Aqui no tecflow, já dedicamos alguns artigos sobre tendências tecnológicas como IoT (Internet of things, ou Internet das Coisas). Agora, vamos dar um passo além para chegar pertinho das bordas – literalmente, porque vamos falar de edge computing (“computação de borda”, ou de “beira”), que, ao que tudo indica, será crítico para a IoT.
O que é edge computing?
Em termos mais técnicos, trata-se de “dispositivos que carregam a habilidade para realizar processamentos e análises avançados”. A definição é de Raj Talluri, VP de Gestão de Produto da Quallcomm Technologies.
Para o portal Network World, ele afirma que devemos pensar no “edge” como o universo de dispositivos conectados pela internet — uma contrapartida para a nuvem. Assim, o conceito de edge computing fornece novas possibilidades em aplicações de IoT. Particularmente para aquelas que dependem de computação cognitiva para tarefas como detecção, reconhecimento de faces, processamento de linguagem e prevenção de obstáculos.
Agora, traduzindo para uma linguagem menos especializada, edge computing corresponde à rede de dispositivos de “borda” – abrangendo qualquer coisa que estiver conectada, desde carros sem motorista e drones até os dispositivos de Internet das Coisas.
Falando num termo mais técnico, a edge computing denota o conceito de dispositivos que possuem a habilidade de realizar processamentos e análises avançadas e vem ganhando um grande impulso com o desenvolvimento de processadores e sistemas computacionais mais potentes, presentes nos dispositivos móveis.
A edge computing fornece novas possibilidades para o conceito do IoT – ou Internet das Coisas. Os dispositivos que executam algum tipo de computação cognitiva e que dependem de um processamento mais poderoso estão se beneficiando deste tipo de aplicação para tarefas como detecção de faces, processamento de linguagem natural e até sistemas de recomendação.
O mercado está se preparando para oferecer soluções de Edge Computing
A Intel acaba de assinar um acordo com o provedor de infraestrutura de TI e de Serviços Pivot Technology Solutions Inc, para aquisição da divisão de plataforma de borda inteligente Smart Edge™. A Smart Edge é uma plataforma nativa de nuvem, escalável e segura para computação de borda de acesso múltiplo (MEC). Com a Smart Edge, empresas e provedores de serviços de comunicação podem habilitar serviços semelhantes à nuvem mais próximos do usuário, seja nas dependências do cliente ou na rede.
A expansão da computação na rede e na borda é uma oportunidade única de crescimento para a Intel – um mercado endereçável em silício estimado em 65 bilhões de dólares até 2023. A computação de borda é uma oportunidade que ganha cada vez mais força graças à chegada das redes 5G.
“Essa transação aprimora nossa capacidade de lidar com a transformação da rede 5G combinada a uma posição de liderança em computação na borda. Vamos aproveitar ao máximo a combinação de talentos de nossas tecnologias e equipes para acelerar o desenvolvimento do mercado de computação de ponta, criando uma solução atraente para nossos clientes”, informa Dan Rodriguez, vice-presidente do Data Center Group na Intel e diretor geral de Network Compute Division.
Microsoft também disputa o mercado de Edge Computing
Já a Microsoft anunciou novidades para os seus produtos Windows e SQL Server dedicados a IoT (Internet Of Things ou Internet das Coisas) e Edge Computing (tecnologia para melhorar os tempos de resposta e economizar largura de banda). Durante o evento CEATAC, que aconteceu no Japão, o diretor de operações de desenvolvimento dessa tecnologia, Ian LeGrow, apresentou as propostas de Smart Tower, Windows ML Container e SQL Server IoT 2019.
O Microsoft SQL Server é um sistema gerenciador de Banco de dados relacional (SGBD), totalmente desenvolvido pela Microsoft. Há diversas edições destinadas a públicos diferentes, neste novo evento a empresa apresentou a expansão ainda maior dos seus serviços. Seu principal uso é o destino de armazenamento de informações de trabalho.
A empresa demonstrou no setor de hardwares a disponibilidade geral para o Windows 10 IoT Core Board Support Packages (BSP), que estão inclusos na família de processadores NXP i.MX. Isso inclui os processadores de aplicativos: i.MX6, i.MX7, i.MX 8M e i.MX 8M Mini. O principal objetivo é fornecer uma variedade mais ampla de opções profissionais para os engenheiros de projetos de IoT, fazendo com que eles tirem o melhor uso da plataforma IoT do Azure (plataforma de execução de serviços, baseada em computação em nuvem).
Outros anúncios feitos foram em relação ao Smart Tower. Essa tecnologia busca combinar o Windows 10 IoT Core, NXP e Azure IOT para fornecer uma melhor rede de dados. O principal destaque é na melhoria da confiabilidade da infraestrutura pública, como por exemplo em torres que fornecem sinal para celular, a tecnologia é capaz de reduzir o tempo de inatividade do sinal. O Hub IoT do Azure também é usado para melhorar o gerenciamento e a conexão de dispositivos da rede em geral.
Edge Computing amplia a performance e escalabilidade do e-commerce para a Black Friday
Uma das datas mais aguardadas pelo consumidor, a Black Friday, que acontece este ano no dia 29 de novembro, já começa a mobilizar o varejo brasileiro. E para que a data seja um sucesso, as empresas possuem o desafio de conciliar boas ofertas com uma tecnologia que garanta alta performance em momentos de pico de acesso. Afinal, o consumidor deseja navegar pelo site e finalizar a compra de forma rápida e segura.
Em 2018, a plataforma de Edge Computing da Azion foi utilizada por quase 50% da receita transacionada pelo varejo nos dias da Black Friday, e em 2019 este número será ainda maior. Para que o usuário tenha uma boa experiência, livre de falhas e com uma excelente performance, a Azion conta com servidores colocados dentro de praticamente todas as grandes e médias operadoras de telecomunicações do País, além de um moderno framework para que desenvolvedores construam e executem aplicações de forma rápida e segura, mais próximas de seus usuários, no edge da rede.
A plataforma de Edge Computing da Azion também permite o acompanhamento e a alteração de aplicações em tempo real, proporcionando uma maior facilidade em promover ajustes e regras de negócio durante o evento para buscar resultados ainda mais expressivos, sem deixar a segurança de lado. “Se o preço ou o estoque de um determinado produto for alterado, ou o cliente deseja executar testes A/B para entender qual oferta vende mais, a Azion garante que estas alterações sejam refletidas para os usuários em tempo real, sem que o cliente tenha que fazer deploy de uma nova aplicação no backend, aumentando a confiabilidade do processo, sem afetar a escalabilidade e performance do serviço”, explica Julio Silvello, Chief Product Officer (CPO) da Azion.
Com o objetivo de entregar uma experiência fluida, independente do dispositivo, a Azion oferece uma série de módulos e bibliotecas de software que podem ser contratadas separadamente, de acordo com a necessidade. Assim, o cliente pode expandir suas aplicações, utilizando o modelo de precificação Smart Pricing da Azion, em que a empresa paga apenas pelo que utiliza.
“Com aplicações distribuídas de maneira inteligente em uma rede composta por centenas de servidores espalhados por pontos de presença no Brasil inteiro, é possível melhorar drasticamente a performance, a segurança e a disponibilidade de aplicações web. Ao mesmo tempo, a gestão do serviço é simplificada pois todo o modelo é baseado no conceito serverless, no qual a própria Azion faz a gestão dos servidores e gerencia dinamicamente a alocação de recursos a eles, de forma totalmente transparente para os clientes.Com a Azion, nossos clientes garantem menor latência – tempo de resposta – e maior performance, especialmente no e-commerce”, finaliza Silvello.
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Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.