Por que a LGPD é tão importante para empresas?

A LGPD é a sigla para a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que foi sancionada em Agosto de 2018 no Brasil.

A medida estabelece as diretrizes para coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais de usuários, impondo mais proteção e algumas penalidades para o não cumprimento da lei.

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Hoje em dia, com muitas pessoas conectadas na internet, a segurança não depende mais de garantir a preservação de espaços físicos com serviços de vigilante para empresa, o ambiente virtual também precisa ser cuidado.

A LGPD tem como base a GDPR, legislação europeia que utiliza os direitos fundamentais de liberdade e privacidade como guia para definir regulamentação sobre coleta e armazenamento.

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Atualmente, as empresas têm a possibilidade de solicitar uma série de dados importantes sobre seus consumidores no momento de realizar um cadastro para comprar algum produto.

A maioria dessas informações não tem relevância para a negociação em si, mas podem servir para criar um perfil sobre o cliente.

Entretanto, muitas vezes esses dados acabam sendo vazados ou mesmo vendidos, gerando uma série de desconfortos para os clientes como mala direta, ligações indesejadas e uma série de outros contatos de empresas que nunca tiveram nenhuma relação com aquele consumidor.

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Pensando nisso, a LGPD surge como uma defesa do cliente, que a partir de agora terá seus dados protegidos.

O proprietário dos dados deverá sinalizar seu consentimento de forma clara, e mesmo assim, empresas que desrespeitarem essa prerrogativa estão sujeitas a multas que chegam ao valor de cinquenta milhões de reais.

Uma empresa que faz wobbler display personalizado, por exemplo, tem responsabilidade sobre os dados coletados do consumidor, e deve ter o cuidado de compreender o quão importante é a segurança dos dados entregues.

Por esse motivo, é importante compreender e estar de acordo com a nova lei.

O que muda com a nova LGPD?

Todas as empresas, independentemente do porte, devem se adequar para atender as exigências da nova lei. Uma das mudanças mais importantes nessa legislação é a regra de consentimento expresso.

Isso significa que agora, quando uma empresa solicitar seus dados, ela deve claramente explicar quais serão as utilizações dessas informações recolhidas.

Uma companhia que vende cabeamento industrial pode ter em seu cadastro uma série de informações pessoais de seus clientes, então, precisa identificar o porquê estes dados estão sendo coletados.

Algumas empresas já colocam um tipo de formulário de consentimento dos usuários, mas agora esse tipo de formulário tem que ficar explícito.Toda e qualquer utilização dos dados fora do previsto no documento é ilícita.

Caso um cliente tenha seus dados roubados por terceiros, a LGPD garante a ele o direito de responsabilizar a empresa. Qualquer descumprimento da lei pode ser punido com multa de cinquenta milhões de reais ou 2% do faturamento da empresa.

Essas novas medidas englobam tanto documentos em papel quanto digitais. A fiscalização dessas normas será feita pela ANPD (Autoridade Nacional de Processamento de Dados), um órgão federal.

Além de documentações necessárias para o funcionamento da empresa, como o laudo de conformidade nr10, é preciso garantir que seus consumidores estarão amparados pela lei no âmbito digital.

Algumas situações muito específicas não são englobadas na LGPD, como empresas jornalísticas ou órgãos governamentais e de investigação e repressão de infrações penais.

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Para poder se adequar a nova lei, é preciso mudar toda a cultura de recolhimento de dados, gestão de arquivos, além da contratação de especialistas e de um acréscimo no investimento de segurança da informação.

Entre as exigências da LGPD está a contratação de um profissional exclusivamente responsável pela segurança dos dados, o DPO (sigla em inglês para Data Protection Officer, ou Oficial de Proteção de Dados).

Um site que trabalha com iphone tela quebrada conserto recolhe informações do cliente para poder executar o serviço, então é importante que ele compreenda que existe uma segurança para seus dados durante o processo.

Apesar de não especificar uma formação para a contratação desse especialista, é ideal que ele tenha noções de leis e de tecnologia da informação. 

Uma das principais atribuições dessa função é o repasse de relatórios para a ANPD com os impactos da proteção de dados.

Um dos primeiros passos deve ser criar um comitê de segurança da informação, responsável por analisar como a situação atual da empresa está quanto aos dados recebidos.

Dentro desse processo, é primordial a realização de um mapeamento do tratamento de dados recebidos. É importante saber para onde esses dados vão, como são armazenados, quem tem acesso e se esse acesso é permitido para terceiros.

A partir do resultado dessa análise inicial será possível organizar um plano de ação para ampliar a segurança dos dados recebidos.

