Com toda certeza, já não é possível ignorar a importância da internet nos dias atuais, sobretudo nas grandes cidades, onde ela está em todo canto. Mas pouca gente sabe ou entende a revolução que o 5G promete nesse meio.
A maioria dos internautas e usuários de smartphones compreende mais ou menos que ele é um tipo de conexão mais aprimorada, mais segura e mais rápida, assim como entende que seja uma evolução natural do 3G e do atual 4G.
Ou mesmo já ouviu falar que o 5G é a grande questão da atualidade em termos de internet, e quando vai comprar algo como um notebook novo, logo quer saber se ele é compatível ou não com a conexão 5G, como modo de se prevenir.
Mas a questão vai muito além, inclusive tendo um aspecto político, já que países de terceiro mundo como o Brasil precisam de empresas internacionais que sejam capazes de prestar o serviço de instalação e infraestrutura do 5G.
No tocante à tecnologia, que é o que nos importa neste artigo, as mudanças são realmente revolucionárias. Elas incluem, por exemplo, a existência de fábricas inteligentes que são capazes de operar a distância e avisar antes de uma máquina dar defeito.
Além disso, a vida do cidadão comum, que fizer uma instalação de internet 5G em sua própria casa, também poderá passar por transformações incríveis. Quando se fala na chegada de geladeiras e carros inteligentes, fala-se em conexão 5G.
Sim, pois esse tipo de sinal é fundamental para que uma geladeira inteligente seja capaz de avisar o seu usuário que determinado produto está acabando, o que exige uma conexão melhor. O mesmo vale para o carro que dirige sozinho, sem influência humana.
Aqui já começa a ficar claro como o tipo e a qualidade da conexão de internet tem a ver com aspectos inusitados da vida de cada um de nós, além de questões muito maiores. Aliás, as cidades inteligentes também são algo previsto para ocorrer em breve.
Também essas “smart cities” vão depender do 5G, já que a base delas é a conexão de sensores que sejam capazes de melhorar o serviço de água, luz, coleta de lixo e até mesmo de distribuição da própria internet para todas as casas.
Por isso decidimos escrever este artigo, trazendo alguns conceitos básicos para compreendermos melhor como o 5G mudou a forma das pessoas se conectarem, além de curiosidades sobre o que esse avanço prevê em termos de mudanças.
O mais bacana é que realmente todo tipo de serviço pode ser interpretado pela ótica da conexão 5G, com vistas à evolução que está prometida, seja uma fábrica multinacional ou uma escola local que oferece aula de canto iniciante.
Então, se você realmente quer compreender melhor como e por que funciona assim, colocando-se em dia com as principais novidades dessa área, basta seguir adiante na leitura.
Sobre a história da conexão 5G
Tudo começou no Japão (e não nos EUA, como pensam alguns), ainda no fim da década de 1970, quando a primeira geração de redes e de comunicação trazia o 1G (cuja sigla significa, justamente, 1ª Geração).
Ali, a limitação ainda era a da troca de áudio, como nas clássicas ligações telefônicas. O sistema evoluiu com o nome de Sistema de Telefonia Móvel Avançada (AMPS), e em termos de implementação, logo saiu na Austrália e na China.
A segunda geração já é um pouco mais próxima de nós e ocorreu na década de 1990, permitindo a troca de SMS, que são as famosas mensagens de texto via celular. Na sequência veio o MMS (Multimedia Messaging Service), ou seja, troca de imagens e vídeos.
Se o sinal da 1G era analógico, foi a 2G que deu o grande salto, por trazer um sinal de tipo digital, que apresenta uma qualificação de instalação operação e desempenho muito melhor. A essa altura, os celulares já podiam até disparar e-mails.
Já o 3G, que veio com a virada do século, nos anos 2000, deu um salto ainda maior, por permitir que a telefonia e a internet se unissem de modo único.
Agora era possível fazer chamadas de vídeo em tempo real, interagir nas redes sociais do mundo todo, jogar online e carregar filmes em tempo real. Também é aí que se começa a falar na tão revolucionária Wireless, que é a conexão sem fio.
A mudança foi tão grande que o 4G não trouxe alterações disruptivas, apenas mudanças em termos de protocolos de segurança, taxas de transferência e mobilidade.
A mobilidade permite integração de vários dispositivos, tais como:
- Desktops;
- Laptops;
- Celulares;
- Tablets;
- Televisores;
- Relógios;
- Consoles.
Além, é claro, dos carros, geladeiras e demais equipamentos do futuro, que serão dispositivos do tipo “smart” e poderão ser conectados à internet.
