Digitalização 3D é a chave para ampliação do Metaverso

Desde que os ambientes de socialização digital foram criados, no final dos anos 90, o principal foco sempre foram os games

Muito já se falou sobre Metaverso, especialmente no mundo digital e das HQs. Filmes já preconizaram a utilização em massa e jogos já fizeram sucesso no ambiente virtual, como o Second Life, precursor da socialização digital no final dos anos 90. Criar um mundo ideal, no qual seja possível e fazer o que quiser, faz parte do imaginário do ser humano há décadas.

Com o aperfeiçoamento das tecnologias de digitalização 3D, o Metaverso passa a ser uma possibilidade ainda mais presente. Segundo Guilherme Stella, fundador da TrackFY, empresa especializada em soluções de mapeamento digital para os segmentos médico, de construção e mineração, os sensores 3D LiDAR portáteis vieram trazer ainda mais amplitude pata esse mercado.

“Ao invés de serem usados apenas para diversão, os ambientes do Metaverso poderão servir, com mais facilidade, para a conexão profissional”, enfatiza Guilherme, que sugere algumas possibilidades: “treinamentos, apresentações e o próprio trabalho remoto, que foi enfatizado com a pandemia, podem estar nessa lista”.

Segundo Stella, é o mapeamento digital que vai permitir replicar elementos reais no mundo 3D, algo que já é utilizado em projetos de Gêmeos Digitais, por exemplo, para trazer mais qualidade e segurança a diversos mercado:

“reproduzir ambientes e produtos em 3D ajuda a antecipar falhas e melhorias necessárias e já é uma prática usada por muitas indústrias. Algo que só deve aumentar”, enfatiza ele. “A digitalização de pessoas, algo que já acontecia para a ambientação de games, pode ser uma ampla possibilidade para o mercado de trabalho, por exemplo, com a construção de avatares ‘reais’”, explica Guilherme.

Ele lembra que a própria Apple, conhecida por ser precursora de inovações que serão, posteriormente, absorvidas por outros mercados, já aposta no Metaverso, com dados sendo enviados diretamente de sensores Lidar de digitalização 3D para iPads e iPhones que, entre outras utilidades, permitem desbloquear smartphones usando o próprio rosto. Mas Guilherme enfatiza:

“a empresa entrou de cabeça na realidade virtual, desde que incluiu os sensores Lidar em seu IPhone 12, em 2020, e não deve parar por aí”.

A fala é uma referência aos rumores de que a Apple deve lançar seu próprio carro inteligente nos próximos cinco anos. Em um janeiro promissor, a empresa americana ultrapassou a marca de R$ 187 bilhões e cresceu 11% se comparado ao ano passado, tem hoje 1,8 bilhão de dispositivos ativos (utilizados nos últimos dois meses) e, em parte, isso se deve às inovações constantes que incluem os sensores 3D.

A questão é que o Metaverso e todas as possibilidades que a tecnologia 3D oferece estão cada vez mais presentes na vida das pessoas e sendo demandadas por elas, o que aumenta o interesse das empresas em oferecer esse tipo d serviço.

“Cada vez mais, os sensores Lidar vão fazer parte do nosso dia-a-dia e não apenas no âmbito industrial, mas dentro das empresas, e em momentos de diversão e exploração do mundo”, finaliza Guilherme

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Marciel

Formado em jornalismo, o editor atua há mais de 10 anos cobrindo notícias referente ao mercado B2B. Porém, apesar de toda a Transformação Digital, ainda prefere ouvir música em disco de vinil.

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