Para compreender melhor o conceito do processo de proteção de dados, é possível identificar quatro elementos importantes:

  • Titular;
  • Controlador;
  • Operador;
  • Encarregado.

O titular é o dono dos dados, a pessoa a ser protegida pela legislação. Já o controlador é representado pela figura do tomador de dados, configurado pelas pessoas jurídicas.

No caso de uma empresa de entrega expressa moto, uma vez que ela toma os dados do cliente para executar o serviço, torna-se a controladora durante o processo.

O operador é a empresa que está efetivamente coletando os dados, sendo responsável pela segurança através de soluções automatizadas; enquanto o encarregado é a figura do profissional de segurança que responde pela proteção de dados da empresa.

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Isso significa que com a criação da lei, as empresas tiveram que se adaptar, e que esse processo acabou gerando um grande desafio: o de se adequar na questão processual de coleta de dados.

Além disso, as empresas precisam ser mais ágeis para identificar, diagnosticar e orientar as mudanças nessas soluções para seus clientes. É importante que todo o processo seja transparente para manter a relação de confiança entre a empresa e o consumidor.

A demanda por profissionais de TI acabou aumentando expressivamente, uma vez que esses colaboradores representam uma peça-chave na adequação da empresa.

São esses funcionários que normalmente cuidam dos dados armazenados em servidores ou na nuvem, além de monitorarem riscos de ataques virtuais e otimizarem as operações tecnológicas.

Eles também poderão configurar a criptografia dos dados, obrigatoriedade imposta pelo LGPD para ampliar a proteção dos dados.

A criptografia serve como uma proteção adicional, servindo como um código que bloqueia a informação para quem estiver tentando acessá-la. O profissional de TI é um paralelo de um chaveiro residencial 24 horas, sendo o único capaz de “destravar” seu código.

Alguns serviços também serão beneficiados com a implementação da nova lei, como empresas de Firewalls e VPNs. Esse tipo de processo ajuda a aumentar a segurança dos dados, além de ser uma opção de custo mais favorável para uma implementação rápida.

Benefícios da LGPD

É importante compreender que a LGPD traz também uma série de benefícios para sua empresa. Em um primeiro momento, precisamos compreender a necessidade de ter armazenado toda a quantidade de informações que está em registro.

Muitas vezes, compreender o processo de organização de dados pode eliminar uma quantidade desnecessária de registros, otimizando seus bancos de dados e facilitando a transição para adequação da lei.

1.       Conscientização

Após a análise inicial, é o momento de conscientização de sua equipe.

Capacitá-los profissionalmente para que compreendam a responsabilidade de gerir dados de terceiros, definir junto aos profissionais o que é a LGPD e sua importância e seu impacto no dia a dia corporativo.

A mudança gerada pela lei modificará alguns protocolos e a maneira como algumas atividades serão realizadas, por isso é primordial trabalhar esse tipo de alteração junto a equipe para o cumprimento da legislação na estratégia de TI.

2.       Relacionamento

Hoje em dia, o fluxo de informações é alto e rápido, tendo muitas vezes um destino desconhecido. Um dos principais objetivos da LGPD é justamente possibilitar uma maior transparência para os consumidores com relação ao destino de seus dados.

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Nesse aspecto, a lei se torna uma oportunidade para mostrar aos seus clientes e parceiros que a empresa tem um compromisso com a transparência e com a responsabilidade de seus dados, aproveitando para ampliar a relação de confiança entre os envolvidos.

3.       Segurança

Os fluxos de trabalho virtuais exigem cada vez mais investimentos em segurança. A lei prevê esse tipo de ação, buscando novas formas de proteger a empresa de ataques de terceiros.

Assim, é possível montar um plano estratégico de segurança, para a criação de políticas internas que visam uma melhor gestão de dados, contribuindo para a redução de riscos de uso inadequado de informações ou vazamento de dados.

4.       Transformação digital

Todas as mudanças se transformarão em investimento de tecnologia. Pensando nisso, esse pode ser um excelente momento para avançar na transformação digital de sua empresa.

Nesse ponto, é preciso compreender que não só elementos de segurança podem ser atualizados, mas também iniciar a utilização de inteligências artificiais, machine Learning e outras tecnologias que acabam sendo proveitosas para a empresa como um todo.

Pode ser um excelente momento para investir em hardware para sua empresa. Um no break gerenciável ou melhorias nos computadores podem fazer uma grande diferença.

Para empresas dispostas a se atualizar, pode ser uma excelente oportunidade de criar uma nova estratégia de marketing e buscar uma maior expansão. 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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Marciel

Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.

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