O Google deu início aos testes de sua polêmica campanha, que visa eliminar todos os cookies de terceiros da internet. Através da tecnologia Federated Learning of Cohorts (FLoC), desenvolvida especialmente para este propósito, a empresa substituirá esses cookies, a fim de diminuir a exposição das pessoas na internet. O FLoC já está sendo testado em dez países: Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Filipinas, Índia, Indonésia, Japão, México e Nova Zelândia.
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Essa atitude foi muito mal recebida entre todo o setor da tecnologia, com várias empresas e megacorporações se posicionando contra o Google. Microsoft, Mozilla e Opera, que disponibilizam seus próprios navegadores da web, já declararam que não vão aderir ao FLoC em suas ferramentas, o que pode dificultar consideravelmente o cumprimento da meta do Google, que é acabar com o velho sistema de cookies até o início de 2022.
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De um lado, temos o Google afirmando que essa medida acabará com o rastreamento pesado e a invasão de privacidade que todos sofrem ao acessar qualquer tipo de website. Do outro, as empresas afirmam que a pouca transparência dessa atitude também pode colocar os usuários em risco, pois isso não extinguirá a coleta de dados e tudo ficará nas mãos de uma única corporação. Além disso, o FLoC mudaria completamente a política de anúncios da rede, já que atualmente boa parte dos dados coletados para anúncios personalizados vem dos cookies.
No modelo atual, os cookies trabalham coletando informações individuais de cada usuário. Através de sua localização, histórico de pesquisa e muitos outros fatores, é possível descobrir os interesses de cada um e criar anúncios mais específicos. O FLoC trabalha de uma maneira semelhante, só que coletando informações grupais, ao invés de individuais. Isso significa que ele separa grupos de usuários com características e interesses semelhantes para definir os anúncios.
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O que realmente não foi explicado é quais dados o Google coleta do seu computador, celular e smartphone. Empresas como a Microsoft e a Mozilla já deixaram claro que apoiam uma internet com mais privacidade e que favoreça, tanto usuários, quanto corporações, sejam grandes ou pequenas. Não só elas como várias outras já se colocaram à disposição para desenvolver alternativas que possam alcançar um consenso geral no setor, mas todas se recusam a adotar as medidas que estão sendo impostas pelo Google.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.