*por: Caio Lopes
Sabe quando comentamos que hoje em dia tudo é muito mais fácil? É porque é mesmo. Se queremos assistir a um filme, basta fazer login em um dos serviços de streaming que assinamos. Se estamos atrás de um livro é só realizar o download da versão e-book sem sair do sofá. Precisamos fazer compras?
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Existem aplicativos que entregam as sacolas na porta de casa. Os celulares e computadores substituíram locadoras, bibliotecas, supermercados e muitos outros serviços, e essa revolução tem um nome: XaaS.
XaaS, na verdade, é um acrônimo para “X as a Service“, que em português seria “qualquer coisa como um serviço”, com a letra X significando uma incógnita, uma infinidade de possibilidades. É literalmente isso que significa XaaS, qualquer coisa pode ser um serviço! Tudo pode ser substituído por aplicativos e plataformas inteligentes que façam o trabalho para os usuários.
Existem diversas siglas parecidas, que podem confundir novos usuários. SaaS (Software as a Service), PaaS (Platform as a Service), IaaS (Infrastructure as a Service), FaaS (Fintech as a Service) e BaaS (Bank as a Service) são alguns exemplos de modelos de serviços em cloud que se encaixam dentro da definição de XaaS.
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Os serviços podem ser de diversas áreas diferentes, como logística, comunicação ou até mesmo bancos, mas possuem uma coisa em comum: a natureza tecnológica do “on-demand” (sob-demanda).
O que eles trazem de tão atrativo, no entanto, para os usuários e empresas que adotam sua utilização? Normalmente, empresas desenvolvedoras oferecem os serviços, softwares e plataformas para companhias interessadas, que só precisam pagar pela licença para fazer uso dos sistemas.
Não há necessidade de instalação, ambientes para execução, planejamento e desenvolvimento, nem de mão de obra para fazer a manutenção dos serviços. Não há preocupação com banco de dados, segurança ou sistemas operacionais – a empresa usufrui dessas plataformas como serviços contratados e prontos para o uso.
Empresas de porte pequeno e médio conseguem, através do modelo XaaS, oferecer maior competitividade às empresas maiores, que possuem a infraestrutura e a mão-de-obra necessárias para desenvolver seus próprios métodos e meios.
PMEs não precisam se preocupar com investimentos na compra de hardware, software e colaboradores especializados para manutenção e configuração – diminuindo, assim, os custos dos serviços a apenas uma fração do que seria gasto desenvolvendo as próprias soluções.
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Apesar de ser um grande vértice da transformação digital, o XaaS não seria possível sem uma tecnologia que, apesar de muito atual, já não impressiona mais ninguém: a famosa nuvem. A computação em nuvem (ou cloud computing) garante que, através da conectividade, recursos, dados e plataformas sejam hospedados e oferecidos remotamente aos usuários, sem a necessidade de ocupar espaço em hardwares.
Quando vamos ouvir uma música em um dos serviço de streaming digital, por exemplo, não temos que nos preocupar em baixar o arquivo MP3, nem se nosso celular tem espaço para aquilo. Isso acontece porque a música já está hospedada em um outro sistema, que disponibiliza o acesso a quem quer que pague por ele.
Com o XaaS, é o mesmo conceito. As plataformas e softwares desenvolvidos podem ser oferecidos apenas com uma simples conexão de internet e uma senha de acesso, dispensando downloads, instalação e comprometimento de memória do hardware. Por conta da cloud computing, também é possível que uma equipe trabalhe utilizando o mesmo software, mas cada um em um ponto remoto, aumentando a rapidez e a produtividade.
É um clichê dizer que devemos ficar ansiosos para o que o futuro nos reserva. Sempre estivemos ansiosos, e nossa curiosidade com o que vem por aí não tem fim. Mas, no caso do XaaS, é possível afirmar com sinceridade que há muita esperança à frente. Esperança de que, cada vez mais, nossas vidas sejam facilitadas pela tecnologia, e que nossas rotinas estejam em perfeita simbiose com nossas inovações.
*Caio Lopes é cofundador e CTO (Diretor de Tecnologia) da Mobile2you, mobile-house especializada no desenvolvimento de produtos digitais, sob medida (tailor-made).
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.