Aliás, nem tanto do futuro, pois já existem carros sem motoristas fazendo entregas rápidas nos EUA, por exemplo. Portanto, é a 5G que traz um daqueles saltos tão revolucionários quanto os ocorridos nas primeiras gerações.
Além de permitir até o compartilhamento de rede elétrica Wireless, o avanço maior se dá em termos de mobilidade e taxas de transferência, permitindo saltos como os da computação na nuvem, ou da Internet das Coisas (IoT), conforme ficará claro adiante.
Entenda a computação na nuvem
Até aqui já deu para entender como o 5G mudou e ainda vai mudar a forma das pessoas se conectarem na internet. Agora vamos aprofundar em aplicações práticas desse tipo de conexão, como a computação na nuvem.
Se a conexão de tipo 1G só permitia a troca de áudio (como nas chamadas telefônicas tradicionais), o que dizer quando uma pessoa deixa um arquivo na nuvem e pode acessá-lo de qualquer dispositivo ou canto do mundo?
A computação na nuvem nada mais é que uma hospedagem sem fronteiras. É como se o HD (Hard Disk) do seu computador estivesse literalmente “na nuvem”, pois seus arquivos ficam disponíveis 24h por dia, sete dias da semana.
Alguém da área de empresas de instalação elétrica que precisasse manter uma infraestrutura inteira e servidores em seu próprio estabelecimento, hoje simplesmente contrata um serviço assim e mantém tudo salvo ali, com backups e segurança.
Empresas menores também desfrutam de plataformas que permitem o compartilhamento e gerenciamento de tarefas a distância. Assim, os funcionários não precisam ficar trocando e-mails, mas podem criar e delegar tarefas de modo bem mais dinâmico.
Sem a conexão de tipo 5G isso seria impensável, visto que sem a mobilidade não seria possível abrir o mesmo arquivo de vários dispositivos diferentes, como laptops, smartphones e tablets.
Lembrando que as pessoas também desfrutam da computação na nuvem mesmo sem saber disso, pois boa parte das plataformas de busca e das redes sociais utilizam essa tecnologia como base de sua comunicação e troca de dados.
O que é a Internet das Coisas?
Outra comprovação indiscutível de como a conexão 5G mudou e mudará a forma das pessoas se conectarem nós encontramos na famosa IoT, sigla para Internet of Things, que é a Internet das Coisas.
O primeiro aspecto mais gritante dela é o de cunho industrial, que vai transformar radicalmente o modo como empresas lidam com todo tipo de serviços e de manufatura ou produção industrial.
Isso inclui desde empresas que fazem licenciamento ambiental cetesb, que cada vez mais vão integrar drones e equipamentos de última geração conectados em 5G, até outras ainda mais disruptivas.
Por exemplo, a ideia de um cirurgião cardíaco renomado fazer uma cirurgia a distância, podendo ele estar em um continente e o seu paciente em outro. Tudo isso depende de equipamentos à altura, sem dúvida, mas também de uma conexão perfeita.
Outro aspecto da Internet das Coisas é aquele das fábricas inteligentes, que citamos acima, e que mudam totalmente a dinâmica da linha de produção.
Tudo isso permite uma previsibilidade e uma assertividade muito maiores, graças ao espaço que a robótica e a Inteligência Artificial passam a ter.
No caso da Inteligência Artificial, um universo bem impactado é o financeiro, seja no sentido de fazer uma simples gestão patrimonial, ou então de tentar prever cenários de médio e longo prazo antes de fazer investimentos na Bolsa de Valores.
Bônus: wearables e o futuro
Ao falar de Internet das Coisas, não podemos nos esquecer de que se a automação residencial prevê geladeiras inteligentes, e a industrial já fala em robótica com Inteligência Artificial, a tecnologia permite mudar o próprio ser humano.
Sem citar a cibernética e a mistura entre homem e máquina (estudo que também já está em nível avançado), podemos falar de algo mais “simples”, que são os wearables, no Brasil traduzidos como “dispositivos vestíveis”.
Eles dependem radicalmente da conexão 5G, pois são tecnologias que a pessoa carrega consigo e que se conectam à internet com mobilidade e dinâmica incríveis.
Os exemplos vão desde relógios e pulseiras inteligentes que já estão em circulação, até óculos e roupas inteligentes, que ainda estão em estudo.
Com isso chegamos ao fim e deixamos bastante claro como o 5G mudou e mudará cada vez mais nossa forma de se conectar à internet, indo muito além do uso profissional ou mesmo do uso convencional ao qual estávamos acostumados.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Matheus
Matheus Carvalho faz parte da equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.