A poucos dias para o fim de 2023, algumas empresas já começaram a traçar os próximos passos para 2024. Esse planejamento é fundamental para sair na frente dos concorrentes em um mercado de trabalho tão competitivo, principalmente no que diz respeito à contratação de novos talentos ou à permanência de funcionários. Especialistas defendem que as organizações e o time de RH devem observar as principais mudanças do mercado durante o ano que termina e iniciar a elaboração de um plano de gestão eficiente.
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Um bom exemplo são as ofertas de benefícios corporativos, que entraram ainda mais em evidência no último ano. Segundo uma pesquisa realizada pela Up Brasil, multinacional de benefícios corporativos, 94% dos candidatos a empregos avaliam o que é oferecido pela contratante além do salário. Benefícios de alimentação, saúde e bem-estar estão entre os favoritos.
“Um bom plano de gestão de benefícios pode atrair profissionais competentes e, ao mesmo tempo, engajar os funcionários antigos. Usados da forma correta, eles cumprem muito bem a função de manter colaboradores satisfeitos, além de fortalecer a marca empregadora, sem elevar drasticamente os gastos com pessoal”, explica Wander Camargo, Gerente de desenvolvimento organizacional Up Brasil.
Pensando em ajudar as empresas que ainda não pensaram no plano de gestão de benefícios para o próximo ano, Wander aponta sete dicas práticas. Confira:
Avalie os custos envolvidos
É comum que muitas empresas não disponham de verba para implementação de certos projetos. Por isso, os RHs precisam saber administrar as ações para satisfazer os colaboradores e o orçamento empresarial.
“É preciso se preocupar com o orçamento e ficar de olho no fluxo de caixa. O retorno pode demorar a aparecer e será necessário arcar com as despesas durante esse período, mas planejar ao longo prazo é saudável para a longevidade da companhia. Para empresas com o orçamento restrito, existem soluções de incentivo de baixo custo para os funcionários, como o adiantamento salarial e premiações”, comenta o Gerente de desenvolvimento organizacional Up Brasil.
Quando se fala em custos com um plano de benefícios, não se deve pensar apenas nos gastos diretos, pois planos mal elaborados podem gerar impacto negativo. A melhor avaliação é sempre baseada em um planejamento estratégico.
“Investir pouco nos benefícios e não conseguir resultado algum também é uma forma de prejuízo, enquanto altas quantias podem gerar retornos significativos. Reter talentos pode trazer ótimos resultados no longo prazo”, reforça.
Conheça as necessidades dos colaboradores
As pessoas têm prioridades, e elas normalmente gravitam ao redor das necessidades mais elementares, como segurança e sustento. Se não estiverem alinhados com as expectativas do pessoal interno, os benefícios mais incríveis gerarão pouco efeito.
Dependendo da condição socioeconômica e do perfil profissional de cada um, por exemplo, uma oferta simples e que faça diferença no dia a dia pode ser muito mais estimulante do que um luxo. Por isso, a atenção da empresa ao que é, de fato, importante para os colaboradores demonstra cuidado, não só pela iniciativa de desenvolver um programa, mas pelo interesse genuíno em atender às pessoas.
Uma dica para este fim de ano, é em relação às cestas de natal. Segundo uma pesquisa da Up Brasil, 66% dos entrevistados preferem um cartão presente ao invés das famosas cestas. “Para os funcionários, o benefício pode entregar liberdade, flexibilidade e comodidade. Diferente das cestas de natal que já vem com alimentos selecionados, o cartão possibilita que os colaboradores escolham alimentos que estejam dentro das suas possibilidades de consumo” explica Wander.
Estabeleça políticas claras
Para que a gestão de benefícios funcione, é preciso estabelecer políticas muito bem definidas sobre a distribuição, os critérios de concessão, as regras de uso e demais detalhes. Eles são necessários para evitar surpresas e dificuldades de entendimento sobre o sistema de premiações. As políticas também devem ser comunicadas e disponibilizadas para consulta; assim, evitam-se divergências.
Permita a flexibilização
É verdade que você pode ficar atordoado se tentar personalizar totalmente a oferta de benefícios, pois isso dificulta o controle e pode aumentar os gastos. Contudo, as pessoas reagem de modos diferentes e têm necessidades únicas. Quanto mais você conseguir satisfazer essas demandas de modo personalizado, melhor será o efeito na motivação.
Defina metas e acompanhe o desempenho
Para conseguir um retorno do seu investimento, será preciso atingir um ganho mínimo. Por isso, é fundamental estabelecer uma meta e monitorar o desempenho. Alguns ganhos podem ser difíceis de mensurar, como o impacto do aumento da satisfação dos colaboradores. No entanto, a variação da taxa de retenção, a diminuição de faltas, o aumento de produtividade e outros indicadores objetivos vão permitir um ótimo rastreio.
Solicite feedback
Os colaboradores podem oferecer informações detalhadas e diversificadas sobre os mais diferentes aspectos. Consultá-los periodicamente tende a favorecer observações e a gerar adaptações que melhoram continuamente a satisfação deles com o uso dos benefícios. Pense neles como um produto ofertado ao clientes e peça o feedback recorrente.
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Leandro Lima
Graduado em tecnologia e design gráfico, sou apaixonado pela fotografia e inovações tecnológicas. Atualmente escrevo para o Tecflow.