A pandemia causada pelo coronavírus impactou em diversas outras áreas da vida humana. Um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas tecnológicas no último ano é a falta de semicondutores para a produção de eletrônicos. No Brasil, a situação é ainda mais crítica, visto que 90% da matéria-prima utilizada é fabricada no exterior, segundo a Abisemi (Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores).
Os semicondutores nada mais são que sólidos capazes de mudar sua condição de isolante para condutores com grande facilidade, ou seja, possuem extrema importância para diversos segmentos. Empresas de automóveis, celulares e de computadores utilizam esse equipamento para produzir seus produtos.
O empresário Pat Gelsinger, presidente da Intel, que é uma das maiores fornecedoras desse produto, afirmou que serão anos para atender as demandas necessárias desse equipamento, e alguns especialistas afirmam que serão aproximadamente dois anos.
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Um dos principais motivos da crise e escassez durante a pandemia foi a concentração da produção em apenas uma empresa de Taiwan, que é responsável por 84% da demanda mundial, e apenas as empresas Intel e Samsung conseguem copiar. Outro fator que elevou o impacto no setor automobilístico foi que, durante a paralisação das montadoras, o material foi destinado às indústrias para as fabricações de smartphones e outros equipamentos eletrônicos e, com a retomada antes do previsto, ficaram no final da fila para o recebimento dos semicondutores.
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Diante desse cenário, o valor de venda dos eletrônicos e principalmente de veículos tende a subir. A estimativa é que a alta seja de 1% e 3% no valor dos produtos, pois a diminuição da produção consequentemente reduzirá a oferta de produtos disponíveis para venda. Neste caso, uma alternativa para o consumidor que quer ter um veículo novo é avaliar se a possibilidade de contratar um carro por assinatura vale a pena.
Nos Estados Unidos, os impactos já podem ser sentidos por conta da falta de estoque dos produtos, elevando o preço em 8,4%, de acordo com os dados da consultoria JD Power. A possibilidade de acontecer um “apagão” na produção desses itens fez com o presidente Joe Biden ordenasse uma reorganização para priorizar a fabricação dos itens com o estoque mais crítico, elevando a quantidade de produtos disponíveis nestas áreas.
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Marciel
Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.