A recente decisão unânime da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de destinar a faixa de 6 GHz para o uso não licenciado de equipamentos Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7 marcou um ponto crucial na evolução da conectividade no Brasil. A Associação NEO, reconhecida como uma voz influente no setor de telecomunicações, expressou seu apoio à Anatel nessa iniciativa, destacando os múltiplos benefícios que essa decisão trará para os consumidores brasileiros.
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Rodrigo Schuch, Presidente da Associação NEO, enfatiza a importância dessa alocação: “Esta é uma conquista significativa para o avanço da conectividade no país. Ao adotar o Wi-Fi 6E, não apenas melhoramos a experiência de banda larga fixa em ambientes internos, mas também testemunhamos casos notáveis de aplicação em ambientes externos.”
Um exemplo eloquente desse uso externo é o projeto Favela 3D, uma iniciativa da Alloha Fibra, associada à NEO. Essa parceria com a Gerando Falcões ofereceu acesso gratuito à internet de alta velocidade através do Wi-Fi 6 para a Favela dos Sonhos, em São Paulo. Com 15 roteadores instalados, aproximadamente 190 famílias foram beneficiadas, promovendo inclusão digital e ampliando o acesso a serviços essenciais, como educação online.
Durante uma Audiência Pública na Câmara dos Deputados, Aníbal Diniz, representante da Associação NEO, ressaltou três pilares fundamentais que respaldam o apoio da entidade à decisão da Anatel.
- Aumento da Competitividade no Setor de Telecomunicações: A alocação da faixa de 6 GHz impulsiona a competição entre serviços de banda larga fixa e móvel, resultando em maior acesso, velocidades mais rápidas e preços mais acessíveis para os consumidores.
- Estímulo à Indústria Nacional: Ao contrário da predominância estrangeira na indústria de equipamentos para telefonia móvel, a alocação da faixa de 6 GHz para Wi-Fi favorece a indústria local, beneficiando fabricantes nacionais e toda a cadeia de suprimentos de telecomunicações no Brasil.
- Evolução Tecnológica com o Wi-Fi 7: A decisão da Anatel não só permite a preparação para a implementação do Wi-Fi 7 no Brasil, mas também oferece conexões sem fio mais rápidas, estáveis, com maior largura de banda e menor latência, atendendo à crescente demanda por dados em residências e indústrias.
Rodrigo Schuch reitera o compromisso com a inovação tecnológica e a compreensão da relevância dessa medida em um cenário de crescimento constante do consumo de dados no Brasil. Isso possibilitará que as Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) ofereçam serviços de dados de qualidade comparável ao 5G das grandes operadoras móveis, ampliando as escolhas para os consumidores e oferecendo opções adaptadas às necessidades da população, especialmente em áreas remotas.
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