
*Por Sylvio Mode
Na era da hipertransparência e da hiperconectividade em que vivemos, ficar alheio às demandas da sociedade não é opção para as empresas que querem prosperar e ter sucesso nos negócios. Com o crescimento das boas práticas de ESG (Governança Social e Ambiental), o mundo está com o olhar mais atento para as mudanças climáticas, para os custos relacionados ao uso de derivados de petróleo, para desigualdades relacionadas a gênero e compensação, para vazamentos de dados, entre outros pontos igualmente importantes.
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Um novo modelo de negócio está em curso, guiado pela economia global. As empresas são demandadas por performar também no que se refere a impacto socioambiental e a inclusão dos seus respectivos indicadores de desempenho em seu processo de governança, e os consumidores, cada vez mais atentos à sustentabilidade, estão interessados em conhecer esses impactos em toda a cadeia produtiva do que consomem.
É necessário entender a sustentabilidade como um ‘entregável’, e a sua importância dentro das estratégias de negócios, já que mais do que resultados positivos que promovem benefícios à sociedade, ela hoje está diretamente correlacionada com a perspectiva futura do valor de mercado de uma companhia.
No nosso caso, como provedores de soluções de tecnologia para as indústrias de arquitetura, engenharia e construção (AEC) e manufatura – pensamos o futuro destes setores que estão associados a 60% das emissões globais de CO2. E entendemos que atender a necessidade imediata de diminuir o GEE (gases de efeito estufa), passa por desafiar a percepção de que o design sustentável é caro e difícil.
Diante desse fato, temos colhido bons resultados pelo mundo, e em especial no Brasil, com soluções tecnológicas que ajudam nossos clientes a usar materiais e energia de forma mais eficiente, reduzir investimentos e o desperdício, e avançar em direção a uma economia de baixo carbono. Um dos melhores exemplos de como as boas práticas de meio ambiente, respeito aos funcionários e à boa vizinhança, tornam a empresa mais engajada em seu mercado, são os resultados que alcançamos como companhia – divulgados recentemente no nosso Relatório de Impacto 2022.
Ali mostramos exemplos bem-sucedidos em que nossas soluções, presentes em projetos de aeronaves, motocicletas elétricas, até a construção de edifícios mais sustentáveis, estão gerando valor real ao negócio de várias empresas: a Microsoft, por exemplo, reduziu em 30% a emissão de carbono em seus escritórios, usando uma ferramenta de código aberto desenvolvida pela Autodesk e 50 parceiros do setor. Já a Evolve Solutions, usou a tecnologia de IA da Autodesk para projetar e fabricar um componente de um hipercarro elétrico que usa muito menos material, além de ser 40% mais leve que o design original. Outros exemplos estão no relatório, vale a pena conferir!
Meu entusiasmo com o assunto, especificamente olhando para o nosso país, é enorme, pois temos soluções capazes de ajudar a sociedade brasileira a ressignificar sua identidade social e cultural ao promover a sustentabilidade, e reduzir o impacto negativo no meio ambiente. Destaco o caso do Exército Brasileiro em combater a poluição na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, modernizando o sistema de águas residuais da cidade por meio da metodologia BIM (Modelagem de Informação da Construção, na sigla em inglês) na engenharia civil. E vamos além, nossas soluções proporcionam mudanças significativas em setores tradicionais como os de mineração, metalurgia, óleo e gás, tornando possível a realização de projetos mais sustentáveis, seja no plano em si, como também na comunidade do seu entorno.
Também não poderia deixar de destacar a restauração digital do Museu do Ipiranga, importante patrimônio histórico e cultural brasileiro. A Autodesk atua no projeto desde 2019 com um time multidisciplinar formado por especialistas em BIM para o mapeamento completo em 3D do Edifício-Monumento, do Parque da Independência e de 50 obras de arte do acervo.
O desafio para um futuro próspero está em compreender o valor das ações que promovem sustentabilidade e justiça social como parte do dia a dia das empresas, e quanto mais longe seremos capazes de ir… quais alternativas – além da redução das emissões, podem colocar a tecnologia a serviço da sociedade para juntos projetarmos uma comunidade mais sustentável.

*Por Sylvio Mode, presidente da Autodesk.
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Redação tecflow
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