços de informação e comunicação, contrastando com a redução de 242,5 mil (-8,5%) nos serviços prestados principalmente às famílias. Em comparação com 2020, houve um aumento de 7,8%.
Após o impacto inicial da pandemia, o setor de serviços conseguiu recuperar os níveis de emprego de 2019, com exceção dos serviços prestados principalmente às famílias, que tiveram uma queda de 8,5% na ocupação devido à redução na atividade de serviços de alimentação. No entanto, houve uma recuperação significativa em atividades imobiliárias (+21,9%), outras atividades de serviços (+14,5%), serviços de informação e comunicação (+13,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (+10,8%).
Entre 2020 e 2021, as maiores variações na ocupação ocorreram nas áreas de intermediação na compra, venda e aluguel de imóveis (24,7%), tecnologia da informação (17,4%) e atividades de ensino continuado (16,8%). As maiores quedas foram registradas nos setores de transporte dutoviário (-8,5%), correio e outras atividades de entrega (-2,6%) e transporte de passageiros (-2,4%).
A atividade com o maior número de pessoas ocupadas é a de serviços profissionais, administrativos e complementares, com 5,9 milhões de empregados, o que representa 43,5% do total de ocupados no setor de serviços. Em seguida, vêm os serviços prestados principalmente às famílias (2,6 milhões), os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (2,5 milhões) e os serviços de informação e comunicação (1,2 milhão).
Nos últimos 10 anos, a concentração de receita nas oito maiores empresas do setor de serviços, medida pelo indicador R8, caiu de 10,2% para 7,4%. Essa redução ocorreu principalmente em dois dos principais segmentos: serviços de informação e comunicação (de 37,2% para 32,1%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (de 16,6% para 11,7%).
Das cinco atividades com um indicador de concentração R8 acima de 50% em 2021, quatro pertenciam ao segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, incluindo transporte dutoviário (R8 de 100,0%), transporte aéreo (R8 de 92,1%), correio e outras atividades de entrega (81,8%) e transporte metroviário e ferroviário (73,8%). A quinta atividade com maior concentração foi telecomunicações, com um indicador R8 de 70,4%.
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Redação tecflow
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