Cloud x on-premise: será que é preciso partir para um único caminho?

armazenamento em nuvem Cloud

*Por Ricardo Perdigão

A transformação digital e a evolução da tecnologia levaram a diversas mudanças no gerenciamento de armazenamento de dados, e as empresas estão buscando formas de otimizar as operações com base nessas informações, aumentando a eficiência, aprimorando a mobilidade, flexibilidade e agilidade. Muitas empresas estão, por sua vez, analisando e comparando diferentes modelos de infraestruturas de TI, incluindo cloud x on-premise, e quais são seus principais benefícios para cada tipo de processo.

Toda solução de software precisa “morar” em algum lugar — estar hospedada em algum tipo de servidor, seja na nuvem ou nas instalações da empresa. Embora a nuvem esteja ganhando popularidade rapidamente nos últimos anos, a migração total das aplicações nem sempre é a escolha ideal para todos os negócios. Em alguns cenários, um servidor local é obrigatório e, em outros, a melhor abordagem é a híbrida, onde partes dos dados são armazenadas localmente, enquanto outras são acessadas por meio de um serviço de nuvem de terceiros.

Qual é a melhor opção? Será que a resposta está no meio termo?

Por que o modelo híbrido faz sentido?

De acordo com a Gartner, até 2025, 85% das estratégias de infraestrutura integrarão opções de entrega on-premise, colocation, cloud e edge computing, em comparação com 20% em 2020. O gerenciamento de dados em nuvem híbrida desempenhará um papel fundamental na identificação, unificação, aproveitamento e análise de dados que serão armazenados em locais on-premise e externos.

O modelo híbrido faz sentido até porque a maioria das empresas já conta com investimentos em hardware on-premise e, muitas vezes, vale a pena aproveitar esse data center da maneira mais eficiente possível. O que se decide hoje (nuvem pública e privada) pode nem sempre ser a melhor solução para novas demandas que surgem amanhã. Ao adotar uma abordagem de nuvem híbrida, na qual a infraestrutura on-premise atua como a nuvem pública, as empresas podem desfrutar de maior flexibilidade e o melhor dos dois mundos, ao mesmo tempo em que aproveitam melhor as funcionalidades e reduzem custos.

Normas podem determinar modelo a seguir

Um bom exemplo da importância de avaliar com cuidado o modelo de nuvem é a necessidade de atender a normas como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), em vigor no Brasil, e a GDPR (General Data Protection Regulation), na Europa, que regulam o uso de tratamento de dados pessoais.

Nesse cenário, a nuvem híbrida faz mais sentido: as empresas podem optar por reter dados confidenciais on-premise com total segurança, controle e autoridade, enquanto transferem outros dados e cargas de trabalho essenciais aos negócios para a nuvem pública.

Como as normas de tratamento de dados pessoais estão forçando as organizações a aumentar seus padrões de segurança de informações, mesmo a nuvem híbrida deve fornecer funcionalidades de catalogação, auditoria e rastreamento, além de proteger o acesso a dados com recursos como controles de acesso baseados em função.

Qual o melhor caminho?

Às vezes, o melhor caminho é aquele que combina os elementos dos dois modelos: cloud e on-premise. Não há uma regra que obrigue que todo o seu conjunto de dados ou infraestrutura precise ser hospedado exclusivamente na nuvem ou on-premise. Você pode usar os dois ao mesmo tempo — por exemplo, você pode manter dados confidenciais e privados em infraestrutura on-premise, mas implantar a maioria de seus outros sistemas e aplicativos na nuvem para torná-los facilmente acessíveis para clientes ou colaboradores.

A infraestrutura de nuvem híbrida pode permitir que você mude algumas das cargas de trabalho e faça uso da escalabilidade e facilidade de acesso da nuvem, mas com melhor segurança e maior grau de controle sobre seus sistemas do que no caso de uma infraestrutura somente em nuvem. Você também pode equilibrar seus custos de curto e longo prazo.

Com uma boa estratégia, você poderá aproveitar ao máximo os benefícios de todos os modelos.

Ricardo Perdigão, diretor da Tecnocomp.

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Redação tecflow

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