Levantamento informa que ataques cibernéticos poderão causar interrupção no fornecimento de energia elétrica nos próximos cinco anos

Concessionárias de distribuição precisam agir agora para melhorar suas capacidades na área de segurança cibernética



Quase dois terços (63%) dos executivos de concessionárias entrevistados pela Accenture em todo o mundo acreditam que seus países enfrentarão ao menos um risco moderado de interrupção no fornecimento de energia elétrica por ataque cibernético em suas redes de distribuição, ao longo dos próximos cinco anos. O número é um dos achados do novo relatório da Accenture (NYSE:ACN), Outsmarting Grid Security Threats, parte do programa de pesquisa Digitally Enabled Grid, e chega a 76% entre executivos de concessionárias norte-americanas.


A pesquisa realizada com mais de 100 executivos de concessionárias de mais de 20 países mostra que interrupções no fornecimento de energia elétrica por conta de ataques cibernéticos são a principal preocupação, citada por 57% dos entrevistados. Ameaças físicas à rede de distribuição são igualmente um problema. Para 53% dos executivos, o principal receio é a segurança de funcionários e/ou clientes e, para 43%, a destruição de bens físicos.


Interrupções no fornecimento de energia são principal preocupação em relação à segurança cibernética, para executivos e distribuidoras 
“Os negócios de distribuição estão cada vez mais expostos a crimes cibernéticos por conta do desenvolvimento de malwares altamente sofisticados e letais, que podem ser usados por criminosos virtuais”, diz Stephanie Jamison, diretora executiva de Transmissão e Distribuição da Accenture. “Ataques a sistemas de controle poderiam prejudicar a confiabilidade da rede e a segurança e o bem-estar de funcionários e do público em geral. Não conseguir endereçar esse tipo de ameaça a tempo pode prejudicar a marca, bem como ser uma ameaça real a um país ou comunidade”.


Embora a maior conectividade dos sistemas de controle habilitados nas redes inteligentes possa gerar benefícios significativos sob a forma de segurança, produtividade, qualidade de serviço aprimorada, e eficiência operacional, 88% concordam que a segurança cibernética é uma grande preocupação na implantação destas redes inteligentes. Concessionárias de distribuição também estão cada vez mais expostas por conta do aumento de aparelhos domésticos conectados via Internet das Coisas (IoT), como plataformas domésticas e eletrodomésticos inteligentes. Isso traz um novo risco às empresas de distribuição, ainda difícil de quantificar, com 77% dos executivos de concessionárias indicando IoT como risco potencial à cibersegurança.
Nas regiões da Ásia-Pacífico e da Europa, criminosos cibernéticos são vistos como o maior risco para os negócios de distribuição por quase um terço dos respondentes. Contudo, na América do Norte, ataques por governos são considerados um risco maior do que em outras regiões (32%).


“A implantação das redes inteligentes poderia abrir novos vetores de ataque se a segurança cibernética não for uma preocupação central do projeto”, completa Jamison. “Contudo, as redes inteligentes também podem trazer proteção sofisticada para ativos que antes eram vulneráveis por meio de uma melhor conscientização da situação e controle da rede.”

As concessionárias precisam aumentar suas capacidades de cibersegurança e desenvolver um sistema de entrega resiliente
Um número significativo de concessionárias de distribuição ainda tem muito a fazer para desenvolver capacidades de resposta cibernética robusta. Mais de 4 em 10 respondentes afirmam que os riscos de cibersegurança ainda não estavam, ou estavam apenas parcialmente, integrados a seus processos de gestão de riscos mais amplos.
Além disso, a crescente convergência de ameaças físicas e cibernéticas exige o desenvolvimento de capacidades que vão muito além dos requisitos simples de conformidade com normas nacionais ou internacionais de segurança. As concessionárias devem investir na resiliência de suas redes inteligentes, bem como em recursos eficazes de resposta e recuperação. 
A proteção adequada representa um desafio por conta da complexidade das redes de distribuição elétrica e de agressores cada vez mais sofisticados e bem-financiados, e muitas concessionárias de distribuição ainda não estão protegidas ou preparadas adequadamente. Quando o assunto é restaurar a operação da rede ao estado normal após um ataque cibernético, apenas 6% dos entrevistados acreditam estar extremamente bem preparados e 48% afirmam estarem preparados.
No Brasil ainda não há registros públicos precisos de invasões ou tentativas de invasões a sistemas de controle das redes elétricas. Entretanto, o aumento dos dispositivos inteligentes implantados pelas diferentes concessionárias visando a migração para redes mais inteligentes traz a preocupação com o aumento da probabilidade de acontecimentos tais como observados recentemente em outros países.


Apenas 48% dos executivos de concessionárias acreditam estar bem preparados para os desafios de uma interrupção por ataque cibernético
“A cibersegurança precisa se tornar uma competência central do setor, protegendo toda a cadeia de valor e seu ecossistema, de ponta a ponta. As concessionárias, experientes na entrega confiável e na restauração de energia, precisam ser ágeis e rápidas para criar e alavancar a consciência situacional para que possam reagir rapidamente e intervir a tempo para proteger a rede”, diz Jim Guinn, diretor geral que lidera a prática de segurança para indústrias de recursos naturais na Accenture. “O desenvolvimento dessa nova capacidade exigirá inovação contínua, uma abordagem prática para dimensionamento e colaboração com parceiros para gerar o máximo de valor.”

Ações para construir e escalonar a defesa cibernética
Embora não haja um caminho único a seguir, existem alguns movimentos que qualquer negócio de distribuição deve considerar para fortalecer a resiliência e a resposta a ataques cibernéticos, tais como: 
Integrar a resiliência no desenvolvimento de ativos e processos, incluindo segurança cibernética e física;
Compartilhar inteligência e informações como uma atividade crítica que poderia ajudar a criar consciência situacional sobre o cenário de ameaças mais recente e como se preparar de acordo;
Desenvolver modelos de governança para gerenciamento de segurança e emergência.

Para mais informações sobre como as concessionárias de distribuição podem gerenciar efetivamente a cibersegurança, acesse o novo relatório da Accenture – Outsmarting Grid Security Threats.

Metodologia
O estudo anual da Accenture – Digitally Enabled Grid – avalia as implicações e oportunidades de redes cada vez mais digitais. O estudo 2017 inclui entrevistas com mais de 100 executivos de concessionárias de mais de 20 países. Todos os executivos entrevistados estavam envolvidos no processo de tomada de decisão para questões relacionadas a redes inteligentes. Os países representados incluem África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Emirados Árabes Unidos, Espanha, EUA, Filipinas, Holanda, Itália, Japão, Malásia, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suíça e Tailândia.
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Marciel

Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.

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